segunda-feira, 30 de maio de 2016

Bartolomeu Barbudo - A despedida



Esse não é um diário de atuação. Esse é o diário em que o Bartolomeu sai de cena, em que Bartolomeu retira a maquiagem com o mesmo cuidado de sempre, guarda o nariz e sabe que ele vai ficar ali por um bom tempo.

Foram vários encontros. Com nariz vermelho e sem o nariz vermelho. Na oficina de formação, nos aprofundamentos, nos hospitais. Na vida inteira, por todo lugar. E guardo com muito carinho tantas pessoas maravilhosas que subiram nariz comigo, tantas pessoas maravilhosas que encontrei como palhaço nesse tempo de UPI.

Hoje, a cortina fecha. Talvez, em outro momento, o nariz vermelho volte a enfeitar meu rosto, talvez não. Independente disso, eu carrego comigo o encanto e a paixão por esse projeto que foi e é parte da minha formação acadêmica, que será parte do médico que serei.

Aos meus melhores companheiros e companheiras, muito obrigado.

Milena Mundo Afora, Feira da Areia Branca, 22/05/2016

   Ao chegar na feira me veio a cabeça: '' E agora? Por onde começar? O que vai acontecer? '', mas tudo aconteceu tão naturalmente que mal me lembro do primeiro sorriso, do primeiro abraço, do primeiro olhar de luz, não que não tenha sido significante, e sim por terem se tornado tão especiais a ponto de se perderem da ordem cronológica. Foi um conjunto de emoções, poder interagir com pessoas de idades, histórias e vidas diferentes. Claro que nem todos estão abertos para uma interação, e precisamos respeitar seu espaço, como também gostaríamos de ter o nosso espaço respeitado em se tratar de algumas situações e olhares ofensivos. No geral, amei a primeira atuação, observando a maneira de agir dos meus companheiros para melhorar a minha e manter o equilíbrio nas diferentes ocasiões. Já estou com frio na barriga para a próxima !!!

                                                              Beijos e muitos abraços !!!

domingo, 29 de maio de 2016

Chiquinha Rosa Choque - Maternidade - xx/xx/16

Maternidade Juazeiro , algum dia de 2016 que não lembro (assim que lembrar coloco)

     Mais um dia ensolarado em Juazeiro da Bahia. Chegamos, como de costume, eu, Pedrinho Palito e Suzana Caçarola para mais uma atuação. Mas nesse dia houve algo diferente que mudaria todo o rumo: estava com dor de cabeça, esqueci parte da vestimenta, e como nunca tinha tido a oportunidade de ser observadora decidimos CHIQUINHA HOJE VAI OBSERVAR E REGISTRAR. Empolgada com a experiência de "ver de fora" o nosso trabalho saímos em mais uma aventura.
     Sobre a atuação dos meus companheiros: maravilhosa! Foi um dia de muitos encontros, conseguiram circular por diversos setores, interagiram bastante com crianças (nosso calo) e diversos funcionários.
     Mas para Rebeca esse dia teve que ser bem digerido antes de ser escrito. Logo no inicio da atuação tive que aguentar xaveco de um maqueiro. Da primeira vez que passou deu uma assobiadinha; da segunda um "Boa tarde, princesa", acompanhado daquele olhar vulgar de assédio que nós mulheres bem conhecemos! Na hora me enchi de revolta, raiva.
"Até no hospital?" Sim, Rebeca. Todos os lugares
"Até quando estamos tentando ajudar?" Sim. Nas diversas situações
"Até quando eu poderia ser uma paciente, uma acompanhante" Sim. Com qualquer um
     Mais do que nunca veio a mente que o nosso papel social dentro desses hospitais! Não estamos ali só para fazer gracinhas e arrancar sorrisos. Estamos ali pela Humanização! Pela conquista de direitos, pela revisão de valores! Com essa pequena máscara, a que menos esconde, temos a grande oportunidade de transformar realidades!
     No fim das contas, comuniquei a situação a nossa colega do CCIH e tive a oportunidade de conversar com o rapaz pessoalmente.
    Enfim, como clown essa atuação deixou boas lembranças dos encontros dos meninos, saudade por ter sido a última atuação com Suzana Caçarola e uma enorme responsabilidade pela situação que passei. Como mulher me deixou um enorme desgosto da sociedade machista em que vivemos! VAMOS Á LUTA!  

sábado, 28 de maio de 2016

Lala Lacinho, Feira da Areia Branca, 22/05/2016


" Hoje é o dia do abraço, que bom que eu abracei alguém hoje!" Uma senhora pequena e magrinha me disse. Foi extraordinário abraça-la naquele dia e naquele momento. Aquela manhã estava regada de energia e alegria, não haveria dia melhor para a primeira atuação como clown; de me conhecer e  reconhecer, para melhorar no que precisa ser melhorado e comemorar tudo que já foi conquistado. ( Seja como Carla, seja como Lala) Atuar com novinhos e velhinhos foi um sucesso, a experiência e inexperiência aproveitando o caminho juntos foi um barato. CADA encontro foi único e mágico. Soube a importância de estar excelentemente bem para poder transmitir essa bondade a outras pessoas. Gratidão é a palavra chave deste dia. Muito obrigada!

sexta-feira, 27 de maio de 2016

Txequinaudo das Estrelas, Feira da Areia Branca, 22/05/2016


Oi, Diário de Bordo!!
Eu queria saber expressar o quão mágico foi esse dia do abraço grátis na feira, mas só consigo descrever que cada troca de olhar, de abraço, de história vivida, de riso solto, de experiência, de sorriso, foi algo inesquecível que deve ser eternizado dentro daqueles bauzinhos com os dias mais encantadores da vida. Depois de tanta ansiedade para nossa primeira atuação, acho que, agora, podemos encher a boca com os mais lindos adjetivos para enfatizar o tamanho orgulho e prazer de ser clown; sinceramente, todas as expectativas para esse dia foram ultrapassadas e não passaram de meros sinais de partida. Sim, sinais de partida. O que foi vivido não pode ser comparado com o que se esperançava viver. Até mesmo o intuito inicial, o de dar abraços, serviu como ponto de largada para adentrar em mundos que de tão particulares nos mostrava a universalidade do ser humano (o amor que, felizmente, ainda resolve habitar em todos corações; assim como, ainda, há flores que relutam em brotar nas frestas do asfalto). 

Amei atuar com todos os palhacinhos, sejam novinhos, sejam velhinhos. Foi bom saber que, em cada grupo formado, eu podia contar com OS MELHORES COMPANHEIROS DO MUNDO. Vocês são demais!!



De todas as maravilhas vividas nesse dia, acho que vale compartilhar com vocês quando abordei, junto com alguns amiguinhos (que agora só lembro de Frida Tequila), três senhorinhas que estavam a vender suas verduras. Eu cheguei como quem não quer nada e fui dando sorrisos de canto de boca para todas elas, logo mais me vi perguntando como estavam e tentando cativar uma a uma. Conversa vai e conversa vem, uma das senhorinhas me indaga de onde eu era. "-ôoh, senhora, eu venho de um lugar muito longe e muito diferente daqui, o Planeta Marte". Ela ficou espantada e me perguntou o porquê de eu ser um alienígena e querer estar aqui na Terra. Respondi: "-Aaaaaah, mas minha senhora, vê se a senhora me entende, eu sou de um planeta bem evoluído, sabe? Só que lá não tem uma coisa que eu acho muito linda nas pessoas daqui da Terra. Sabe o que é? É abraço com amor, minha senhora, lá nós não temos isso não.". Ela, agora toda jeitosa e com um charme só, me oferta um abraço e diz:

"Abraço, meu filho, isso não tem preço não. E amor? Isso é uma coisa sem limites."

Nos abraçamos e nos sentimos completos e eternos.

Uma letra de uma música de  Jota Quest relata com exatidão a forma como o abraço eterniza um momento:"Tudo que a gente sofre num abraço se dissolve. Tudo que a gente espera ou sonha num abraço a gente encontra [...] O melhor lugar no mundo, é aqui. É dentro de um abraço. Por aqui, não mais se ouve o tic tac dos relógios. O rosto contra o peito, dois corpos em um amasso, dois corações batendo juntos em descompasso." 


Pablito Cabeção, Feira da Areia Branca, 22/05/2016


E aí Diário,

Nervosismo à flor da pele nessa primeira atuação na Feira da Areia Branca.

O começo do dia se enchia de brilho e ao mesmo tempo ansiedade. " Mal posso esperar pra sair abraçando todo mundo" era a voz que falava comigo o tempo todo. Com o tempo essa voz foi ficando mais alta. Vesti "minha armadura" de clown. E a mesma voz se intensificava dentro de mim. Coloquei as meias vermelhas mais lindas e nem um pouco chamativas e a voz me fazia tremer. 1,2,3...10.

Finalmente! O dia chegoou!

Uma mistura de sorrisos, de olhares, de fisionomias, uns receptivos e já abraçavam logo que se deparavam com minha presença, outros nem tanto e davam de ombros como se quisessem dizer " tô nem aí pro abraço de seu ninguém". Triste ficava. Logo me deparava com meus primos, primas, amigos ,ou melhor MELHORES COMPANHEIROS DO MUNDO, e abria um sorrisão daqueles de esticar todo o rosto.

Várias pessoas, várias histórias. Como eu queria tempo para conhecê-las melhor, mas só de ter tido aquele encontro, por mais singular que tenha sido, já me modificava enormemente.
Um filósofo disse uma vez que "Ninguém pode entrar duas vezes no mesmo rio...". Tudo está em constante mudança. Cada encontro naquele local comum me modificou, me cativou. Por mais singela que tenha sido a mudança, ela existiu e eu agradeço sempre por ter tido essa oportunidade de me modificar.

Obrigado "Dona Maria da Tapioca"! Obrigado "irmãos gêmeos"! Obrigado a todos que me aceitaram e me deram suporte nessa atuação.

       Simbora minha gente que Pablito tá só começando suas travessuras!

                                                                                                                                P.C.

Cacau Varapau, Feira da Areia Branca, 22/05/2016

Querido diário

Abraços dão força
Abraços confortam
Abraços vivem
Abraços mudam
Abraços são necessários
Um olhar encontra outro olhar
Um sorriso com outro sorriso
A barreira cai
"Você quer um abraço?"
Surpresa
Sorriso
"Assim do nada?"
Não há momento certo para o encontro de dois corações e a transferência de amor ❤
E assim, foi o meu dia. ( Mais especial ainda por ser o meu aniversário ~Karina~). A primeira atuação foi sem dúvida alguma um momento que vai ficar para sempre na memória.
"Se alguém já te deu a mão e não pediu mais nada em troca, pense bem pois é um dia especial [...]
O amor é maior que tudo do que todos até a dor se vai quando o olhar é natural"
Até o próximo sábado, diário :*

Bibi Oteca, Feira da Areia Branca, 22/05/2016

Querido Diário de Bordo,

Depois de tanto treino, tanto aprendizado, tanto choro e riso, chegou a hora da minha primeira atuação. Não fazia ideia de como seria, apenas me joguei no vazio. Subimos nossas máscaras, entramos nos carros e começamos nossa aventura.

Chegando lá, nos dividimos em grupos. Fiquei boa parte do tempo com Elijeans Kibon, Lulu Babalu e Cacau Varapau. Andamos pelas bancas dando bom dia, olhando para as pessoas, reconhecendo aquelas que nos queriam por perto e aquelas que não se sentiam à vontade conosco. Quando a permissão nos era concedida, verbalmente ou com o olhar, nos aproximávamos, conversávamos e, se a pessoa aceitasse, a feira se enchia de abraços. 


Encontrei crianças, adultos, idosos. Gente de todo canto, todo jeito e todo abraço. Duas crianças, um menino e uma menina, nos seguiram por toda a manhã. Fiquei emocionada e um pouco triste ao ver a carência nos olhinhos deles, como eles precisavam e queriam nossa atenção e nossas brincadeiras - por mais simples que fossem.

Outra menininha, com brilho nos olhos, nos disse que, quando crescesse, queria ser palhaço. Uma senhora chorou dentro do nosso abraço, porque havia perdido o pai há pouco tempo. Teve também o senhor que insistia em nos fazer beber um café e que disse - petulante! - que Bibi Oteca não era nome.


Foram muitos encontros, muitas histórias, muitos abraços. A troca de energia com cada pessoa que encontrei - até com aquelas que não nos receberam - foi incrível. Também adorei ver como tudo o que vivi na formação me foi extremamente útil na atuação. O olhar, a energia, a conexão com os melhores companheiros do mundo e com as pessoas, a atenção, o jogo acima da minha jogada... foi lindo! E que continue sendo.

Até a próxima atuação,
Bibi Oteca.

Testina Nado Costa, Feira da Areia Branca, 22/05/2016

Querido Diário de Bordo:

 Vou tentar expressar o misto de sentimentos bons que sinto em meu coração ao me recordar de tudo. Acredito que não teria dia melhor para primeira atuação da Testina Nado Costa (o dia do abraço). A felicidade de ter nascido, permitido e ter dito sim. Abraçar, olhar, sorrir... A sensação de olhar em volta e imaginar um grande caminho pela frente, poder fazer a diferença na vida de alguém. Poderia ser um dia normal, mas, recebi abraços de pessoas que nunca nem me viram! Poxa, o sentimento de reciprocidade tomou conta de mim e minha energia só aumentava em esbarrar em cada olhar.
Eu amei o calor do abraço de Dona Maria, Amanda, Fernanda, A Erica da barraca, as “irmãs nandas”... (queremos de novo!).



Foi inesquecível, principalmente, por ter ao meu lado OS MELHORES COMPANHEIROS DO MUNDO: apoiando-me, caminhando junto comigo, me defendendo, e se precisar, aperta o nariz do danado que “buliu” com o nariz da companheira!

Obrigada UPI, obrigada companheiros... Estou amando caminhar com vocês! 

Juliete Confete, Feira da Areia Branca 22/05/2016

Oi diário!

Dessa vez será num lugar diferente, aqui no blog *-*
Foi com muita felicidade que pude atuar pela primeira vez na Feira da Areia Branca. Além de ter sido meu aniversário, foi uma experiência magnífica estar lá como Juliete Confete! Quanta coisa escutamos e brincamos, quantos abraços que estavam precisando ser dados e nós podermos estar ali.. Apesar de ter recebido uma batata nas costas, não perdi minha energia que estava acima de 100%, gostei muito e não vejo a hora de ir aos hospitais levar alegria! Até logo, beijosss


Elijeans Kibon, Feira da Areia Branca, 22/05/2016

Querido Diário,
hoje é nossa primeira vez nos encontrando aqui, é o nosso começo hehe..
E domingo foi exatamente isso, o começo!
Primeira vez fazendo minha maquiagem, foi meio difícil acertar os traços, os pontos, o jeito, mas no final deu tudo certo e lá estava eu, junto com meus melhores companheiros, de roupa e maquiagem prontas!
Formamos um círculo no estacionamento da UNIVASF, novinhos e velhinhos, para subir a energia. Subimos as máscaras. E nossa, o que foi aquela energia? Transbordava mesmo por todo o corpo e olhar!
Fomos para a feira da Areia Branca onde atuamos pela primeira vez. Foi incrível, maravilhoso, especial.. No começo, andei com Lulu Babalu, Cacau Varapau e Bibi Oteca. A sintonia era incrível, completávamos uma o jogo da outra e a todo momento encontrávamos alguém disposto a nos abraçar e conversar. Cantamos Let it go, brincamos de pega-pega, abraçamos e abraçamos muito.. Conhecemos histórias e fomos acompanhadas por dois irmaozinhos por boa parte da atuação, até nos levaram para conhecer a mãe deles. 
Foi mágico! Nossa primeira atuação. Cada abraço, cada história que escutamos, cada olhar que trocamos, cada criança e adulto que veio até nós mesmo antes de nossos olhares se encontrarem.. Tudo ficará guardado na memória! Espero manter por bastante tempo a sensação boa que esse domingo deixou!!

Até logo, diário!
Beijos e sorvetes,

Elijeans Kibon :)

McTopete, Feira da Areia Branca, 22/05/2016

 
          Sabe, nascer não é ato instantâneo, como também não é algo definitivo e imutável, a gente nasce toda hora, e fica renascendo sempre, se aprimora no nascimento e tenta se refazer de uma melhor maneira. Pois assim sendo, eu, McTopete, tinha chegado a esse mundo há pouco, porque por muito tempo estive em outros universos, vagando por outras dimensões, trilhando outros caminhos, e  talvez apenas pelo simples fato de precisar de muita preparação para nascer. Nasci... Continuo a nascer...
           Sem que eu pudesse pestenejar, já havia sido designado para uma missão em um grande mercado desse planeta, lugar de muito comércio, e era lá que deveríamos barganhar abraços.
Eu fiquei confuso, sem saber ao certo o que fazer, ou como fazer, como conseguiria?
E então me veio uma pergunta que muitos de vocês já devem ter feito a si mesmos: Qual o propósito de minha existência? 
Qual a contribuição que McTopete tem a oferecer às pessoas em meio a essa tempestade intensa e cruel que estraçalha a todos atualmente? 
Em poucos horas, como clown recém nascido, percebi o quão difícil é dançar nessa festa. 
          Aqui, as pessoas brigam, se insultam, disseminam ódio e intolerância gratuitamente. E confesso que isso me assustou demasiadamente...
Nós só queríamos doar amor, e nos doarmos, muitas pessoas não se agradaram com nossa presença, nossa luz era intensa e parecia incomodar bastante, porém nós tínhamos muitos aliados ali, ouvi falar que os bons são maioria, e eram.
Eles nos ajudaram de forma ímpar e tão grandiosa que acho que eles que eram especialistas em abraços, e nós, simplesmente aprendizes, nasci novamente. 
           Eu e meus companheiros comercializamos amor, felicidade, paz, muito afeto. E montamos um tráfico de compaixão naquele lugar. Implantamos a moeda do abraço e saímos ricos de lá. 
Eu vi luzes imensas nos olhos das pessoas, eu senti o calor e força do afago dos abraços, eu me refiz naquele lugar para puder entender, respeitar, amar todas aquelas pessoas. 
Colonizamos aquela feira, pintamos com muita cor todo aquele planeta, faturamos 6281910 abraços com muito poder e energia. E como mágica, nos sentimos fortes, capazes, úteis. 
 
Eu ali naquele lugar, ao lado de Dona Eva, da pequena Bia, do senhor Paulo, no meio de todos aqueles abraços, ali mesmo... eu me tornei infinito!

Prazer, acabo de chegar a esse mundo, sou McTopete!
Luz, paz, amor.

Expecto Patronum


Ham-sa. 

PS: O brinde de hoje é um vale abraço, use-o sem moderação.




quinta-feira, 26 de maio de 2016

Cora Coruja, Feira da Areia Branca, 22/05/2016

Querido Diário de Bordo,
                Então chegou o primeiro dia de atuação da Cora Coruja. Estava bem animada, ansiosa e, sobretudo, tensa. Todos nós fomos para a Feira da Areia Branca para distribuir abraços (no dia mundial do abraço uhu). A aceitação das pessoas na feira foi maravilhosa. Muitas risadas, abraços, fotos.. uma energia sensacional. Estava tudo tão natural que eu nem lembrava o porque tinha ficado tensa. Frederico me ajudou muito no começo da feira, ele é demais, me passou uma segurança incrível.
                Porém, chegou uma parte difícil da atuação. A rejeição. Por mais que tenha sido uma minoria, certas palavras e atitudes são bem cruéis de se ouvir e ver. É preciso muito foco para não perder a energia, para não desabar.  Sorte que tenho os melhores companheiros do mundo e tento ser a melhor companheira para eles. A gente se ajudava, segurava a peteca e bola para frente. Faz parte do trabalho.

                Foi tudo incrível. Nesse dia vi em prática como o encontro com o outro, com uma pessoa totalmente desconhecida pode ser lindo, delicado, engraçado e às vezes até bizarro. To amando e tenho muito que aprender. Não vejo a hora da minha próxima atuação. 

Moema do Bairro, Feira da Areia Branca, 22/05/2016


E chegou o grande dia. Com a maquiagem pronta e a pele vestida, estava para iniciar minha primeira atuação como clown. E não poderia começar diferente, em outro dia. No dia do abraço, estávamos lá na feira da Areia Branca eu e a minha família de clowns distribuindo muitos abraços para aqueles que desejassem recebê-los. Mas não só isso. Não era só com um abraço que ganhávamos o dia, mas com qualquer demonstração de afeto que a nós era oferecida. Cada olhar, cada sorriso, cada palavra, faziam, daquele, um dia para lá de especial. Que tenhamos mais dias assim ou, até mesmo, melhores. Foi inesquecível, foi maravilhoso. Sempre lembrarei desse momento. Agradeço à UPI e a todos que partilharam desse momento comigo. Beijos e até mais! :D

Frida Tequila, Feira da Areia Branca, 22/05/2016




Hoje foi o Dia do Abraço Grátis!!!! Dia da nossa primeira atuação \o/. Fomos à Feira da Areia Branca, novinhos e velhinhos, e foi aí que a ficha finalmente caiu pra mim, e veio como um BUMMMMM. Quando me dei conta, já estava lá, no meio de gente, clowns, roupas e verduras, tudo ao mesmo tempo.




Na foto se encontram Branca de Legging, eu, Moema do Bairro, Juliete Confete e Zeca Seta. Não é por nada não, mas às vezes olho pra nossos narizes na foto e acho que parecemos ratinhos.

Embora acredito que tenha feito algumas cagadinhas (até por falta de experiência), foi uma prática incrível e, a partir de agora, sinto que tenho uma caixa, uma mala. Com ela, viajo para vários lugares. Cada atuação será um lugar novo para onde estarei viajando. A cada viagem, adiciono um novo item nessa mala, de forma que minha bagagem tende a crescer. Mas também, com o tempo, vou deixando algumas coisas da minha bagagem em cada lugar que irei passando, de forma que, agora, minha mala nunca estará completa, mas sempre ativa, dinâmica e infinita. E essa é a graça de viajar por aí e se jogar no desconhecido. Algo sempre muda, seja em você, seja com quem você criou laços. Victor Hugo já disse: "Viajar é nascer e morrer a todo instante". Pois bem, que possamos nascer e morrer a todo instante, sem perder a energia no olhar e a vontade de fazer o que tem de melhor em cada um de nós.

Beijo no core.

Abraço Grátis 2016 - Feira da Areia Branca - Dinho Vitamina C

Quando o que se espera é nada mais nada menos do que o inesperado... parte 19/XYZ

Um dia ímpar para algo impar que só se faz ao par. O dia do abraço grátis com uma galera muito nova, muito animada, cheia de gás!

Este que vos digita, teve a honra de contracenar nesse circo que foi a feira ao lado do povo mais lunático que ja encontrei por essas bandas. Michel Michelin, Gepeto Melancia, Testina Nado Costa, Zé Pajé, Bibi Oteca, e mais um mutirão de gente doida fazendo feira da maneira mais inusitada possível.

Fico feliz de ter reencontrado tanta gente bonita que não dava as caras, as barbas e as orelhas a algum tempo, pelo menos não havia os encontrado ainda.

Um dia muito chique mas sem nenhum glamour e quilos de braços abertos. Esse foi o Abraço Grátis 2016 para este que vos fala, escreve e telegrafa. 

Inté Tropa =D

quarta-feira, 25 de maio de 2016

Zeca Seta, Feira da Areia Branca, 22/05/2016

Olá diário de bordo!
Pense na caixinha quatro dedos abaixo do umbigo, suba as bolinhas que estão dentro dela, elas tão subindo pela coluna vertebral, agora elas estão nos olhos e no nariz, coloque sua energia em 150%, exploda o olhar... E foi assim, subimos a máscara e fomos cativar.
Já na feira, nos deparamos com os mais diversos tipos de pessoas e, em sua maioria, dispostos a nos receber com muito carinho. Encontramos choro, risos, tristezas, alegrias, mas o principal, encontramos olhares, essências, almas, encontramos um ao outro.
Foi lindo, maravilhoso, já quero mais!
Pude conhecer Filiponga Queixo Fino, João Negresco, Dinho Vitamica C e me encontrei com vários velhinhos, além de presenciar a imensidão de alegria e descoberta dos novinhos.
Enfim, saí maravilhado, satisfeito e revigorado.
Beijo do Zeca!

Gepeto Melancia, Feira da Areia Branca, 22/05/2016

Oi diário de bordo, finalmente a jornada depois da formação começou, e descrevo tudo em “entrei no projeto certo”.
Foi incrível poder me maquiar e aprender o passo a passo do complemento da nossa “armadura”, ver a empolgação de todos os novinhos, e principalmente a preocupação dos velhinhos e atenção em dar tudo certo, era cativante.
Depois de todos prontos, fizemos um círculo para subir a energia e enfim seguir com os ensinamentos de toda a formação, colocar em prática o famoso jogo, e que jogo. Todos estavam com os olhares mais lindos do mundo e fomos para a feira da Areia Branca.
Logo ao chegarmos, fomos bem recebidos por várias pessoas. Muitas já chegavam de cara nos abraçando por estarmos com a placa oferecendo abraços, -era o dia do abraço- é incrível sentir toda aquela energia no seu corpo, levar alegria ao próximo, principalmente no ambiente de trabalho que muitas vezes é estressante.
Nem tudo foi ótimo, sempre tem alguém que tenta derrubar sua energia, comigo não foi diferente, mas não permiti que isso acontecesse. A sensação de muitas pessoas apoiando nosso projeto, sorrisos, carinhos, abraços, tornaram isso uma besteira, fazendo com que eu continuasse.

A experiência foi incrível, é indescritível a sensação de emoção e realização com o fim do dia como clown, o nervosismo e o medo são inevitáveis, mas nada como ser correspondido.  Isso me mostrou que eu amo esse projeto, amo as pessoas que fazem parte, e que o Gepeto Melancia vai continuar com sua risada sim, em breve nos hospitais. E sim, sobrevivemos à primeira atuação, que venham outras pessoas, outras histórias, outras emoções.


terça-feira, 24 de maio de 2016

Marieta da Estampa - Feira da Areia Branca - 22/05/16


Olá, querido diário!!
Hoje venho um pouco mais feliz que das outras vezes por um único motivo:::: participei do abraço grátis!!  Não sei se você lembra, mas da última vez não pude participar e me arrependia até o dia 22, depois disso parei porque agora eu já participei. HAHAHA
Ainda não consigo descrever a emoção que foi. Como se não bastasse ser a primeira vez atuando no abraço grátis, eu ainda tive o privilégio de dividir esse momento com quem?? Isso mesmo, com meus mais novos MELHORES COMPANHEIROS DO MUNDO! A formação acabou sábado e ver tantos olhares dispostos, novos, entregues, só me faz mais feliz e completa!!
Tudo começou maravilhosamente bem. Novinhos atuavam com novinhos, velhinhos com velhinhos, novinhos com velhinhos e assim ia. O que começou com a simples proposta de doar abraços, com alguns poucos minutos já tinha tomado outras proporções. O jogo é mais importante que a sua jogada. Lembre-se. Foi lindo, eu até ganhei um filho!

Conheçam Chequinovski:


Ganhei abraços maravilhosos que pareciam vir e tirar de dentro de nós, toda a maldade, toda a insegurança e mostrar que o mundo é sim cheio de amor.

Conheçam a Rainha das Flores:

E de quebra ainda ganhei melhores companheiros do mundo que nem me tiram do sério:

Conheçam dois amores a.k.a. melhores companheiros:



PS: Carol Caracol, me perdoaaaaaaaaaaaaaaaaa, eu juro que nunca tive a intenção de bater no seu olho :( <3 br="">