segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Creusa Carnaval em Dom Malan- 20/01




Sabe aquelas quinta-feira que a gente deseja ficar em casa e deitada? Mas a vontade era maior. E quando se fala em atuar no Dom Malan com a Rebecca, a vontade explode! Já não é segredo o meu amor por tal.
Sempre que tenho uma folguinha, eu corro!! Se tem alguém que me arranca sorrisos e um bem estar imensurável em qualquer estado de espírito que esteja (clown, estudante) é a Débora, vulgo Rebecca. Eu sabiia que ia ser bom e muito, só não esperei que fosse maravilhosamente maravilhoso. Como subir energias e conseguir esquecer-se de provas, seminários, iniciação, preocupações e afins de uma hora para outra? Ahhh, isso só o Dom Malan explica. Subindo energias com uma trilha sonora que é só nossa, incansavelmente só nossa! E 7,8,9...10! explosãaaao de olhar, energia e sensação boa. E começamos mais uma busca implacável.
 Achamos um grupo de mulheres que estavam paradas em frente a uma porta. Eu (claro) sempre curiosa:
-O que vocês fazem ai?
-Estamos recebendo vento, porque aqui é frio. é quente.
-E onde é ?
(A mulher nos levou até . E quando lá estávamos: )
-Aqui é quente.
-Ué, você nos disse que aqui era frio e que era quente. Como aqui pode ser e lá aqui?
- Não, é frio e aqui é quente.
(Voltamos a porta)
-Aqui é frio. (disse a mulher)
-Ué, você me disse que aqui é quente.
-Não, é quente.
...
Retiramos-nos por motivos de não estarmos entendendo e não sermos obrigada a passar vergonha kkk
Andamos, andamos,andamos e biiiingoo! Encontramos um serzinho todo sorridente para a gente (minha parte preferida hihi); Enquanto Rebecca o segurava, eu ficava abaixando e levantando no vidro brincando de “cadê a palhaça que tava aqui? Aaachou” kkkkkkk (tenho dessas coisas em um hospital sim!) enquanto o simpático caia na gargalhada. Depois, o fofo, se jogou para que eu segurasse (anwwww!! Bjs Rebecca kkk) segurei e rodamos o hospital inteiro com ele; tiramos foto, corremos eee tivemos que nos despedir L
Ao entrarmos na oncologia, demos de cara com uma lindinha que a mãe nos pedia para convencê-la a jantar um cuscuz cheiroso que só (18:30 é hora da fome né gente? Clown tb sente fome! Só pra lembrar kkk) e só foi a Rebecca dizer:
“Se você não comer, eu comerei por você”
A danada devorou! (adoro crianças que interagem kk)

No final das contas já haviam passado 01h30min de atuação e nem a fome, nem aquele corredor cheiroso a comida nos deixava prosseguir. Voltamos ao ponto inicial onde a energia regressa ao zero, mas as lembranças e sorrisos nos acompanharão. Mais uma vez não há como finalizar esse diário sem fazer o agradecimento necessário a minha amiga, companheira de atuação e da vida:

Debs, Rebecca, você é lindaaa! Obrigada <3 o:p="">

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Magali Malagueta, HUP, 04/02/15

Estar no setor é sempre uma mistura de sensações, daquelas que valem a pena serem sentidas. A atuação foi tranquila, aguçando nossa especialidade clownesca de ouvir histórias. Ao lado da minha melhor companheira Inês, aprendi lições vindas dos pacientes, do tipo "fumar faz mal pra circulação. Não fume, viu, minha filha?!". Foi tão bom  pode conversar com aquelas pessoas, ter um tempo com elas. O que falar do senhorzinho alegre e cheio de histórias que circula pelos corredores com a sua moleta? Ou da senhora de olhos miúdos, pouca audição e sorriso largo e sua filha de cabelo rosa encaracolado feito uma mola? Enquanto jogávamos com outro paciente conversador de olhos azuis e seu pai, um senhor fofo também de olhos azuis que dava vontade de levar pra casa, pude ouvir de relance a senhorinha perguntar "quem são essas mocinhas?" e a filha responde "ah, mãe. São aquelas pessoas que vem levantar quem está pra baixo, que vem alegrar as pessoas." Deixei ali escapar o meu sorriso com o coração satisfeito por perceber nelas o riso sincero de quem agradece. Em outro quarto, foi reconfortante reencontrar o "paciente dos ratos" da atuação passada e sua filha de olhos claros sorridentes. Ele sempre brincalhão, ela sempre aberta ao encontro. Foi bom, muito bom.
Uma coisa que me chamou a atenção, e achei até engraçado, foi o que ouvimos por parte de duas pessoas (um paciente e um acompanhante) de diferentes quartos, que disseram a mesmíssima coisa: "Obrigado, viu?!", e nós "pelo que?", eles "pela palestra". Palestra? Sim, foi assim que eles definiram, apesar de ter sido nós quem ouviu e aprendeu com as histórias de cada um deles. Eles insistiram em agradecer por estarmos ali, por fazer esse "trabalho". Cara, como isso é bom! É demais saber que estamos proporcionando nem que seja um pouco de alívio, um pouco de cor ou um riso (mesmo tímido)  numa tarde de rotina hospitalar, com toda a sua carga. Nós sempre somos os primeiros a serem afetados por tudo isso e quando há esse retorno a beleza se faz ainda mais presente.
Obrigada, Magali! Obrigada, UPI! 

HU, 12 de Fevereiro. Inês Tamborete

Performance de Mercredi.


Fechamos o semestre do jeito que entramos. Dalila e eu, eu e Dalila, serelepeando HU adentro.
Foi um fim de tarde gostoso, pude aproveitar o não saber das histórias dos pacientes para colocar mais de mim. 

Amo meu nariz e amo atuar. Porque atuar é um desafio grande, ainda. Porque atuar sempre me traz um palco semi vazio pra me jogar e tentar acertar. Porque é onde eu erro, vejo que erro e continuo sendo gente, erro e deixo o jogo/ a vida seguir. Porque o momento em que sai o riso pode não ser tão gostoso quanto o caminho, mas é um "pós orgasmo" que te marca. 

Gosto de registrar algum paciente marcante, se ocorre de haver algum. Mas o que me deixou melhor neste dia foi receber alguns "obrigados"- e perguntar ""obrigada de que?", do fundo do coração. Eu saio de lá carregando mais e mais na minha jarra, mas ainda não estou acostumada a ter noção de que deixo também. É como a "lei natural dos encontros" dos Novos Baianos.



"Só eu sei
As esquinas por que passei
Só eu sei, só eu sei
Sabe lá o que é não ter
E ter que ter pra dar"

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Inês Tamborete. D. Malan, 08 de Janeiro

Este diário tá um pouquinho atrasado, mas ainda dá pra contar uma história que aconteceu há pouco.
***


Dudu e Luizinho. Quando penso nestes nomes, sempre me vem à cabeça dois moleques correndo e brincando na rua. E, de fato, assim me pareceu naquela manhã quente. Cheguei atrasada e lá estavam os dois à minha espera, conversando com aquela energia que quem olha já sente. Engoli aquele nó na garganta [...] e, tendo-os como companhia, fui.
Foi difícil, confesso. Mas era pra eu estar lá. Mais assisti do que atuei; as aventuras incontáveis (e intermináveis) do Bruno Mezenga e o funcionário de sua fazenda láá em Irecê foram de tirar o fôlego, de verdade. E o coração cansado (mas não insuficiente) de Inês batia quieto em meio às idas e vindas dos quartos de várias mães e filhos/as. 

Tinham quartos protagonizados pelos filhos, tinham quartos em que as mães eram as atrizes! Este diário servirá para deixar registrado o quanto foi especial ouvir as risadas das mulheres interagindo com os meninos e a história da Tia do transporte particular de crianças em São Paulo- o trem da alegria, como ela dizia. Que dádiva encontrá-la ali, naquele momento. 

E houve também crianças; esses trocinhos indecifráveis que nos tomam pela mão e nos levam a cada experiência...! A Vivi* foi linda! Devia ter uns cinco aninhos e foi a nossa espiã, contando onde estava o garotinho ninja (que era invisível), cada vez que ele mudava de lugar. Deu um trabalhão que só [...]

Bom, depois de tudo isso, pude sentar com uma vozinha que estava pensativa no jardim. Foi agradável; não lembro sobre o que foi a prosa, mas ela adoçou um pouco meu dia. 


Obrigada ao Luizinho do Encanto e ao Dudu Barbudo, por dividirem a manhã comigo. Não estive completamente lá, é verdade; mas foi um dia que me serviu muito de lição pra várias coisas. 
Que venham outros dias
E melhores. 
Eles virão, sim.


*Nome fictício

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Magali Malagueta - Atuação HUP, 06/02/15

Atuar ao lado dos meus melhores companheiros, Jusefina Perna Fina e Bartolomeu Barbudo foi uma lindeza só. Pude experenciar diferentes formas de sintonizar a energia a fim de manter o jogo em alta e fazer daqueles momentos simples encontros significativos. O "que pena" da tarde se deu antes mesmo de começarmos a atuação, pois quando ainda estávamos nos trocando recebemos a notícia de que um paciente havia acabado de falacer em um dos quartos. Isso nos trouxe uma certa apreensão, por entender a delicadeza do momento, o que exigiria mais cautela da nossa parte. Evitamos o quarto, por respeitar o clima presente. No mais, a atuação foi muito gostosa, tanto que não contive as gargalhadas em diversos momentos. As dores abdominais da minha querida companheira Jusefina renderam muitos jogos, que foram desde um ritual pra eliminar gases, com posturas nada legais, até o rato que, segundo um paciente, havia entrado na barriga dela e se movimentava causando as dores. Não queiram saber as sugestões de como esse rato deveria sair de lá. Sem falar do quarto dos heróis, em que cada paciente tinha seus super poderes. Servir o jantar também se tornou um momento de diversão, um trio de clowns empurrando o carrinho pelos corredores e de quarto em quarto. Encontramos ainda um servo de Deus que, antes do papo, entrou no jogo da Jusefina da brincadeira dos "joinhas".Em suma, foram vários encontros e jogos, uma atuação daquelas que te deixam leves e felizes e querendo mais. E a Magali continua a ser uma parte bonita de mim. :))  

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Santiago Suado - HU - 29/01/2015 - O Dia de Antônio

Ano novo e primeira atuação do ano,e olha, abriu com chave de ouro!!! Meu núcleo do dia foi ANTÔNIO, porque essa atuação foi dele: de Antonio, um senhor que tomou conta da gente (de mim, Catarina Polenta e Zefinha) nos acompanhou por todos os quartos , pelos corredores e acredito que nos acompanhará sempre nas memórias e nos ensinamentos! " Qual seu nome? meu nome é Antônio" repetimos durante a atuação interia, talvez uma ação impulsiva, mas pensando bem, queríamos mesmo ser Antônio, queríamos o brilho em seus olhos queríamos seu otimismo e seu bom humor! Sabe aquela história do menos ser mais? Pois é, comprovei isso nessa quinta feira. Para tirar um sorriso  não é preciso fazer palhaçada, pra chamar a atenção não é preciso gritar e pra ser um palhaço não precisa de um nariz vermelho! Seu Antonio conduziu os jogos, conduziu a atenção e conduzia os olhares... Quem são esses três doidos de roupa coloridas e de batons? Sei lá, só sei que seu Antonio estava lá e ELE era suficiente! Que Alegria ter conhecido Antonio, que alegria ter participado daquela atuação, que aprendizado incrível...
#Antonio #clown #UPI

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Pedrinho Palito - Dom Malan - 31/01/2015

Ai como é bom ta de volta a atuação;D E hoje eu Vivi Manteguinha tinhamos um convidado mais que especial: Bartolomeu Barburdo; nesse belo dia já começamos com sorte onde ganhamos R$0,05 no lugar onde geralmente a mulher queria roubar nossos narizes em troca de pastilha, ela não estava lá e dessa vez fomos até pagos por passar lá. Já nos quartos, foi bom ver que as pessoas que estavam pessoas novas, pois nas ultimas atuações já vinhamos nos preocupando com o tempo de estadia de um garoto... E por passar pelos quartos notamos a presença de um bebê que já estava lá desde 2014.1, mas como sua mãe e ele estavam dormindo nem foi possível reviver um jogo.

Cada dia que passo venho sendo cada vez mais tocado com tudo, desde as historias de gatos, de desafios, de risadas, de silencio. Acho que o bom é além de tocar na vida de alguém, nem que seja apenas com um olhar, mas também de ser tocado, ao ponto de você se por no lugar daquelas pessoas. Dessa vez foi tão forte pra mim que me vi no lugar daquela menino que apesar dos apesares não podia rir por causa da cirurgia que tinha feito se não ia doer, o que deve ser bem complicado, a pessoa já não está muito bem e não pode nem rir; pois bem, quando eu era criança e também fiz uma cirurgia onde eu estava na mesma situação que ele se encontrava, e percebi como aquela nossa ação podia ser importante para aquele garoto apenas com um olhar de força, o que acho que era o que eu precisa quando mais jovem.

Infelizmente nosso ônibus teve que partir, e no caminho dessa partida encontramos uma menina que amava vermelho, hehe, já sabe né, aconteceu o de sempre, ela brincou de estatua e ficou la parada olhando pro nosso vermelho. . .  .   .      .       .          .             .                  .

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Bartolomeu Barbudo – Dom Malan – 31/01/2015



Tive a excelentíssima oportunidade de desbravar os caminhos do Dom Malan com a companhia de Vivi Manteiguinha e Pedrinho Palito! E foi um dia muito bom! Encontramos uma senhora muito simpática que ia arranjar um gatinho de dois pés para Vivi, houve uma competição do jogo do sério, por vários quartos e várias competidoras e competidores, mas foi difícil encontrar alguém que segurasse o riso quando fixava o olhar com Bartolomeu! Mas Bartolomeu, tão confiante das vítórias contra as pessoas adultas, acabou perdendo toda vez para os menores competidores, para aqueles que nem falavam ainda, que fixavam olhar e arrancavam a risada deste palhaço.

Pedrinho, na sua malandragem palhaçal, conseguiu despertar do sono uma das crianças mais alertas que havia! Ela estava “dormindo” com a cara no travesseiro, e então anunciamos que iríamos sair do quarto, demos passos sem sair do lugar e fechamos a porta enquanto estávamos dentro do quarto ainda, e então o menino se virou rapidamente para verificar que a gente tinha saído e que surpresa teve quando nos viu lá ainda, todos os três, olhando para a cara dele!

E cada passo na companhia de Vivi e Pedrinho foi muito bom!

Esperança Sambacanção - Maternidade de Juazeiro - 23/01/15

O ano começou bem, a nossa volta a maternidade foi tão boa quanto as outras idas. Temos passados bons momentos lá dentro. A sexta-feira tinha gosto de saudade, de ambos os lados, e tudo ocorreu muito bem, como sempre vem ocorrendo. Dessa vez entramos em poucos quartos, mas saímos talvez bem mais cheios de histórias e encontros para contar. Acho que entramos mais nas vidas de quem a gente encontrou e com a energia alta, o tempo passou sem ver.  


Núcleo do dia: Ver a atuação por outro ângulo!                                                                                
                                               
                                                 

domingo, 1 de fevereiro de 2015

Vivi Manteiguinha -Dom Malan - 31/01/2015

Depois de um tempo sem atuar, devido as férias, lá estava eu, junto com Pedrinho Palito e Bartolomeu Barbudo (maravilhoso convidado, se podemos dizer isso, já que ele parecia se encaixar naquele ambiente como se atuasse ali toda semana). Posso dizer que Bartolomeu trouxe uma nova visão sobre nossas atuações; que eu e Pedrinho muitas vezes não exploramos, o de criar jogos que envolvem todos ao redor, e que chamam a atenção de cada um em cada quarto e daqueles que estavam ao redor. Nos trouxe um sopro de ar novo, que nos fez nos divertir bastante e arrancar diversos sorrisos por onde passávamos, com o jogo do sério, que por sinal Bartolomeu sempre ganhava, já que era muito difícil segurar um sorriso. Além disso o sorriso contagiante de Bartolomeu se juntou a perspicácia de Pedrinho que tinha umas sacadas dignas de mestre, que me fez rir como nunca, de conseguir que todo um quarto se contagiasse com a alegria e conseguisse desarmar um menino que de inicio estava fechado para o jogo. Percebi que durante toda a atuação me senti além de participante do jogo, uma observadora bem atenta, percebendo como se dava todas as nuances do jogo, da diferença entre todos os protagonistas daquela atividade. De como é estimulante e recompensador estar ali, e como senti falta de estar lá, de atuar com meus companheiros e de receber cada um daqueles sorrisos e olhares brilhantes. Por fim, só deixo o meu obrigado a Pedrinho e Bartolomeu e a cada um que me tocou naquela atuação mesmo sem perceber.