Hoje, foi o dia sem supervisão, só nós, os “novatos”,
e para começar tivemos que ficar alguns minutinhos trancados dentro do
banheiro, enquanto um doutor, vestido todo de verde, dava a maior bronca num
paciente que tava reclamando do serviço ou coisa parecida, pode um negócio
desse, cadê o respeito com nós, os outros palhaços, até parecia que era serviço gratuito e pelo SUS, mas passado os momentos TPM (trancados pelo médico) partimos
para a dança do nariz.
Ainda, nos bastidores, a noite prometia, tinha até
assessoria, aliás, duas assessoras só nas fotografias, e as meninas eram boas
no negócio, pois era um movimento e um clik, eu já tava até me sentindo palhaço
de “roliudi”, mas deixei a empolgação para a entrada em cena que começou já nos
corredores.
Por falar em corredor, o caba que levou a
reclamação do outro que tava prestando um serviço, desses que a gente só num
ver em clínica particular, estava andando pelo corredor, e ele ia de ponta a
ponta, parecendo maratonista larga na poleposhition, desde o treino de largada.
Até que tentamos uns jogos, mas funcionou pouco, pois ele foi logo para o
pit stop.
As enfermarias estavam mais lotadas do que o
Maracanã em dia de jogo do Ibis contra o UPI, num dia de plena segunda-feira, no
horário da melhor programação “aberta” da televisão brasileira, porém como não
tem mais aquele momento lindo em que num tem mais nenhuma programação e fica só
o chiado na tv, então, o jogo do Ibis contra a UPI vai ter que ficar para
gerações anteriores.
Encontramos velhos conhecidos de outras atuações,
inclusive, o caba do fumo de Arapiraca, ainda tava no seu cantinho, porém
renovado, pois precisou “tomar” um ar, sem ser em comprimido, é que ele disse
que perdeu os fôlegos, quando já ia receber o passaporte para casa, e como num
deveria de ser perguntei se ele, ao saber que ia embora e num ia mais me ver, tinha
ficado triste e perdido os ventos da barriga, então, ele negou com um grande
sorriso, dizendo “Rapaz, acho que deve ter sido isso mesmo”. E o jogo continuou
com a mesma estória do fumo de Arapiraca, mas com outras grandes risadas.
De quarto em quarto e de enfermaria em enfermaria,
que deve ter sido de mais de oite e menos de dez, que se juntasse o público
presente no jogo do Flamengo com 200 mil pessoas e subtraísse pelo nosso
público, a gente poderia computar algo assim em torno de uns 60 poucos desinteressados
no horário político, mas com os zói em nós, os lindões do Sgt Gentileza. Ah! Tinha
duas assessoras muito interessadas em nós, também, pois num saiam da cola, é que
eu coloquei uma cola invisível para manter o grude e eu sair nos retratos, que
eu num sou besta nem nada, sou o palhaço, é claro, mesmo que seja só um tan tim
de nada, mesmo tendo que pintar os oi, mas eu vivo para isso e é isso que eu
sou, a alegria de viver na pele que é minha e dos outros também, antes que seja
só micróbios. Portanto, as meninas dos retratos estão convidadas, novamente, a
compartilhar da nossa alegria.
Falar de todas as alegrias da noite é a parte mais
difícil, pois comigo, junto com os outros migos, quando estou na alegria, só
sinto alegria, e quando tenho que falar sobre ela, apenas sinto-a e descrevê-la,
para mim, é vivê-la outra vez. Portanto, aproveitando o momento das belezuras
assessorísticas de hoje, solicito que no meu novo contrato, estipulado em mais
de meio metro de alegria, que além dos meus melhores companheiros do mundo,
esteja presente, também, Forrest Gump, o contador de histórias.
Mas só para num dizer que num falei das flores de
papel de guardanapo que sempre faço quando tô esperando lá na cantina, se somar
todas as letras gastas pelos zóis do povo para entender o Forame Magno do
professor, ficando alegre por tirar nota dez em sabedoria de buraco de quengo, mesmo
assim, não vai ser tão alegre e gratificante quanto os momentos vivenciados,
hoje. Apesar de saber que existem pessoas com problemas de saúde nesse local
(HUT).
No fim das contas, o que vale é
...estar
com você, brincar com você... ai mamãe!!!!!