Primeira atuação com meus
novos companheiros Ratatouille (Fernanda) e Zé (Ulisses). Antes do encontro,
pensava no quanto seria difícil, pois ainda não nos conhecíamos direito, e na
responsabilidade de “ter” que responder positivamente à expectativa que com
certeza os dois criavam dessa primeira atuação. Sentia medo de decepcioná-los. Chegou
o dia, e saber que dividiríamos o hospital com Lisbela, Amélia e Teca, me
deixou mais tranquila. Passei a sentir que seria fácil... Era só mais um dia de
atuação, como qualquer outro, só que com duas pessoas que ainda não tinha
atuado. Ia tirar de letra... Vaidade minha! Foi bem ruim! Esse sentimento de
segurança derreteu, ao passo que a cada leito, encontrávamos um paciente mais
sofrido que o outro. Não conseguíamos sustentar o jogo por muito tempo, e isso
foi criando uma tensão que a certo ponto começava a me chegar o desejo de
encerrar o trabalho. Em poucos momentos encontramos disponibilidade de jogo,
mas mesmo assim, não conseguíamos manter. Foi assim até o final! Depois de
irmos a todos os quartos, fomos atrás das nossas outras companheiras, e me
deparei com um clima completamente diferente daquele que deixamos. Encontramos
o quarto inteiro envolvido no jogo das meninas, que logo se dispuseram a nos
envolver também. Foi bem bonito! Então encerramos o dia conversando sobre o que
havíamos percebido em nossas atuações de positivo e negativo, entendendo que
independente da nossa grande vontade, às vezes o público não está disponível, e
que também às vezes não basta estarem disponíveis, se não soubermos mantê-los
conosco. Foi uma grande lição.
terça-feira, 22 de maio de 2012
Juvenal Gardenal - Luta Antimanicomial
Os loucos o amaram. Ele os amou de volta. As lágrimas denunciavam: eram todos iguais. E Juvenal nunca foi tão feliz. Isso define.
segunda-feira, 21 de maio de 2012
Likita Ratatouille - Luta Antimanicomial
Sexta feira,18 de maio de 2012,dia de atuação na luta antimanicomial.Atuar ou não?
Duvida com direito a friozinho na barriga e sorriso meia boca.Vesti a roupa de Likita e me maquiei
Ver os companheiros fazendo o mesmo foi ótimo,a energia de preparação é o inicio do sopro de vida de um clown
O cabelo,vamos dizer excêntrico de Likita,proporciona as primeiras risadas.Sobe ou não sobe?cadê a caneta pra sustentar?
o processo de entrada no clown está ficando cada vez mais espontâneo e prazeroso,posiciona o nariz,os olhos brilham e a magia começa.
E saimos.
Me deparo com pessoas fascinadas com as cores dos palhaços,crianças apreensivas e adultos aparentemente confortáveis...
E foi lindo!A agitação do local,a forma como eramos abordados,as danças coletivas,o sorriso dos que se sentem excluídos e aprisionados
E assim foi a caminhada,emocionante 'loucos por direito,liberdade e respeito!'
E depois de tudo você aprende que 'Mais louco é quem me diz/que não é feliz'
Likita Ratatouille
Sancho Pança Fofa - Luta Antimanicomial
Querido
diário de bordo, essa foi uma atuação diferente, fizemos uma marcha contra os
antigos métodos de “tratar” a loucura em manicômios. E que incrível, foi lindo
ver todos jogando juntos, nós clowns, estudantes, profissionais e pacientes do
caps... e quem era normal? Acredito que ninguém é 100% normal. E os “loucos” só
precisam ser melhor tratados pela sociedade, não há porque prende-los em
manicomios. Aprendi isso na atuação, todos interagiam, eram tão normais quanto
nós, apenas precisavam um pouco de compreenção. Sim, eles me fizeram enxergar a
loucura de um modo bem diferente, eles me fizeram rir, dançar, brincar...
enfim, me fizeram muito feliz. Lembro daquela musica :”dizem que sou louco por
pensar assim... mas louco é quem me diz que não é feliz”.
Bom
gostaria aqui de ressaltar também a presença dos meus melhores companheiros do
mundo, todos estavam incríveis. Foi bom fazer uma atuação conjunta de novo.
Também percebo nossa evolução desde o dia do abraço, dessa vez, interagimos
muito mais e foi bem mais facil também, acho que estamos pegando jeito...todos
estão lindões!!
É isso,
Abração!
Juju Danoninho - 3ª Atuação
DIÁRIO DE BORDO.
Confesso que apesar de ter adorado a última atuação
meu diário foi esquecido e ofuscado pela minha primeira volta à Recife. Por
isso, desde já peço sinceras desculpas pelo meu primeiro atraso na entrega
dele.
Bem, essa já seria particularmente
um atuação ímpar, a primeira em que nós, clowns iniciantes atuaríamos
sozinhos.. Será que daríamos conta? Aos
poucos começamos e fomos ganhando espaço, passamos muito tempo em cada
quarto, criamos jogos as vezes parecidos as vezes diferentes nos quartos, foi
um dia bom, em geral nossos jogos eram comprados, e cada interação era uma
delícia. Em um dos quartos, a velhinha que estava lá da primeira vez, ainda não
falava mas já conseguiu interagir! Massa! No último quarto Juju Danoninho até casou
com Sancho Pança Fofa, sob à benção de seu Severino nosso juiz/padre, e
enquanto dançávamos a valsa algumas pessoas se acumularam no corredor! Voltamos
para o repouso animados, conseguimos! Felipe então falou que um senhor com o
qual falamos rapidamente queria ter interagido mais, inclusive indo nos ver em
outro quarto, mas não conseguimos captar o estímulo, DROOOOGA mil vezes. Mas
tudo bem, o saldo foi positivo. E assim me despedi de Petrolina por uns dias...
Franchesca Mil por Hora - Luta Antimanicomial
Petrolina, 18 de maio de 2012.
Hoje foi a minha primeira
atuação em público e foi inexplicável. Pois, a sensação que eu senti na
caminhada foi inesquecível, não dá para relatar em palavras, pois quem viveu
sabe a sensação durante a caminhada é como descrever uma poesia de Fernando
Pessoa:
“O valor das
coisas não está no tempo em que elas duram,
Mas na intensidade
com que acontecem.
Por isso existem
momentos inesquecíveis,
Coisas
inexplicáveis e pessoas incomparáveis”.
Como foi bom atuado com meus melhores companheiros do mundo, vocês são
lindãos!!!!!. Interagido com pessoa desconhecidos e conhecidos, foi maravilhoso.
Pois, as reações das pessoas foram extraordinárias.
Teca Lua Cheia - Luta Antimanicomial
“ Chegou a hora de
apagar a velinha
Vamos aguardar aquela comidinha
Parabéns pra você
Parabéns pra você “
Vamos aguardar aquela comidinha
Parabéns pra você
Parabéns pra você “
E é assim que eu começo meu diário de bordo de hoje. Essa
foi uma das músicas que o Sr. W. cantou hoje durante a nossa intervenção. E,
meu Deus, que coisa mais linda! Que momento mágico, que presente. Hoje meu dia
foi recheado de vários seus e
inúmeras donas: Seu W., seu A., dona
E., mais uma dona E., dentre muitos outros. Até uma cantora eu conheci hoje!!
Acreditam? Pois é... Conheci pessoas incríveis e de uma força admirável.
Pessoas que lutam diariamente contra o preconceito e contra a dificuldade que é
enfrentar o sistema social doente do nosso país. Fiquei muito feliz em
participar dessa luta e me juntar a essa causa tão especial.
Hoje eu pude presenciar o que realmente quer dizer cativar. Hoje me cativaram com olhares doces e admirados e sorrisos verdadeiros. Me trazia uma felicidade imensa ver todas aquelas pessoas interagindo conosco, comprando o nosso jogo, nos aceitando de uma maneira tão carinhosa. Foram tantos abraços, tantos sorrisos, tantas brincadeiras, danças, cantoria, batuque de pandeiro, de tambor, rodas de dança, carreira atrás do carro de som, gritos de alegria! E foi assim que nós fomos seguindo rumo ao bambuzinho. E foi durante esse trajeto que coisas mágicas aconteceram. Desde gargalhadas gostosas ao choro sincero de uma das minhas donas de hoje. Choro que revelava um peso gigantesco e uma agonia sem fim. Peso que ela carrega diariamente, uma vez que o seu companheiro “tem preconceito contra mim, porque eu sou do CAPS”, palavras da minha dona querida. Enquanto nós segurávamos uma faixa, ela me pediu pra que fosse conversar com o marido dela e pedir que ele nos acompanhasse e parasse de ter preconceito contra ela, porque era uma coisa que a fazia muito triste. Fui então conhecer o companheiro dela e o convidei para nossa grande festa que estava prestes a acontecer. Eu disse que seria uma festa muito bonita, com música, dança e muita cantoria. No início ele disse que não iria, porque ia pra casa assistir o jornal na televisão e eu disse a ele que nós é que estaríamos na televisão (HOHO), mesmo assim ele não quis ir. Ok, segui caminho com a minha dona e quando nós olhamos pra trás, adivinhem só quem estava nos acompanhando? Sim, ele mesmo! O companheiro da minha dona. Imaginem a minha felicidade ao ver aquilo! Fiquei toda boba... Enfim, vamos continuar a nossa caminhada que ainda é longa até o bambuzinho. Depois dela conheci os meus seus. E quantos seus! Quantos sorrisos acolhedores e quanta vontade vinham deles. Eles, que seguravam cartazes e seguiam cantando a alto e bom som frases do tipo: loucos por direito, liberdade e respeito. Dentre muitas outras. Participamos de uma cantoria com direito a OLELÊ OLALÁ, entoados por diferentes pessoas e em diferentes timbres! Pensem aí que luxo!!! Seu W. estava fantástico! Fomos de braços dados dançando uma espécie de quadrilha uma parte do percurso, foi incrível. Paramos um pouquinho quando ele reclamou que estava com as pernas cansadas, mas ele logo se animou de novo e voltou a dançar comigo, um fofo! Foi ele quem cantou essa cantiga do início do diário, o parabéns a você todo especial e que é só dele! Rsrsrs. Ah, encontrei também uma cantora super alto astral que dança o tchu tchá como ninguém! Terminei a minha noite indo deixar o seu W. no ponto de ônibus, pois ele disse que precisava ir pra casa, porque a mãe dele já devia estar preocupada com ele. Digam aí se não é pra se apaixonar com tamanha fofura!!!
O dia de hoje foi um presente pra mim.
Teca Lua Cheia
Hoje eu pude presenciar o que realmente quer dizer cativar. Hoje me cativaram com olhares doces e admirados e sorrisos verdadeiros. Me trazia uma felicidade imensa ver todas aquelas pessoas interagindo conosco, comprando o nosso jogo, nos aceitando de uma maneira tão carinhosa. Foram tantos abraços, tantos sorrisos, tantas brincadeiras, danças, cantoria, batuque de pandeiro, de tambor, rodas de dança, carreira atrás do carro de som, gritos de alegria! E foi assim que nós fomos seguindo rumo ao bambuzinho. E foi durante esse trajeto que coisas mágicas aconteceram. Desde gargalhadas gostosas ao choro sincero de uma das minhas donas de hoje. Choro que revelava um peso gigantesco e uma agonia sem fim. Peso que ela carrega diariamente, uma vez que o seu companheiro “tem preconceito contra mim, porque eu sou do CAPS”, palavras da minha dona querida. Enquanto nós segurávamos uma faixa, ela me pediu pra que fosse conversar com o marido dela e pedir que ele nos acompanhasse e parasse de ter preconceito contra ela, porque era uma coisa que a fazia muito triste. Fui então conhecer o companheiro dela e o convidei para nossa grande festa que estava prestes a acontecer. Eu disse que seria uma festa muito bonita, com música, dança e muita cantoria. No início ele disse que não iria, porque ia pra casa assistir o jornal na televisão e eu disse a ele que nós é que estaríamos na televisão (HOHO), mesmo assim ele não quis ir. Ok, segui caminho com a minha dona e quando nós olhamos pra trás, adivinhem só quem estava nos acompanhando? Sim, ele mesmo! O companheiro da minha dona. Imaginem a minha felicidade ao ver aquilo! Fiquei toda boba... Enfim, vamos continuar a nossa caminhada que ainda é longa até o bambuzinho. Depois dela conheci os meus seus. E quantos seus! Quantos sorrisos acolhedores e quanta vontade vinham deles. Eles, que seguravam cartazes e seguiam cantando a alto e bom som frases do tipo: loucos por direito, liberdade e respeito. Dentre muitas outras. Participamos de uma cantoria com direito a OLELÊ OLALÁ, entoados por diferentes pessoas e em diferentes timbres! Pensem aí que luxo!!! Seu W. estava fantástico! Fomos de braços dados dançando uma espécie de quadrilha uma parte do percurso, foi incrível. Paramos um pouquinho quando ele reclamou que estava com as pernas cansadas, mas ele logo se animou de novo e voltou a dançar comigo, um fofo! Foi ele quem cantou essa cantiga do início do diário, o parabéns a você todo especial e que é só dele! Rsrsrs. Ah, encontrei também uma cantora super alto astral que dança o tchu tchá como ninguém! Terminei a minha noite indo deixar o seu W. no ponto de ônibus, pois ele disse que precisava ir pra casa, porque a mãe dele já devia estar preocupada com ele. Digam aí se não é pra se apaixonar com tamanha fofura!!!
O dia de hoje foi um presente pra mim.
Teca Lua Cheia
Sancho Pança Fofa - 17-05-2012 – Os três mosqueteiros
Querido diário de bordo, hoje foi minha segunda atuação no
HUT. E foi diferente, dessa vez estavamos eu, Juju e Marilinha. Eramos nós
três, os três mosqueteiros, atuando sozinhos pela primeira vez, e se não de
primeira viagem, de segunda, no meu caso. Prontos? Sempre prontos, mas confesso
que fiquei bem mais nervoso que na primeira atuação. Bom, Felipe tava lá dando
força ao grupo e filmando, mas a falta do Chico Esticado me assustava, e se não
sair jogo?
Enfim,
fomos nós três. Em um planeta inicialmente estranho. No primeiro quarto,
jogamos bem, e nem precisou de muito esforço. Percebi que os pacientes que
determinavam a dinâmica do jogo, diziam.. dança tal ritmo.. e outro..
E assim,
hoje quase todos compraram nossos jogos. E como compraram! Lembro agora de seu
Severino, ele participou muito, foi incrível e até quando ninguém esperava,
quando cantarolávamos uma valsa, lá estava ele, fazendo seu NaNaNaNa e
cantarolando também. Foi mágico, o dia hoje, a atuação, minhas companheiras
Juju e Marilinha, Felipe, os pacientes, tudo, foi incrivel.
Enfim,
depois da primeira atuação meio “boazinha”, hoje posso dizer que, sim, me sinto
pronto. E que venham as próximas atuações.
Abração!
Juvenal Gardenal - 14-05-12
Foi incrível. 100% dos pacientes e acompanhantes compraram nossos jogos. Cheguei até a me casar e conheci minha sogra. Em meio a lágrimas, desci a máscara. Foi FODA.
Juvenal Gardenal
Juvenal Gardenal
Jujuba Magrela - 14.05.12
“Molhou um pé,
molhou o outro
Pegou a agua e se jogou
Bateu o pé, bateu a mão
E vai nadando seguindo a direção”
Pegou a agua e se jogou
Bateu o pé, bateu a mão
E vai nadando seguindo a direção”
Jujuba &
Chiquita
Jujuba Magrela e Chiquita Furacão se encontraram em uma gruta. Que lugar mais estranho: tinha um rio, um morcego e a saída estava bloqueada. Tentaram de tudo para sair de lá: luta, engenharia, telepatia, até que descobriram que o problema era uma injeção enfiada na pedra de saída! Que alívio em poder sair daquele lugar.
Como boas
exploradoras, saíram em busca de aventuras. Mas antes disso precisavam se lavar,
pois a gruta estava suja. Com a ajuda de algumas pessoas encontraram um rio e
olha que sorte: lá na beira do rio, Chiquita encontrou o amor de sua vida – até
aquele momento kkkk – que a pediu em casamento! Todos ajudaram nos preparativos
do casório e na hora do SIM o noivo a abandonou no altar.
Por questão de
honra as duas moças foram atrás de um outro pretendente. Encontraram vários
partidos, mas todos eram comprometidos. Jujuba na tentativa de apressar as
coisas disse que Chiquita era muito rica, sendo um “bom partido”. Então um dos
pretendentes disse ser mais rico que Chiquita e mostrou seu maior tesouro: a
Bíblia! Ele pediu para lermos um trecho e assim fizemos, deixando todos do
lugar muito satisfeitos e agradecidos.
Tinha um moço
muito apresentável que parecia ser um homem “direito”. Pelo menos era isso que
dizia na capa de um livro que ele carregava! Mas as meninas logo descobriram
que ele já foi direito e não servia mais para casar!
Andando pelo
lugar, Jujuba e Chiquita encontraram um grupo de mulheres festeiras que
indicaram o noivo ideal: Waldick Soriano! Elas estavam certas, além de famoso,
bonito e valente ele estava disposto a casar! Waldick era Colombiano e elas
finalmente descobriram onde estavam: na praia da Colômbia!
Antes de casar
elas foram atrás de alguém que pudesse ajudar elas nos preparativos da festa. Longe
dali encontraram buquê, véu e vestido de casamento. Um rapaz disse que Chiquita
era muito feinha, tadinha, mas que bom negocio era casar com Jujuba. Mesmo
assim nada impediu que as outras pessoas do lugar estimulassem o feito! Elas
voltaram e o casamento então foi feito a beira-mar com direito a barco,
testemunha, padre, coral e tudo mais. Agora elas tinham que ir atrás das malas
para a lua de mel de Chiquita!
As meninas
agradeceram as casamenteiras e elas disseram que Jujuba ia ficar no Caritó e que
tinha um gordinho que era o par ideal para ela. A caça então continuou! Um
outro senhor aconselhou Jujuba a casar com alguém que ela gostasse, o que fez
ela perceber que casar por casar não era uma boa ideia. Logo no primeiro par em
potencial deu tudo errado: porque ele estava com gases e ela também - um não ia
aguentar o pum do outro!
Ainda nas
andanças Jujuba e Chiquita encontraram uma dançarina e uma atleta que disse
para as meninas irem nadar em uma piscina. Ali perto tinha um grupo de
nadadoras profissionais que se dispuseram a ensiná-las a nadar! Com direito a
composição de música! Nadando foram na direção de uma ilha.
Na ilha
encontraram um homem sedutor que queria roubar Chiquita de Waldick! Jujuba
levou o sedutor para o Homem Semi-Direito para que ele resolvesse a situação. E
lá estava também Waldick que tinha ido paquerar outras moças! A confusão estava
armada. Mas com sorte tudo se resolveu e ficou combinado que ninguém ia dar em
cima de ninguém: só iam “dar de lado”!
Infelizmente
Jujuba estava com borboletas no estomago e as duas tiveram que ir atrás de um
lugar mais reservado para necessidades fisiológicas! Elas pegaram um avião e
foram embora atrás de novas aventuras !!!
Franchesca Mil por Hora - 1ª Atuação
Minha primeira atuação dentro do
hospital, aconteceu no Hospital dos Traumas de Petrolina, com as melhores
companheiras do mundo Lis e Fernanda, dia 15/05/12.
Meu Deus!
Muitos medos... Insegurança,
ansiedade e a mesmo tempo muita expectativa.
Minha insegurança causa a falta
da memória, como era a minha maquiagem? Não acredito que esquece!Calma, muito
calma.... Depois muito tempo,consegue faz a maquiagem.Lembrete: faz um curso de maquiagem... Mais no final deu todo certo
na maquiagem.
Confesso que a minha primeira
atuação foi péssimo, com isso, gostaria de pedir desculpas a Lis e Fernanda. Eu
sei que deixei na mão, pois não consegue me lança no jogo,literalmente me deu o
famosa insegurança;o medo de invalida atuação das meninas;o medo de faz ou fala
algo errado.A partir disso surgem as famosas perguntas : O que faz ? Como faz?
Eu sei que precisa ser
verdadeira no jogo,porém,eu estava sendo
verdadeira ,não estava me sentido segura
para atuação.Com isso,fique mais como observadora.Mas,nenhum momento deixe de
ser Francisca 1ooo por hora.
Portanto, gostei muito na atuação
das meninas, percebe que isso que eu quero muito, pois um sorriso de uma pessoa
é tudo.
Chiquita Furacão - 3ª Atuação
Hoje foi mágico. Simples assim. No começo, quando estávamos nos
arrumando não sabíamos como iria ocorrer a transformação, pois o quartinho em
que costumamos nos arrumar estava cheio
de gente e, além disso, não havia música no celular. Mesmo assim demos um
jeitinho, e de repente lá estavam
Chiquita e Jujuba.
Logo no início, eu arrumei um pretendente e ia me casar. Entretanto,
com o buquê na mão e de véu, fui largada no altar. Mas a "caçada" ao
marido dos sonhos continuou. Encontramos um senhor que já era comprometido e
que, a princípio, parecia ser um mágico, mas daí ele disse que não fazia
milagres e nos mostrou a Bíblia e me
pediu que a lesse. Eu li. E ele ficou muito grato por isso.
Depois encontramos um homem "direito", mas que também era
comprometido e que disse que era um bom marido, mas que atualmente não era mais
tão bom marido, mas que era mesmo assim "direito". Até que na procura
encontramos umas senhoras que disseram que em um dos quartos estava nada mais,
nada menos que Valdique Soriano, e pimba, consegui conquistar o coração dele e
me casar finalmente. Ele disse que era da Colombia e que iria me levar pra lá.
Então eu e Jujuba fomos atrás de malas para que eu pudesse viajar e ir embora
com meu marido.
Então na busca pelas malas, encontramos uma mulher que disse que
estava num rio e que sabia nadar. Foi então que eu e Jujuba saímos em busca de
alguém que nos ensinasse a nadar, pois precisávamos sobreviver no rio também.
Encontramos uma nadadora que nos ensinou todo o esquema: "Molhou o
pézinho, molhou o outro, pegou a água e se jogou. Bate o pé, bate a mão, e vai
nadando, seguindo a direção".
Enfim, foi incrível, foi o máximo. E pra terminar o dia de hoje eu
fico com a palavra "satisfação".
(Chiquita
Furacão)
Juju Danoninho - 2ª Atuação
Segunda
atuação! Decidir quem não atuaria foi difícil, é tão triste reprimir o clown de
um dos melhores companheiros do mundo por algumas horas... Mas decidimos, e
hoje quem assistiu e registrou as cenas foi o Fabinho, que o tempo todo esteve silenciosamente
ao nosso lado. Aos poucos Juju Danoninho, Marilinha Leite Quente e Chico
Esticado seguiram ganhando espaço nos corredores silenciosos do 3º andar do
hospital, lá conhecemos a rainha, dona Maria Donisete, um dos seguranças do
castelo, o seu José, e alguns outros seguranças também. Conversamos com as
técnicas, a enfermeira (que não parava de rir) e com dona Cícera da limpeza.
Depois seguimos empolgados para o 2º andar, e lá conhecemos mais algumas
pessoas, mais rainhas e seguranças, conhecemos o Rei Roberto Carlos e seu
filho. Fomos então guiados por uma nobre para o elevador, seguindo o estímulo
entramos, e lá não clicamos em nenhum botão, afinal aquele era um objeto
desconhecido para nossos clowns! Mas no fundo, Júlia, Day, Felipe (e Fabinho)
se perguntavam o que fariam, como saíram daquele elevador sem sair do clown,
eis que ele para no térreo, e quem aparece esperando para subir? Quem? Quem? A
Rainha dona Maria Donisete, e assim todos respiramos aliviados, estamos a
salvos junto da rainha, que nos levou de volta para seu reino do 3º andar do
hospital, e lá, voltamos a ser Júlia, Day e Felipe. Ao fim da atuação de hoje
um sentimento de prazer e satisfação tomou conta de nós, se na primeira saímos
desconfiados dessa vez saímos contentes e prontos para outra! Amo vocês
melhores companheiros do mundo!
Jú.
Marilinha Leite Quente - Atuação 12-05-12
Petrolina, 12 de maio
de 2012.
Querido diário de bordo,
Hoje o dia foi muito bom meeesmo! Eu, Juju e Chico visitamos
dois reinos longínquos, muito distantes de Tão Tão Distante (nosso reino original). Encontramos os
guerreiros da SOTE, devidamente uniformizados para defender o reino
TerceiroandardoHospital das negas. Todos os guerreiro se comunicavam por um
aparelho mágico, trazido do futuro pelo cavalheiro do cavalo de 3 pernas, Dom
José. O reino TerceiroandardoHospital era muito tranqüilo até. Claro, tão bem
protegido por 4 guerreiros que ocupavam o cargo de pacientes e a comandante
chefe, a enfermeira. Além deles, encontramos a rainha Maria e a rainha Mãe. Não
lembro o porquê, mas acabamos saindo desse reino pacato e bucólico para o
turbulento reino SegundoandardoHospital (um reino visinho ao
TerceiroandardoHospital). Nele, acabamos sendo atacados por duas mulheres
fortemente armadas e não pudemos terminar de explorar aquele lugar que parecia
ser tão freqüentado. Uma das poucas informações que conseguimos foi que a
comida típica da região era um tal de antibiótico, mas não conseguimos
experimentar. Tivemos até que fugir por uma porta mágica, e, para nossa
surpresa, topamos com a Rainha Maria, que nos levou de volta ao reino dela e
assim conseguimos voltar são e salvos para casa. Foi uma aventura fantástica,
pena que Sancho não pode ir. Quem quiser informações menos clownescas que leiam
os diários de Felipe e Júlia, pois não há nenhuma Dayane aqui. Ela nem esteve
presente nessa expedição! Aqui quem fala é Marilinha Leite Quente, uma
desbravadora dos reinos encantados de todos os mundos!! Sempre alerta companheiros
palhaços, há muitos mundos a serem descobertos ainda!
AaallêêêhaAP!
Zé do Respeito - Atuação 12-05-12 HUT
Incrível.
Revigorante. Como as atuações podem ser tão diferentes uma das outras? Acredito
que seja pelo fato de sermos clowns e isto nos tornam espontâneos e sinceros.
Agora posso falar que estou pronto para atuar com os melhores companheiros do
mundo.
O
clima no hospital, desta vez, estava mais tranquilo. Os pacientes compraram
mais os jogos, o que me deixou mais confortável. Tentei não exagerar na minha
risada, mas quando exagerei fiz sem sentir
- a paixão por tudo e todos me
permitiu em alguns momentos fazer algumas caretas. O meu olhar foi mais sincero
e encontrei no olhar de Zeca Manivela uma ternura incrível que me encheu de
vibrações. Só tenho a agradecer pelos melhores companheiros do mundo.
São
tantos pensamentos e emoções desta atuação que fica até difícil de
transcrevê-las, no entanto, o que posso dizer é que agora sou um clown de
grandes metas e louco para novas atuações.
segunda-feira, 14 de maio de 2012
O diário de Flavoca Paçoca
Diário de Bordo – Minha Primeira Atuação em HUT (Hospital de Traumas)
Petrolina, 09 de maio de 2010
My name is Perdida da Silva. Perdida, perdida, perdidinha. Mas Louquinha, Louquinha
de Vontade de star aqui. Cheinha de Disposição. Explodindo de Vontade, de Amor para dar.
Mas... Repleta de insegurança. Junto com minha euforia, meu temor acaba sufocando meus
estímulos primeiros, talvez os mais sinceros, aqueles impensados. De tanto pensar, rinha medo
de lançar qualquer jogo. Mas, de verdade, eu estava ali, disposta, muito disposta, se meus
olhos falassem, eles revelariam em palavras minha imensa disposição.
Então, gostaria de pedir desculpas a Lisbela (Vits, Ana Vitória). Não sei se te deixei na
mão. Não foi intencional. Tive medo de empatar ou quebrar seu jogo, de lançar um jogo sem
noção. Mas eu estava ali. Eu estava mesmo ali. Eu não viajei, nem por um segundo. Não deixei
que Flávia aparecesse, mas o medo dela lá esteve.
Percebi naquela manhã que não havia outro lugar onde eu quisesse estar. Não havia.
Queria estar ali. Percebi também como tudo é muito natural, muito singelo, muito sutil,
muito sincero, muito VERDADEIRO. Acho que se talvez tivesse visto alguma atuação antes
teria percebido esta naturalidade e ficasse menos nervosa (não foi por falta de convite, mas
de disponibilidade e compatibilidade de horários). Mas, acredito que Deus sabe de todas as
coisas. O momento que vi e participei foi o momento certo. Vi verdade em tudo ali. E senti, de
verdade, desta vez não foi Flávia, mas Flavoca Paçoca estava ali. Quando perguntavam meu
nome, respondia com muita certeza e sinceridade “Flavoca Paçoca”. Ali, que era TOTALMENTE
Flavoca Paçoca.
Queria contar também que aquele “Probleminha do Passado”, que envolvia a voz do
meu Clown, prejudicou um pouco minha interação. Não estou culpando ninguém. Acho, na
verdade, que a culpa é minha e de mais ninguém. Na verdade, nem é culpa. É o meu processo.
Mas fiquei tão preocupada com o comentário que ouvi sobre “A voz do Clown”, que tive medo
Mas, meus Lindões, como foi PERFEITO. Sei que não fui tão bem. Não faço parte do
Opus Day. Mas reconheço que não lancei jogos (Também aprendi que não é isso que é
importante) e que não me comuniquei muito. Mas eu estava ali, por inteiro ali, de verdade ali.
Mas, O TUDO FOI PERFEITO. Minhas Companheiras, vocês TODAS são lindas e ajudam a
manter meu jogo e meu Clown vivo. Flavoca agradece. Os pacientes levantam meu jogo,
interagindo ou não comigo. Estar com eles mantêm meu Clown vivo. Em boa parte é por eles
que quero estar ali. Os funcionários e acompanhantes tornaram também aqueles momentos
Agradeço a Todos por tudo e peço perdão também. Foi tudo incrível para mim.
P.S.: Percebi que meu Clown paquerado por “todos”. Popstar em Ascensão?
Hihihi... Amei!
Ansiosa, positivamente, pela próxima atuação,
Flavoca Flávia Sapucaia – Clown Flavoca Paçoca.
Dia do Abraço - Flavoca Paçoca
Diário de Bordo – Dia do Abraço Grátis
Abraços Grátis?
Petrolina, 09 de maio de 2010
Hoje, um século depois da Atuação dos Abraços Grátis, dispus-me para escrever o meu
Diário de Bordo, de forma que gostaria de iniciá-lo pedindo DESCULPAS (em letras garrafais)
aos meus MELHORES COMPANHEIROS DO MUNDO. PERDÃO queridos, farei o possível para
O Dia foi lindo. Lindo, lindo, lindo. Interagir com pessoas desconhecidas, que não
participam do Projeto foi fantástico. Não me entendam mal, AMO INTERAGIR COM VOCÊS.
Mas aquele dia me fez sentir um pouco do gostinho de como seria atuar no hospital (ou não).
No entanto, apesar de toda a beleza daquele momento devo confessar-lhes algo: Não
sei quando Flavoca Paçoca ou Flavoca Flávia Eu estavam interagindo. Na verdade, acho que
fui Flávia o tempo quase todo. Não que eu estivesse indisponível e desatenta, até porque eu
não sou assim. Mas respondi aos questionamentos das pessoas sobre de onde éramos, de que
Não posso negar que aquele dia foi meio tenso para mim. Estava meio mal, cheguei
atrasada, numa correria para me arrumar (sei que a culpa foi minha). Além disso, passei por
um momento não muito legal com um dos meus melhores companheiros do mundo de quem
gosto MUUITO. O comentário dele durante nossa interação, tão bonita e disposta dentro de
mim, me desestabilizou e me magoou muito (algo que se refletiu na minha primeira atuação
no hospital, que veio depois da atuação no Centro de Petrolina). Eu estava tensa, insegura e
despreparada para ouvir qualquer comentário do tipo. Principalmente um comentário que
não abordava a Flavoca Paçoca, mas a Flávia Sapucaia. Mas tudo bem, tudo bem mesmo (Já
conversamos a respeito). Entendo que Monitores não são perfeitos, vocês estão aprendendo
também. Todo esse processo e essa responsabilidade que lançamos sobre vocês, também
é algo novo. Então, peço desculpas Lindões pela carga de responsabilidade que às vezes
Outro comentário importante é que fiquei sozinha. A culpa foi minha, eu sei. Estava
com Fefê Chogás (Camila) e, ao entrar na ECOCenter, acabei me distanciando dela, até que
nos perdemos. Não quis parar de Abraçar para procurá-la. Eu iria acabar não percebendo as
pessoas e seria pior. Então, não encontrei ninguém e fiquei sozinha :/.
Mas amei, amei cada detalhe. Abraços, conversas, as crianças, jovens, adultos e
idosos, até mesmo o velhinho que me tarou, o doido tarado que pediu meu telefone. Amei
tudo. Talvez não tenha siso o melhor dia para meu Clown, mas para Flávia foi FANTÁSTICO.
No entanto, assim como eu absorvi aprendizados naquela manhã-tarde, Flavoca com certeza
também os absorveu. Crescemos muito. Obrigada por isso UPI.
Flávia Sapucaia
O diário de Chico Esticado 12.05.12
Diário de bordo – 12/05/12 Chico Esticado
Novamente nos encontramos naquele fatídico lugar, o Hospital de Urgências e
Traumas. Pela segunda vez, uma semana depois daquele estranho dia. Uma vida de
pensamentos entre estes dois pontos na linha do tempo, que talvez tenha se refletido no
instante de levantar o nariz. Incerteza, auto-desconfiança, medo. É claro que algumas coisas
não podem ser expressas em palavras, portanto elas não cabem aqui. Mas que surpresa. Para
que filme quando se pode ter fotos, e como eu queria que meus olhos tirassem fotos no
momento que eu levantei o nariz, me virei e vi os olhares de Marilinha Leite-Quente e Juju
Danoninho, me esperando. Justificando aqui que Fabinho estava realizando o que meus olhos
não podiam fazer, filmando nossa atuação. Descrever aqui as relações que tivemos aqui com
guerreiros, rainhas e o rei Roberto Carlos não faz justiça ao que realmente aconteceu. Limito-
me a dizer que fizemos muita mágica hoje, e que, diferentemente da primeira vez,
encontramos mais pessoas que tinham muita mágica a receber e nos dar. Talvez porque
tínhamos muita mágica para oferecer também. (acho que me confundi um pouco!)
Estou filosofando demais, provavelmente viajando... Leitor(a) amig@, não ria do
companheiro que está com bastante sono, que escreveu uns delírios e vai dormir com um
sorriso largo na cara, pois ele é muito agradecido por ter a oportunidade de compartilhar
momentos da sua humilde vida com você, portanto, sinta-se agora abraçad@ fortemente.
O diário de Chiquita Furacão
DIÁRIO DE BORDO - 2ª Atuação
A segunda atuação foi bastante difícil. Logo no início entramos em um quarto onde havia uma velhinha entubada e muito debilitada. Ela estava recebendo alimento via nasal e a mulher que aplicava a injeção com o alimento não estava sendo delicada o suficiente, então a velhinha engasgava muito e isso me fez sair do clown. Senti-me impotente por não poder fazer algo por ela e ao mesmo tempo com vontade de chorar, mas me contive. Então depois de perceber que eu havia saído do clown tentei voltar aos poucos e fui também tentando encontrar o olhar dela, porque naquele momento eu percebi que era a unica coisa que eu podia fazer por ela.
Fomos então aos outros quartos e na maioria deles as pessoas não estavam comprando o jogo, o que foi bem dificíl de lidar na hora. Entretanto, em um dos quartos, encontramos dois senhores muito simpáticos, cantores natos, que deram uma levantada no nosso trabalho (e precisávamos), formamos uma banda com eles e eu tocava violão. Mas depois que o show acabou, um deles, danado, queria cobrar mais de 5 milhões de cachê, um absurdo! A nossa sorte é que eramos ricos e então pudemos assinar um cheque para ele nesse valor, mesmo assim ele teve a ousadia de perguntar se tinha fundo para ele descontar o cheque, muito abusado!
Enfim, mesmo com as dificuldades essa atuação foi muito importante para o meu aprendizado tanto de clown como de pessoa mesmo. E para esse dia eu fico com a palavra "persistência".
(Chiquita Furacão)
O diário de Bibelô Titchely 09.05.12
DIÁRIO DE BORDO
09/05/2012
Primeiríssima atuação! Clown saindo do
forno!
Incrível, fantástico, apaixonante...
Impossível mensurar palavras. Estou leve! Pedro e Manú foram os melhores
companheiros do mundo.
No início as coisas estavam um pouco tímidas,
o hospital tranqüilo, mas posso dizer que tivemos sorte. Encontramos muitos
olhares disponíveis. Conseguimos construir jogos, que por mais que alguns
tenham sido rápidos, conseguimos estabelecer relações agradáveis.
Pudemos proporcionar a interação entre
pacientes. E encontramos até um “piadista” escondido na sala amarela: de
repente um senhor nos chama se di chamar
Assi. Assi? Sim... “Assi eu te pego!” rs...
Policiais, enfermeiros, pacientes de
todos os estados, compraram jogos, riram com a gente. E eu estou muito, mas
muito feliz por fazer parte da FAMÍLIA UPI!
Obrigada, meus lindões.
PS.: Ansiosa
pela próxima atuação!
Beijinhos de Jessica Rihelle e Bibelô
Titchely! ^^
terça-feira, 8 de maio de 2012
Mariquita Porcelana - 1ª atuação
Primeira atuação... passei o dia inteirinho só imaginando
como tudo seria, o que aconteceria, o que eu iria fazer, e se eu ficar com cara
de boba? Chegamos ao HUT e nos preparamos para tudo começar, roupa, maquiagem e
nos concentramos para subir os narizes. O clima era muito bom, todos estavam
com muita vontade e isso estava estampado nos olhares dos meus companheiros
Nina Chorumela e João Canelão. Hoje o corredor do hospital mais parecia um Hall
de artistas, pois encontramos com Amado Batista, Leonardo, Leandro e Pimpolho.
Amado Batista, um agente penitenciário, comprou nosso jogo na hora e nos
acompanhou até o final da nossa atuação nos ajudando em trechos de ´´Princesa``
e ´´Eu tive um amor``. Encontramos em um quarto o cantor Leonardo e seu
parceiro Leandro, que a princípio estava no banho. Fizemos coro do tipo:
´´Leandro cadê você, eu vim aqui só pra te ver`` para Leandro sair do banheiro para jogarmos
com ele, mas quando o rapaz saiu do banheiro, descobrimos que Leonardo e outro
paciente do mesmo quarto, Seu G., nos enganaram, pois o nome do Leandro na
realidade era J. Todos os pacientes e acompanhantes riram muito da nossa cara,
e eu fiquei muito feliz, pois além dos pacientes comprarem nosso jogo, jogaram
com a gente. Encontramos, depois de muita procura um pai para o João Canelão,
ajudados por uma acompanhante que sabia de tudo sobre exame de DNA. Ajudamos
uma turma de técnicos de enfermagem a conhecer o hospital e os pacientes
famosos que estavam internados por lá. Brincamos de recrutas com um militar,
dançamos com Pimpolho, fizemos coro com Leonardo e Amado Batista. Não poderia
ter imaginado uma recepção melhor do que a que tivemos, pelos pacientes,
enfermeiras, técnicas e acompanhantes. Sai de lá realizada, com o coração leve
e um sorriso bobo na cara. Foi tudo mais que MARAVILHOSO!!
Juvenal Gardenal - 2ª atuação
Atuamos no terceiro andar do HUT. Foi legal e embora eu tivesse dificuldade para encontrar o devido tom de minha expressividade vocal, consegui adequadamente atender os objetivos de nossa intervenção. Interessante perceber que mesmo eu não estando na minha melhor condição física devido a um dia cansativo de andanças pela downtown petrolinense, acho que consegui comprar e seguir muitos jogos, animando e alegrando os pacientes e seus acompanhantes. Confesso que, levando em consideração minhas duas atuações, tem sido muito divertido ficar o tempo inteiro em crise dançante epiléptica. A bola da vez foi o meu remédio que eu não havia tomado! ahahahahahahah! Os rapazes foram todos bem receptivos. Tiramos milhares de ondas e entramos em mil e uma histórias! As duas mulheres, únicas pacientes no andar inteiro, foram mais tranquilas. A mais velha delas não gostou muito de mim não, ao que parece. Mas consegui tirar de letra! No mais, é isso! Agora tô na correria...juvenal tem que malhar! Beijão!
Juvenal Gardenal
Juvenal Gardenal
Dia do Abraço - Tunica Caqui
Meus melhores companheiros do
mundo!
Tava sentindo falta, muita falta
de um dia assim. Foi muita energia gracinha irradiada e transmitida em cada
abraço. Não vou negar que a preguiça bateu forte e até uma porcentagem mínima
de morgação surgiu enquanto nos preparávamos. Mas a partir do momento em que o
olhar de todo mundo brilhou e a multidão de clowns foi invadindo as ruas... ah,
ali já me senti em casa mesmo estando num lugar tão amplo, com tanta gente com
ar de interrogação mas ao mesmo tempo querendo entender o que era aquilo tão
pitoresco! Abraçar não é apenas circular com seus braços, é mais, era
transmitir naqueles segundos algo que aquelas pessoas levassem por todo o seu
dia e quiçá sua vida, né? Ao mesmo tempo, não deixava de ser invadir um
pouquinho o seu espaço, sua loja, seu almoço, seu tempo, e pra isso ser
bem-vindo é uma sensação tão boa! Percebi nas pessoas uma receptividade muito
maior naquele centro que em outros lugares, e jogar com elas, pedindo licença
com jogos tão simples e abrindo a comunicação que terminava com o abraço era o
melhor! Alguns não deram mesmo abraço, outros deram mais de três e assim o
saldo do dia foi mais que positivo! Pra mim, pesou muito na sensação de
realização ao final ver também o entrosamento com os novos integrantes dessa
família. Teve um grupinho menor que não nos desgrudamos e parecia que já
atuamos várias vezes juntos. Muito bom quando tudo flui bem (ps: ainda estou
aprendendo os nomes, tá? Rsrs). Até eu me admirei com a minha espontaneidade.
Pensei que por ter ficado um tempo amornando, quando Tunica voltasse à ação
tivesse meio enferrujada, mas ela tá evoluindo, devagar e sempre, mas como
“palhaço pronto é palhaço morto”, a timidez dela tá se esvaindo, dancei na rua,
falei shingling... Ah, como poderia me esquecer! A primeira experiência que
tive com criança não tinha sido legal... mas foram tantas dessa vez, tão
receptivas, tão sorridentes e mesmo serelepes que posso dizer que não tenho
mais receio! Mesmo quando o abraço quase me estrangula, mas foi sincero, e a
criança uma fofura!
Como
chegar sem assustar, iniciar um abraço? Não há receita. É meio vago isso, eu
gosto pelo menos de ter um padrão, mas a vida não é assim... são mesmos os
estímulos que aparecerem. É dizer que realmente a beleza tá ali na loja de nome
canto da beleza (ou algo assim); é elogiar o equilíbrio e a combinação do casal
onde os dois estão de branco; é passar um casal andando abraçadinho e você
querer também compartilhar desse momento; são sorrisos e de repente sem nenhuma
palavra, só os braços abertos mesmo; é alguém passar no telefone dizendo que o
clima esfriou e você dizer: “que nada, vem cá dar um abraço que calor humano
não falta!”; é abraçar mesmo uma propaganda daquelas que você tem que elogiar o
publicitário porque ela realmente lhe chama; é ir atrás de quem muitas vezes
está atrás de balcões e fazer com que aquela barreira na verdade não exista; é
abraçar quem tá lavando carro e está envergonhado por estar molhado, mas
naquele calor isso foi até bom! É abraçar seus companheiros clowns também! :D
Enfim,
ver a reciprocidade das pessoas, ouvir que uns ganharam o dia, que isso deveria
se repetir mais, receber um desenho lindo de alguém que deixou de almoçar para
doar seu tempo a nós são as lembranças que se tornam força motriz para cada dia
a gente fazer mais disso! Quero replay.
Tunica Caqui
Teca Lua Cheia 01
Diário de Bordo – Primeira atuação no HUT
Passei a semana meio tensa e preocupada com a minha primeira
atuação no Traumas. Será que vai dar tudo certo? Será que eu vou conseguir
falar alguma coisa ou vou travar? Será que vou ser a melhor companheira do mundo?
Será que vou conseguir acompanhar as minhas melhores companheiras e jogar junto
com elas? Será? Será? Será?
Meu Deus, eram muitas perguntas! Eu estava muito aflita. Enquanto eu via meus
companheiros animados e ansiosos eu fingia estar bem também, mas o meu coração
estava acelerado e quase saindo pela boca! Mas eu me segurei. Quando fomos nos
arrumar percebi que ainda não estou craque na minha maquiagem e que isso vai demorar
mais um pouquinho. O que me deixou feliz
foi que eu fui entrando no clima dos meus companheiros e quando percebi a
agonia tinha sumido e o medo também. Me lembrei do episódio do picadeiro e meu
nervosismo inicial que se converteu em incessantes tacs e plocs!
Assim que saímos do quarto, Lisbela e Amélia estavam radiantes e esbanjavam
sorrisos, umas lindonas! Fiquei orgulhosa em vê-las daquele jeito. Nós atuamos
em apenas três quartos. É, eu sei, foram poucos, mas o jogo foi lindo. Já no
primeiro quarto nós conhecemos a “Bombom ambulante” que interagiu conosco de
uma maneira linda e meiga. Percebemos que os nossos hóspedes estavam
insatisfeitos com aquele hotel e decidimos fazer um protesto por comidas mais
saborosas, incluindo frango assado no cardápio, obrigada! Diante de tanta
insatisfação nós ficamos responsáveis por encontrar uma rota de fuga – secreta
– para os nossos hóspedes. Então nós saímos do primeiro quarto. Entramos em um
segundo quarto que estava com três leitos ocupados e o jogo ficou ainda melhor.
Conhecemos um senhor que comprou o nosso jogo e lançava diversos jogos pra
gente. Foi maravilhoso estar ali e participar daquele momento. Ah, só me
lembrem de mandar a Teca Lua Cheia entrar em uma dieta, porque disseram que o
motivo do nome dela ser esse é porque ela já está quase explodindo –detalhe:
disseram isso apontando pra barriga dela - . Ok, ok, tudo bem, nada de se
deixar abalar! É o jogo, vamos jogar com isso! A mãe desse nosso grande jogador
nos observava sorrindo, mas ainda sentadinha e tímida em sua poltrona. Tentamos
jogar com ela na primeira vez e nada. Mas aos poucos nós fomos conquistando e
quando vimos estávamos fazendo uma música com as palavras que ela lançava e ela
acompanhava o ritmo com a cabeça. Fiquei muito feliz! Muitas coisas aconteceram
nesse quarto: jogamos com o médico que veio visitar outro paciente, jogamos com
esse paciente e a esposa dele – que deram várias risadas -. Mas também
encontramos pessoas que não queriam a nossa presença ali e até aconteceu de um
deles nos mandar ir procurá-lo na esquina e nós fomos! Jogamos um pouquinho com
ele da esquina mesmo . Foi muito ruim ouvir isso de alguém e nesse momento eu
me desestabilizei. Calma, Rayanna. O jogo é assim mesmo e é preciso se
acostumar com isso. Então, vamos ao próximo quarto: o mais incrível da noite,
na minha humilde opinião. Ali tinha de tudo: manicure, apreciador de ópera,
mulher culta e o seu ET. ET?? Sim, um ET! ET porque ele tinha a incrível
habilidade de passar 11 dias sem comer e quase sem dormir. Acreditam nisso?
Pois é, mas ele era capaz de fazer isso e estava fazendo. Pensei em aderir essa
dieta pra Teca, mas logo percebi que não daria certo. Enfim, cantamos várias
músicas de ninar para um paciente e ele sempre dizia não, que não queria
aquela. Ok, vamos trocar! Cantamos durma
medo meu e ele parecia estar
gostando dessa, porque nos deixou cantar por um tempo. Senti uma emoção tão
grande! Mas ele logo de cansou dessa também. Era engraçado que quando nós nos
afastávamos dele ele ficava nervoso e soltava um AAAAA. Criamos uma ópera com
esse AAAAA e fomos para a cama dele cantar. Foi muito divertido! Bem, voltando
ao seu ET, um senhor incrível e que nós fomos conquistando aos poucos. No
início ele estava com os olhos cobertos por um pano e não nos via. Quando
percebeu o barulho acordou e se escondeu novamente. Começamos a jogar com ele assim
mesmo. E foi maravilhoso! Jogamos com ele de olhos vendados, mas logo depois
ele jogou o paninho de lado e só ficou com os olhinhos fechados, nos
acompanhando e fingindo não estar interessado na gente. Depois ele finalmente
abriu os olhos e se entregou ao jogo. Foram tantas coisas que é até difícil
escolher uma pra citar, acho que vou ficar com o momento em que Lisbela “baixou
o santo”. Santo Diego, segundo o seu ET. Depois esse santo acabou passando pra
Teca também. Eita, santo Diego danado! Não posso deixar de comentar da postura
da Amélia Ventosa, minha linda companheira. Ela teve uma sacada de mestre!
Quando o seu ET, que costumava filosofar sobre umas coisas, soltava alguma
palavra errada a Amélia soltava um “repita” no estilo do famoso “tico tico”dela
e o seu ET percebia que tinha feito algo errado e caia na risada. Caramba,
relembrar tudo isso é maravilhoso! Meninas, gostei muito da nossa primeira
atuação e estou muito feliz em estar com vocês. Obrigada por terem feito um
jogo tão lindo! E já estou ansiosa pela próxima atuação juntas.
Dia do abraço
Se este anexo tiver imagens, elas não serão exibidas. Baixar o anexo original
Diário de Bordo da Xena Macaxeira
Sábado, 28 de abril de 2012 - Dia de Abraços grátis
Senti muita vergonha ao sair na rua. Sim, parecia que eu havia esquecido tudo o quê tinhamos feito nas oficinas de formação de Clows. Mesmo após o processo de “entrada” no clown, me desesperei um pouco ao sair em público. No início fiquei rindo porque tudo era muito engraçado, mesmo eu estando com vergonha, então me detive a rir enquanto observava os outros e abraçar as pessoas que os outros abraçavam. Acho que alguns companheiros notaram minha timidez e se dispuseram a levantar meu olhar ou colocar-me em companhia daqueles que já estavam mais “no clima”.
Aos poucos fui entrando no jogo, afinal, eu não caminhei no centro de Petrolina, bem no horário do sol a pino no dia anterior procurando trajes mais confortáveis e arrojados para o meu clown à toa, eu tinha que estar lindona e arrasando! Comecei então a tomar minhas próprias atitudes. A chegar junto da galera mesmo. Notei que vários adultos foram mais receptivos que algumas crianças. Na verdade, mais crianças do que imaginei demonstraram medo de nós... Mas mesmo assim, fiquei muito feliz quando uma criança me cutucou e me pediu um abraço, logo quando comecei a entrar no clima, pra entrar de vez foi o suficiente.
Só faltava agora a presença de uma pessoa para deixar minha alegria mais completa: o namorado da Jéssica Lorena, que deu uma passadinha lá pra ver como estava tudo, e mesmo ele dizendo que a roupa da Xena Macaxeira estava horrorosa e que ela parecia uma mendiga, isso foi o sinal que a roupa estava ótima!
Daí em diante foi só alegria, alguns não nos davam nem intimidade, mas esses foram poucos. A maioria cedia após um pequeno empurrãozinho, que nesse caso era abrir os braços após mostrar a placa. Muito bom dar abraços. É muito interessante ver gente que eu sempre vejo, mas nunca reparo me dando abraços, e muitos fazendo questão de dar o abraço. Eu tinha que ver umas coisas numas lojas de utilidades para o lar, outra não sei aonde... Dava vontade de ir daquele jeito pra ser bem recebida assim! Mas tem que ter foco né? ”Trabalho” é “trabalho”. Não sei como vou entrar nesses estabelecimentos de novo e fazer de conta que não conheço algumas pessoas, dá vontade de falar “Oi, lembra de mim?”, mas também não acho legal porque a Xena Macaxeira é a Xena Macaxeira e a Jéssica Lorena é a Jéssica Lorena.
Um dos momentos que mais me diverti foi quando avistei dois policiais batendo um papinho maroto na porta de uma loja, não resisti e saí correndo pela rua, atravessando-a sem nem olhar, desembainhando minha espada e batendo continência com a outra mão. Não sabia como seria a reação deles, mas foi 12813787374 de vezes melhor do que eu esperava! Fui recebida com “É do abraço é? Vem cá!” E assim como nas palavras dele não senti maldade alguma, não senti nas palavras de outros, mesmo quando me disseram que eu era “muito lindinha” ou “uma morena alguma coisa que não lembro”. Pensei que o “assédio” seria maior porque tem uns caras na rua que são muito chatos, imagina várias palhacinhas oferecendo abraço?! Mas não senti nada disso! Fiquei com receio de oferecer abraços no Ponto dos mototaxistas, mas também foi tranquilo!
Fiquei sentida por não poder ir até a loja onde comprei os tecidos da minha fantasia. A moça foi muito simpática, me ajudou a escolher tudo e pediu que eu fosse lá dar meu abraço a ela. Mas a loja não estava na rota que seguimos e, infelizmente, não foi possível.
Bom, acho que por enquanto é só isso!
Beijos
Sábado, 28 de abril de 2012 - Dia de Abraços grátis
Senti muita vergonha ao sair na rua. Sim, parecia que eu havia esquecido tudo o quê tinhamos feito nas oficinas de formação de Clows. Mesmo após o processo de “entrada” no clown, me desesperei um pouco ao sair em público. No início fiquei rindo porque tudo era muito engraçado, mesmo eu estando com vergonha, então me detive a rir enquanto observava os outros e abraçar as pessoas que os outros abraçavam. Acho que alguns companheiros notaram minha timidez e se dispuseram a levantar meu olhar ou colocar-me em companhia daqueles que já estavam mais “no clima”.
Aos poucos fui entrando no jogo, afinal, eu não caminhei no centro de Petrolina, bem no horário do sol a pino no dia anterior procurando trajes mais confortáveis e arrojados para o meu clown à toa, eu tinha que estar lindona e arrasando! Comecei então a tomar minhas próprias atitudes. A chegar junto da galera mesmo. Notei que vários adultos foram mais receptivos que algumas crianças. Na verdade, mais crianças do que imaginei demonstraram medo de nós... Mas mesmo assim, fiquei muito feliz quando uma criança me cutucou e me pediu um abraço, logo quando comecei a entrar no clima, pra entrar de vez foi o suficiente.
Só faltava agora a presença de uma pessoa para deixar minha alegria mais completa: o namorado da Jéssica Lorena, que deu uma passadinha lá pra ver como estava tudo, e mesmo ele dizendo que a roupa da Xena Macaxeira estava horrorosa e que ela parecia uma mendiga, isso foi o sinal que a roupa estava ótima!
Daí em diante foi só alegria, alguns não nos davam nem intimidade, mas esses foram poucos. A maioria cedia após um pequeno empurrãozinho, que nesse caso era abrir os braços após mostrar a placa. Muito bom dar abraços. É muito interessante ver gente que eu sempre vejo, mas nunca reparo me dando abraços, e muitos fazendo questão de dar o abraço. Eu tinha que ver umas coisas numas lojas de utilidades para o lar, outra não sei aonde... Dava vontade de ir daquele jeito pra ser bem recebida assim! Mas tem que ter foco né? ”Trabalho” é “trabalho”. Não sei como vou entrar nesses estabelecimentos de novo e fazer de conta que não conheço algumas pessoas, dá vontade de falar “Oi, lembra de mim?”, mas também não acho legal porque a Xena Macaxeira é a Xena Macaxeira e a Jéssica Lorena é a Jéssica Lorena.
Um dos momentos que mais me diverti foi quando avistei dois policiais batendo um papinho maroto na porta de uma loja, não resisti e saí correndo pela rua, atravessando-a sem nem olhar, desembainhando minha espada e batendo continência com a outra mão. Não sabia como seria a reação deles, mas foi 12813787374 de vezes melhor do que eu esperava! Fui recebida com “É do abraço é? Vem cá!” E assim como nas palavras dele não senti maldade alguma, não senti nas palavras de outros, mesmo quando me disseram que eu era “muito lindinha” ou “uma morena alguma coisa que não lembro”. Pensei que o “assédio” seria maior porque tem uns caras na rua que são muito chatos, imagina várias palhacinhas oferecendo abraço?! Mas não senti nada disso! Fiquei com receio de oferecer abraços no Ponto dos mototaxistas, mas também foi tranquilo!
Fiquei sentida por não poder ir até a loja onde comprei os tecidos da minha fantasia. A moça foi muito simpática, me ajudou a escolher tudo e pediu que eu fosse lá dar meu abraço a ela. Mas a loja não estava na rota que seguimos e, infelizmente, não foi possível.
Bom, acho que por enquanto é só isso!
Beijos
Loló Bicicletinha 01
Diário de bordo, Primeira atuação no Hospital de Traumas.
Diário de loló bicicletinha.
Querido diário de bordo, nossa!!! Como eu estava nervosa. Muito nervosa.Acho que é assim com todo mundo, ne? Estava tudo marcado pra 6:20. Eu cheguei no hospital 5 horas pra tomar água de coco e ficar mais tranqüila. Demorou um pouco para começar e então fomos para o quartinho nos arrumar. Estou muito feliz com minha equipe: Camila, Emanuel e Wagner. Emmanuel é super meu amigão e Camila fofíssima e Wagner é simplesmente genial. Sem palavras pra ele, ele saca tudo. Com muito pouco ele faz tanta graça...
Mas apesar do nervosismo e da mudez do meu clown, acho que fui ficando tranqüila e deixando rolar. O que mais me surpreendeu foi como os pacientes se entregam ao jogo. Muito mais do que eu esperava e como surtiu efeito positivo na estada deles no hospital. Confesso que o nervosismo me travou um pouco mas nem posso dizer o quanto foi maravilhoso vivenciar a palhaço terapia. Meu clown passa por esse processo de sair e mostra-se ao outro e isso tudo é muito novo e me estimula cada vez mais a pesquisar, sentir e me entregar mais. É isso o que tenho a dizer...
...isso tudo é só o começo...
Laysa Manoela Delmondes
Dia do abraço
Se este anexo tiver imagens, elas não serão exibidas. Baixar o anexo original
Diário de Bordo, dia do abraço.
“Qualquer amor é contribuição para cura dos problemas da cidade...
Sair nas ruas nem se fale. Foi mágico. Abraçar e sentir a disponibildade das pessoas, apesar do enrijecimento do sistema. Abraçar e sentir cada indivíduo. Eu me surpreendi com a disponibilidade das pessoas e como foi gostoso estar naquele estado de alegria e partilhar com os passantes. Confeço que o solzão e a fome me enfraqueceram um pouco e confeço que nisso, no quesito cansaço ás vezes eu me deixei levar. Mas na balança, tudo, tudo foi imensurável. Repercutiu positivamente e lindamente na minha vida.Pra terminar gostaria de dizer que estou com um pouco de dificuldade de desenvolver a voz do clown. Acho que ele é mudo. Pelo menos por enquanto.
Laysa Manoela Delmondes
“Qualquer amor é contribuição para cura dos problemas da cidade...
Qualquer amor já é
um pouquinho de saúde
um montão de claridade
contribuição
pra cura dos problemas da cidade
um pouquinho de saúde
um montão de claridade
contribuição
pra cura dos problemas da cidade
Qualquer amor que vem
desse vagabundo e bobo
coração atrapalhado
procurando o endereço
de outro coração fechado
desse vagabundo e bobo
coração atrapalhado
procurando o endereço
de outro coração fechado
Amor é pra quem ama
Amor matéria-prima
A chama
O sumo
A soma
O tema
Amor é pra quem vive
Amor que não prescreve
Eterno
Terno
Pleno
Insano
Luz do sol da noite escura
"qualquer amor já é
um pouquinho de saúde
um descanso na loucura"
Querido diário de bordo, como é bom reviver com esses companheiros, esses novos companheiros da minha vida. Fui chegando atrasada nesse dia do abraço. Como sempre atrasada mas com muita boa vontade. Tomei um cafezinho gostoso na casa da querida Ana vitória que nos recebeu tão bem. Estava curiosa sobre o que viria, era tudo tão novo, aquela experiência. Eu queria muito me entregar, me pintar daquilo. E naquele meu jeito comecei. Fui logo errando com excesso de vermelho nas buxexas. Sempre excesso. Mas consegui, me montei e fui me borá. Lám disso gostei de ter parado e lançado meu olhar para os meninos. O olhar “fotográfico”, que é um processo importante para mim. Foi lindo perceber os detalhes, as cores, os gestos e olhares de cada um. Eternizar aqueles instantes.é isso.Amor matéria-prima
A chama
O sumo
A soma
O tema
Amor é pra quem vive
Amor que não prescreve
Eterno
Terno
Pleno
Insano
Luz do sol da noite escura
"qualquer amor já é
um pouquinho de saúde
um descanso na loucura"
Sair nas ruas nem se fale. Foi mágico. Abraçar e sentir a disponibildade das pessoas, apesar do enrijecimento do sistema. Abraçar e sentir cada indivíduo. Eu me surpreendi com a disponibilidade das pessoas e como foi gostoso estar naquele estado de alegria e partilhar com os passantes. Confeço que o solzão e a fome me enfraqueceram um pouco e confeço que nisso, no quesito cansaço ás vezes eu me deixei levar. Mas na balança, tudo, tudo foi imensurável. Repercutiu positivamente e lindamente na minha vida.Pra terminar gostaria de dizer que estou com um pouco de dificuldade de desenvolver a voz do clown. Acho que ele é mudo. Pelo menos por enquanto.
Laysa Manoela Delmondes
Dia do abraço
Diário de Bordo – Intervenção : Dia do Abraço
Data: 28 de abril de 2012 (sábado)
Ulisses Costa Silva Neto – Zé do Respeito
Mais uma vez, me sinto honrado de fazer parte desta grande família que se chama UPI. De fato, a intervenção foi o primeiro grande momento de todo este trabalho. Senti-me de verdade sendo útil para o projeto, abracei a causa, as pessoas, o jogo – fui com tudo! Vamos combinar que o calor não era algo a favor do trabalho, mas nem isto me fez desanimar diante tantas emoções e experiências compartilhadas neste dia! Como era prazeroso poder abraçar as pessoas sem nada em troca e o melhor: abraçar com verdade, com calor e amor, foi isso que tentei fazer - dar o meu melhor e passar a mais pura sinceridade que estava em meus olhos, nos olhos de Zé do Respeito!
Tiveram momentos em que não aceitaram o meu abraço, estaria mentindo dizendo que não fiquei um pouco chateado, até fiquei preocupado de sair do meu clown, entretanto com o decorrer da intervenção fui percebendo que estas recusas faziam parte do processo, me deixava mais atônito e ancioso por um abraço forte e que me mostraria porque eu estava ali.
Quero destacar a intervenção de Ana Vitória – como foi mágico, encantador poder ver em seus olhos um brilho imenso, como foi incrível poder perceber em seus jogos uma sinceridade única. Mas não poderia deixar de falar de todos. Fomos lindões. Como não ter vontade de atuar com pessoas como vocês?
Termino este diário com a palavra HUMILDADE: podemos ser humildes e com simples gestos e atitudes mudar o dia de alguém. Acho que conseguimos fazer isto... Até...!!!
Marilinha 1ª atuação
Se este anexo tiver imagens, elas não serão exibidas. Baixar o anexo original
Diário de Bordo, 01 de maio de 2012. – PRIMEIRA ATUAÇÃO.
Primeira atuação, primeira atuação, primeira atuação, primeira atuação, primeira atuação, primeira atuação, primeira atuação, primeira atuação, primeira atuação, primeira atuação. Ahhrrr!! Eu e Júlia estávamos muito nervosas, muito ansiosas mesmo, quase desesperadas. Que tensão! Mesmo assim, conseguimos criar coragem para atuar. E, apesar da desaprovação de Ana Vitória, nós quatro (Chico, Sancho, Juju e Marilinha) fomos nos aventurar naquele hotel gigante. Comer, maquiar, concentrar, dançar, subir, energia! Começamos a nossa primeira atuação!
Saímos do quarto já procurando os artistas da cidade e demos logo de cara com uma enfermeira que levava os alimentos para os quartos. Já aí meu jogo brecou. Brecou porque percebi que teria que falar muito, coisa que Marilinha ainda não sabe fazer bem, mas até aí tudo beeem, beleeeza, ela nos disse para procurarmos o corredor e fomos para o primeiro quarto. Vixe! Que tristeza. Quase ninguém comprou o jogo, apenas um policial que nos indicou quem era o corredor. Quando o vi, fiquei com um misto de paralisia, pena, medo e vontade de sair correndo para uma nova oficina porque não me sentia preparada. Na verdade, eu nunca me senti preparada, mas, até ontem, ainda acreditava que era capaz. Aquele quarto foi horrível! Tinha muita gente lá, enfermeiras, policiais, corredores, velhinhos que não queriam de forma alguma comprar o jogo, e ainda por cima, um monte de estímulos que caíram na minha mão e eu não sábia o que fazer com eles, como uma bomba. Meio que desistimos do quarto e fomos para o outro. Esse outro! Foi nele que eu percebi que faltava um elemento da minha maquiagem, besta, mas faltava, e isso me atormentou o topo todo. Aí eu já não era mais Marilinha e comecei a cada vez mais ser Dayane. Acredito que foi por isso que meus melhores companheiros do mundo gostaram de ontem, mas eu não! Apesar disso, esse quarto foi muito interessante, pois um antigo palhaço me pegou de jeito. Ele queria um remédio para a asma. E queria eu a Marilinha respondesse. Porque até então, Chico estava nos salvando em quase tudo. Pronto, outra bomba com a qual eu não soube lidar. Demorei, demorei.. dei uma boa resposta até, mas demorei muito para pensar.
Voltamos para o primeiro quarto, e nele aconteceu um dos momentos mais lindos da noite. Um dos velhinhos que não queria nem olhar pra gente acabou comprando o jogo depois de muito esforço. Trabalho recompensado! Não foi só esse momento bonito da noite, aconteceram outros, mas se eu narrar tudo esse diário vai ser comprido o suficiente para montarmos uma trilogia. Foca, foca!! Na verdade, querido diário, eu não sei bem o que eu senti ontem. Tive momentos de alegria, como no desfile no quarto das velhinhas, tive momentos de tristeza, como no quarto de Rafael, que mal olhava pra gente, apenas assistia TV no celular, e senti muito medo e pena de alguns pacientes mais graves. No fim da atuação, acabei sentindo um nada! Nada mesmo. Acho que os sentimentos se anularam. Pensando agora, acredito que, num todo, o dia foi bom. Mas o Opus Dei da Dayane atrapalhou Marilinha imensamente. Fui muito mais Dayane que clown, e dei pra querer comparar o meu jogo com o das meninas mais antigas. Durante a atuação eu queria fazer jogos como os que eu assisti de Ana, Hortis e Lis. Claro que não deu certo! Felipe até me deu uma jornalada para eu parar de querer me comparar com elas. Nunca aconteceria o mesmo. Somos diferentes, estávamos em um número diferente, com pessoas diferentes e estímulos diferentes. Mas na hora eu só pensava: olha um estímulo, o que posso fazer com isso? Eita, o jogo não ta legal nesse quarto! Esse cara não quer comprar, vamos embora! Que vergonha, sou muito destrambelhada! Ei, não falei com aquela mulher. Ah! Os meninos falaram, deixe quieto. E coisas do gênero. Bah! Deu pra ver, só nesses poucos pensamentos que tive, que não era Marilina ali, era a noiada da Day. Quanto ao número de participantes, na hora, eu achei que lidamos bem com isso, até porque alguém sempre virava espectador por alguns instantes. Mas agora, penso que isso possa ter atrapalhado um pouco a dinâmica no quarto. Porque realmente formamos paredões como Ana previra. Ah! De qualquer forma, eu ainda não consigo lidar com quarto inteiro. Mal consigo responder aos estímulos de um paciente, imagine de quatro ao mesmo tempo! Bem, fato é que tem duas coisas que eu observei, afinal a Dayane não foi de todo ruim, que devemos trabalhar. A primeira seria experimentarmos atuar com 3 pessoas para ver se o problema da dinâmica é o número de clowns ou nossa incapacidade mesmo. A segunda, tentar não sairmos com um jogo pronto do quarto para estarmos mais alerta.
Ufa! Apesar de eu não ter sentimentos sobre a minha primeira atuação, parece que tive muito o que falar. Esperemos a próxima atuação, diário amado. Vamos ver se eliminamos a Dayane do picadeiro. Primeiro passo: não ficar tão ansiosa, nervosa, cagona e ter pavores do gênero. Agora eu já sei, mais o menos, como é. Vamos trabalhar para aumentar a energia!! Mão para cima, cintura solta, dá meia volta, dança kuduro! Ou seria, durma medo meu??
Um bigbeijoborradodobatomzãodeMar
Dayane (Marilinha Leite Quente)
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