terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Resultado da rifa!

E a rifa foi sorteada! E aqui estão a foto do bilhete premiado e o vídeo de sorteio! 
Obrigada  todos que contribuíram!
A UPI agradece! Em breve postaremos foto do vencedor recebendo seu presente! 


Clique aqui para ver o vídeo! :) Sorteio da Rifa (Vídeo)

Um beeijo!

sábado, 25 de janeiro de 2014

Diário de Bordo EXTRA-OFICIAL 25/01/2014 Jamaisvista de Listras


Finalmenteeeeeeeeee! A Lista com os selecionados para a etapa da vivência!!!!!

Gente, finalmente saiu a lista dos selecionados para a etapa da vivência. Lembrem-se de olhar seus emails para saber com mais detalhes como devem se preparar para o dia. Obrigada pela participação de todos. Desde já estamos muito felizes por termos a oportunidade de te-los conhecido. Esperamos que aqueles que não foram selecionados não desistam pois infelizmente não podemos abarcar a todos. Desde já muito obrigada. :D




domingo, 19 de janeiro de 2014

Olivia Traço Preto- Diários Atrasados- HUT

 A segunda atuação de Olivia Traço Preto e Rosinha dos retalhos contou com a participação de João Canelão, uma surpresa agradável, porém muita responsabilidade. João Canelão tem o jogo muito alto e às vezes vinha o medo, confesso que Olivia se atrapalhou um pouco c essa preocupação, porém não deixamos de vivencia e aquela experiência e tentar adaptar nossos jogos.
E como tudo vai surgindo, foi surgindo desfiles um acompanhante desfilando com todo seu charme narrado por Olivia Traço Preto, histórias do homem com 3 mulheres e centenas de filhos onde nem cabiam na sua rural. Danças pelos corredores, músicas. Surgiam também tentativas frustradas de aproximação com alguns profissionais, surgiam agrados, balinhas para os palhacinhos.
E os estagiários de medicina, quanta maldade “uns com tanto cabelo, outros sem nada”, a gente bem que poderia se conter, mas quem disse que a gente queria, rs.
Nossa terceira atuação, dessa vez sozinhas, e com o gorro de papai Noel Olivia e Rosinha percorreram aqueles corredores, e encontramos uma guia, uma acompanhante que nos levava em todos os quartos, que de certa forma estava também ali prestando um acolhimento e cuidado para aqueles que nem conhecia. Encontramos muitos risos, muitos elogios, mas também tristeza, em um quarto apenas com uma mãe entubada uma senhora nos olha de longe e chora, e agora? Oferecemos um abraço, nossa guia palavras confortadoras.

Em outro quarto uma criança, curiosaaaaaa,rs. Porque vcs estão usando esse chapéu? Porque estão usando esse nariz? Mas também doce e agradável: vocês são tão lindas, você também com a nossa guia, me dê um abraço? São nessa horas que nos sentimos recompensados por esse trabalho, um abraço e o sorriso de uma criança que a pouco chorava com medo de sua cirurgia.

Olivia Traço Preto - HUT - 30/11/2013

Quanto tempo diário há muito não te escrevia, entre férias, viagem MCA, há muito tempo não atuava e te relatava meu dia. Pois bem, depois de tanto tempo, deu aquele velho gelinho na barriga, até porque havia mudado local de atuação e companheiros de atuação, dessa vez iria com minha companheira San, a qual nunca tinha tido oportunidade de atuar.
Chegamos ao Hospital ás 17 horas e encontramos outras companheiras que atuariam no mesmo horário (Railma e Sossai), nos arrumamos e subimos nosso lindo nariz juntas, a emoção e a vontade é sempre a mesma e lá vamos nós ao encontro de outros.
Atuamos no 2º andar, achei pouco o movimento, poucos encontros, algumas procuras, alguém nos espera e desse jeito é sempre uma responsabilidade, me sinto pressionada, mas me lembro das palavras de gentileza, não vou necessariamente fazer o outro rir, mas vou ao encontro desse outro na tentativa de acolhê-lo. Encontramos Seu João, de tão debilitado mal podia falar, mas nos pediu pra rezar, vamos nós realizarmos seu desejo, oramos juntos e confesso que por um momento achei que ele morreria ali mesmo.
Nesse mesmo quarto encontramos seu Antônio que nos mostrou seu álbum de fotografia, apresentando toda a sua família, ali naquele quarto também se encontrava uma jovem muito alegre acompanhando seu jovem esposo. Arrumamos casamento em outro quarto, com um solteirão (assim dizia a Mãe dele) que lá estava internado, e por fim num ultimo quarto encontramos um senhor que de tão ranzinza me fazia rir e aumentar o jogo, ele reclamava que a gente estava ali pra zoar com a cara dele, que a gente estava aumentando a irritação o fazendo piorar, então pedi pra que ficasse sentado que faríamos alguns exercícios bioenergéticos, e ele ate concordou, estava já respirando profundamente como solicitado, mas ai voltou a achar que estávamos zoando com a cara dele, por fim nos expulsou em meio a risadas das outras pessoas que estavam no quarto.
Engraçado como essa situação que deveria ser desagradável, foi muito bem conduzida, até mesmo aquele senhor com aquele mal humor achava graça com o que estava acontecendo, esses são momentos que a gente percebe que nossa vaidade vai ficando de lado e que damos lugar  a uma espontaneidade capaz de driblar situações que poderiam ser desagradáveis.


sábado, 18 de janeiro de 2014

Zeca Aventureiro - HUT - 17/01/2014

Hospital: Lugar de Alegria
Hoje, com os meus melhores companheiros do mundo, tive um dos melhores dias da minha vida, desde quando entrei na Universidade. Com um pouco de saudades, afinal havia um tempinho que eu não atuava, fui entrar no estado de clown, sem saber que a minha melhor atuação estava me aguardando.
E então, já no Hospital Universitário, vestimos as nossas roupas, pintamo-nos com nossas maquiagens, penduramos nossos narizes no pescoço, juntamos energia suficiente para subir nossos narizes e emitir nossos melhores olhares e então... Ao sair da sala onde nos trocamos, nós 6 nos dividimos em dois trios para que dois andares do hospital pudessem ser contagiados com essa emoção e a partir daí tudo que acontecia era mágico! Um pouquinho depois vi que tinha esquecido de passar o batom, mas prossegui na minha atuação.

Já no 3º andar, na visita do primeiro quarto, encontramos um rapaz debilitado que sentia prazer em mostrar as fotos da sua família no celular. Em seguida ele nos mostra uma foto de seu sobrinho, que dissemos que era ele quando pequeno, o que o fez se entrega ao jogo. De repente era o paciente que estava inventado histórias para nós e a gente encantado com aquele sorriso tão espontâneo. A outra mulher do quarto, acompanhante, ora dizia que era da China, ora dizia que era de Paulo Afonso-BA, terra de um forrozinho bom que combina com tudo! Com tudo? Foi o que ela disse, e logo tratamos de arranjar uma boa combinação: Forró + Pagode! Uma dança, com dois pra lá e dois pra cá, ao som de um pagodão fez o riso surgir de uma mistura doida, quando chega uma enfermeira para administrar a medicação do cunhado da chinesa-baiana, ela logo dispara: “enfermeira, ele hoje, vendo os palhaços, chega tá tomando a medicação quietinho, num é? Caramba, ver o nosso trabalho promovendo alegria, encantamento, melhorias, e dando prazer a quem está num ambiente tão indesejável, nos dá força para continuarmos nesse caminho. Antes de sair desse quarto, algo ainda aconteceria! Caiu um papel do meu bolso e quando eu vi era o cartaz de divulgação do processo seletivo, que tinha bem grande em cima “PROCURA-SE”, com uma foto embaixo de Rosinha dos Retalhos... Logo Rosinha se transformou numa criminosa e eu, Zeca Aventureiro, e Pietra Fofolete fomos atrás dela para ela não fugir... Assim partimos para as próximas emoções!
No outro quarto, um sorriso sincero logo nos contagiou. Um paciente com fratura na perna começou a conversar conosco, sobre os ferros da perna, quando de repente percebi que peguei na urina dele (de brincadeira, rsrs) e logo começa no quarto uma competição para ver quem melava o outro de urina... É incrível como do nada surgem lances que podem melhorar a autoestima dos pacientes em um ambiente que é sinônimo de sofrimento, dor e doença. Ainda nesse quarto usamos novamente o cartaz e fizemos de Rosinha uma criminosa e perguntamos ao paciente que machucou a perna se tinha sido ela quem roubou a sua roupa (ele estava só de fralda), mais uma vez ele caiu no riso e então prosseguimos.
De repente uma enfermeira dispara: Corram, venham conhecer Breno! Quando entramos no quarto, seus olhos brilharam e logo vimos brotar um sorriso. Breno conversava conosco, conta histórias e muita gente acumula na porta do quarto, afinal, risadas no hospital é um pouquinho estranho, mas estamos lutando para tornar isso corriqueiro! Claro que queríamos espalhar aquela alegria, e então convidamos os outros para conhecerem Breno. De repente surge uma mulher arretada do Pernambuco que fazia tanta graça, que todo mundo passou a observá-la. O seu nome já provocava sorrisos, era uma onomatopeia de trovão. E o nome dos seus 9 filhos? Era todos nomes de comida, até quando acaba o cardápio e surge um “Caveirinha”. Como a moça estava afim de brincar, resolvi propor uma troca: o colete dela pelo meu. Ela não aceitou, tirei meu boné, meu cinto, meus sapatos e trocaria tudo por aquele coleta, mas ela disse que era uma raridade francesa e não trocava por nada... Tudo bem, tudo bem... Ela pediu para irmos ver o filho dela, era uma criança que demonstrava uma alegria misturada com uma expressão de surpresa, e logo estabelecemos relação! Brincando ela tomou toda sua sopa...
Passando para outro quarto, encontramos uma criança que havia acabado de fazer uma cirurgia. Sem poder falar ela só fazia gestos que expressavam sim ou não. Mas é claro que com essas duas palavras dá pra ter inúmeros conversas e lindos sorrisos... De repente, mostramos aquele cartaz a ela, quando de repente ela lê: PRO-CU-RA—SE! Ela falava! E mais legal ainda era ver a reação dela sem saber decidir se a Rosinha, que tratou ela com tanto carinho deveria ser presa ou não!

Já partindo, Breno manda sua tia pedir para tirar uma foto nossa. De repente, em meio à foto, nossas três companheiras que estavam no andar de baixo aparecem na porta e Breno explode em gargalhadas. Agora todos juntos na foto e ele dispara: Essa foto vou guardar pro resto da minha vida, muito obrigado! Isso não tem preço... O Ensino da Universidade que me perdoe, mas é nesse projeto de extensão que eu encontro meus melhores momentos da vida acadêmica! A mulher que tem nome de onomatopeia de repente volta e se encontra com os outros clowns, logo diagnostica Olívia Traço Preto como gestante e o Breno como pai. Breno danadinho, adquire a confiança, engravida Olívia Traço Preto, e ainda ficou paquerando a rosinha? Eu virei pai de Olívia Traço Preto para defendê-la e obriguei um casamento!
Meus cadarços viraram alianças, o peso que segurava a porta virou almofada da dama de honra, uma mulher que lia a Bíblia em outro quadro virou padre, a chinesa-baiana virou fotógrafa, a tia e a mãe de Breno testemunhas. Casamento pronto, e não demorou muito para os convidados chegaram. Acompanhantes de todos os quartos convergiram pra lá, e de repente chega uma visita especial: o menino que tomou sopa com a gente querendo ver os palhaços, com a sua tia suspendendo o soro. De repente uma gargalhada! De Breno? Não! Do outro paciente que estava no quarto e tentou se esconder todo tempo, e agora também tinha sido cutucado pela humanização.
Após contagiar a todos, partimos para descer os nossos narizes. Eu fiz isso com a certeza de que essa foi uma atuação linda e inesquecível. Ainda sai com a certeza de que o hospital pode ser um lugar lindo e se transformar em diversos cenários, com múltiplos personagens, o que gera ALEGRIA!  É isso mesmo, hospital é lugar de alegria, só depende de mim e de você!
*foram usados pseudônimos para preserva a identidade dos pacientes

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Paputcho - Atuação no HDM III – 17/01/2014

Depois de uma longa jornada de recesso escolar imaginário, a volta ao HDM foi noutro horário, até isso o recesso consegui mudar, pois nem havíamos começado o “batente” e já mexeram no nosso queijo, ainda bem que o queijo estava lá, o problema foram as cores faltando, quer dizer faltando alguns “panqueiques”, o nome é parecido com esse (riso), mas como “palhaço pronto é palhaço morto”, de acordo com o Sgt Gentileza, nós mandamos ver e usamos todo nosso conhecimento "maquiadorístico" e transformamos em cores de aquarela a alegria que não poderia cessar devido a um par de cores (vermelho e branco), então fomos de azul e preto, dentro da lógica espectral do espaço cosmético, essas cores são parentes de um quarto de grau latitude leste e longitude nordeste, pois as bichinhas estavam bem sequinhas também (riso).
Homi! Saindo dessa introdução esculhambística, vamos ao por meios, ou seja, o percurso do desfiladeiro da abertura ao devir, nesse espaço "barruamos" em muita gente, extintores e portas de vidro, que do outro lado dava pra ver um monte de gente bonita, sorrindo da nossa cara, a minha mesmo parecia uma arara desbotada de fome.
Logo na entrada, que também era a saída, da ala das mulheres paridas, demos de cara com um cara que tinha a cara dele mesmo, ao deparar com a barriguinha com umas protuberanças, assim, como quem tá grávido como pai, perguntei logo se ele estava esperando... Ele num deixou nem terminar e foi logo se desmanchando nos risos, mas dizendo logo que estava esperando a mulher dele que tinha ido fazer cirúrgia.
Brincamos um "bucado" com as mulheres na sala de oncologia, mas no meio da brincadeira uma senhora deu um conselho num tem bem sério, dizendo “meu filho aceite Jesus, deixe esse negócio pra lá, ficar por aí fazendo essas palhaçadas”, mas "óia" só! (riso). No fim das contas até Nabucodonosor entrou na conversa e virou trava língua (riso).
No outro quarto, encontramos duas senhoras com falta de ar e suas duas filhas acompanhando elas, cada um com um celular na mão (riso), mas depois que entramos a conversa foi no “tete a tete”, e descobri que dona Terezinha teve tantos meninos que precisa de todos os dedos (mãos e pés) para fechar a conta, mas que depois que ela cortou um dedo da mão quando tava cortando mocotó na feira, ai já num dava pra fechar a conta dos meninos (riso).
Para encerrar a prosa, voltamos pela enfermaria das mulheres paridas, encontramos meninos tomando banho de sol, cada um tinha o seu sol, com uma mãe que foi logo dizendo que num podia sorrir que tava operada, então essa a gente proibiu de sorrir e tudo ficou resolvido. Porém, foi justamente ela que tava com o bebê mais fofinho do dia, pois a Izadorinha nasceu de 7 meses e estava com apenas 6 dias de nascida, mas num é que ela sorriu bastante quando eu ficava defronte a ela, quando eu saia ela fechava os olhos ou ficava procurando, foi incrível (principalmente, para eu que estudo psicologia e sabemos quanto isso não é um processo tão simples nessa idade) até pedi para tirar um foto com ela, é pena que minha melhor companheira do mundo num captou o momento do sorrisinho, mas ela saiu olhando para mim (riso).

Mas uma vez fomos bem recebidos pelos funcionários e colaboradores do HDM, tirando uma pessoa (o monstrinho malvado mais querido do meu coração) que só quer ver a gente, pobres palhacinhos, em apuros, no mais a interrelação vai muito bem (riso).
Como o Dr. Marcelo autorizou, estaremos nós de novo e mais uma vez nas paradas de sucesso do próximo domingo de manhã do HDM. 
Aguardem!!!!!

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Do meu Inefável modo de dizer !

Estaria a buscar um milhão de palavras pra definir cada momento que a UPI me proporcionou! Não! Não iria encontrar!  Poderia dizer que entrar nesse projeto foi uma das melhores coisas que me aconteceram na vida. Um Encontro! Um encontro bom! Um encontro que eleva a minha alma.  Um encontro que me fez aprender mais sobre os meus próprios defeitos e por que não aceitá-los? Ser "clown" é ser isso! Ser "clown" é lançar-se sobre o novo. 
Ser "clown" é ser a danada da "Florentina Tempestade" tão cheia de energia tão cheia de mim. 
E há de ser uma busca contínua pra explicar aqueles olhares cheios de vida em um ambiente tão delicado e banalizado, como o hospital, aqueles sorrisos tão cheios de graça, aqueles nem tanto, tão acanhados, aqueles misturados com a dor, aqueles silenciosos, sabe? 
- Seria esse o cuidado, seria esse o humanizar que a gente pede tanto, que a gente grita tanto? Mas, é tão simples!
 Por que é tão difícil fazer o simples? Por que a gente não se permite mais olhar para o outro, acolher o outro, ouvir o outro? 
Eu estaria a dizer, mesmo sem saber dizer de  quantas vezes, a Florentina e eu fomos cuidadas naquele hospital, de quanto aqueles "siiim's" e até mesmo a ausência deles pelos pacientes, acompanhantes,funcionários, dos meus companheiros de atuação, foram e são enriquecedores, combustível pra me fazer não desistir da luta, não desistir do ser humano, não desistir de mim mesma. 

Eu estaria e estarei a buscar milhões de palavrar pra expressar o meu modo de dizer sobre o que a UPI significa pra mim, mas nessa busca contínua, iria dizer, que não sei dizer, mas, há de ser  "inefável"... E é "inefável". 

Sâmara P. 




terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Zeca Aventureiro - HUT - 29/11/2013

Quem quer limonada? Tenho limões de sobra!

A atuação desse dia inicia-se com a melhor companheira do mundo Tathy, com uma mistura de ansiedade e cansaço e um sinal divino de que aquele dia era especial. Isso mesmo, estava chovendo em Petrolina. No entanto, a chuva não sinalizou uma atuação maravilhosa, mas sim uma com altos e baixos, que espero que tenham sido proveitosos no meu processo de formação de Clown.

No primeiro quarto já chegamos fazendo um jogo com um gaúcho que bateu de moto numa placa e com um cara de Afrânio que foi “pego” por uma mulher na calçada. O conhecimento de que eles nadavam pra chegar numa ilha, que foram soldados e outras coisas possibilitaram jogos massas. Porém, viria o primeiro limão. Os dois cegos atuando, não viram um paciente no banheiro, que estava com a perna pendurada e passando mal. Logo chega um acompanhante e dispara: “acho legal e tudo vocês com essa vontade de animar, mas vocês deviam ter consciência da condição dos pacientes. O rapaz está passando mal ali do lado e vocês fazendo brincadeira?” Foi tão difícil ouvir isso, que foi impossível transformar a queda num passo de dança, só pude dizer que ia buscar a enfermeira que eles tanto esperavam.

Em seguida chegamos ao quarto ápice da noite. Fomos logo criando jogos com todas as disponibilidades que nos eram ofertadas. Fizemos concurso de músicas, de dança, e num instante já tinha os clowns, acompanhantes desse e de outros quartos, e os pacientes nas coreografias de forró, no ritmo de Amado Batista, e até de Calypso. O agradecimento constante das pacientes era como uma recompensa rara para nossa dedicação.

Mas como a noite era dos limões, a paciente que estava dançando conosco no último quarto, nos induziu a ir ao quarto do marido dela que estava em frente, porém o marido dela nos deu as costas e fingiu dormir. Mesmo assim, o outro paciente queria jogar. Com a Capoeira de Angola conseguimos manter o jogo em alta.

Em seguida, encontramos um paciente internado há 90 dias e um jovem que num acidente perdeu 1 membro superior  e o pé. Nesse cenário complicado conseguimos usar a energia da cultura baiana para deixar o jogo em alta. Com o caruru, o Pelourinho, e os irmãos Cosme e Damião fizemos bons jogos.
Em seguida, outro limão! Os pacientes daquele quarto, no dia que chegaram ao HUT, viram um circo que havia ao lado desse hospital e garantiam que éramos palhaços do circo. Não teve jeito, saímos de á como palhaços de circo. No entanto, alguns jogos ainda foram realizados com outro paciente e até com os que garantiam que éramos do circo. Rosinha e umas histórias de gatos, e um biscoito tostado pelo vapor do chá foram ideias surgidas ali.

Quando já estávamos indo embora, creio que o maior limão da noite. Uma mulher, no escuro, falando no celular e olhando para um vidro de uma das janelas que assumia a função de espelho, não conseguiu ver, quando passei por trás dela, o reflexo daquele olhar de criança do curso de formação. Ela só disse, com voz dura e pausada: “Saia-daqui-por-favor-que-tenho-medo-de-você”! Essas palavras chacoalharam dentro de mim, e ai o estado de clown caiu totalmente. Só queria descer a máscara e ir refletir.


No entanto, ainda tinha uma funcionária que achamos quando estávamos já chegando no quarto para descer a máscara que queria desabafar sobre a organização do HUT, e logo assumimos o papel do palhaço de protestar. Conversamos sobre os atrasos de salários e foi lindo ver o desabafo dela, e o alívio que ela sentiu depois. Ela realmente precisava dizer aquilo a alguém.

Atuação difícil, mas como devo transformar a queda num passo de dança, vou utilizar os limões para o meu aprendizado!

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

A CORRIDA COMEÇOOOOOU!!!

Vamos lá galerinhaaaaaaa!

Para acessar os anexos acesse os link abaixo e você poderá fazer download do edital e dos modelos tanto da Carta de intenção quanto do Memorial formativo! 
Para a obtenção dos anexos em Word procure um dos integrantes da UPI que ele lhe disponibilizará!!!
Obrigada pela participação estamos ansiosos por ver você na nossa família! 

sábado, 4 de janeiro de 2014

Diário de bordo do Joaquim Marmiteiro – Sala verde HUT – 17/12/2013

Sabe que fazer esses relatos dá um grande trabalho. Mas, de qualquer forma, eu continuo fazendo questão de registrar tudo o que se passa nessas atuações, pois creio que assim posso trazer melhorias em algum setor em algum lugar desse mundo para um ser alguém qualquer. E é por isso que me dou o trabalho de ter o trabalho de registrar isso que não é um trabalho, mas um prazer.

Dessa vez, estávamos eu e a Raquel, apenas. A Bruna não pôde vir e a sua presença fez muita falta. Como era véspera de Natal, a minha amigável companheira impôs e pôs um chapéu de Papai Noel na minha cabeça. Ficou estranho, mas preferi não argumentar!

Ao chegarmos, um funcionário do hospital pediu para tirar uma foto conosco. Como nunca fazemos nada de graça, perguntamo-lo o que ele tinha a nos oferecer. Ele disse que nos daria uma radiação como pagamento. Não sabia o que era radiação e perguntei se o seu cheiro ou gosto se parecia com alguma coisa que eu conhecia. O sujeito nos disse que radiação não tinha cheiro nem gosto. Pedi ajuda para a minha companheira Toin-oin-oin e ela, pensando profundamente, disse-me que não valeria a pena, já que essa tal de radiação não tinha cheiro nem gosto. Saímos correndo para não levarmos radiação. Não gostamos de nada sem cheiro ou gosto. Tudo tem gosto ou cheiro de alguma coisa. Não é?

Logo depois, uma grande e temerosa surpresa: encontramos o suspeito. Na verdade, o suspeito nos encontrou. (O suspeito, se você não sabe, apareceu no meu último relato. Você deveria saber quem ele é. Descubra e me fale, eu quero descobrir também.) Ficamos tristes por saber que o veneno não era tão nocivo ao ponto de fazer mal a uma pessoa tão venenosa quanto o suspeito. E, de praxe, esse suspeito passou a nos seguir para onde quer que fôssemos.

Um pouco mais tarde, conhecemos uma moça que insistia em perguntar de qual grupo de teatro fazíamos parte. Dissemos a ela que não tínhamos grupo de teatro. E a gente também não fazia ideia de o que era um grupo de teatro. Contamos uma mentirinha: que o suspeito (mas não o chamamos de suspeito na frente dela) era o nosso empresário e que ela conversasse com ele. Depois de ela quase perder a paciência, a mensagem foi dada. Até hoje espero a resposta do suspeito.

E sempre existe uma pessoa que marca muito em cada atuação. Nessa, foi uma senhora que falava ao telefone. Ela tinha algumas escoriações e andava com dificuldade. Ela estava sentada. (Guarde essa mulher na sua memória que daqui a um parágrafo eu esclareço).

Quando estávamos prontos para pegar o trem de volta, chegou um senhor que, a meu ver, encontrava-se um pouco embriagado. E também se encontrava de muito bom humor. Ele ensinou a Toin-oin-oin a atravessar paredes. Não me pergunte como porque eu não aprendi. A Toin-oin-oin está aí para isso. E ela é boa de conversa. Perguntem a ela.

Passou um parágrafo: hora de esclarecimentos. Quando voltávamos em direção ao quarto em que nos maquiamos, passamos novamente por aquela senhora. No momento exato, ela tentava se levantar com o auxílio da sua acompanhante e com muita dificuldade. Eu, por impulso, estendi minha mão a ela e ela ficou de pé. Eu acho que nunca recebi um muito obrigado tão sincero como aquele. Ela vai ficar na minha memória.


E por aqui fica mais um pequeno relato desse universo tão vasto de belezas simples.


Joaquim Marmiteiro (William Araujo)

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Lupita Toin-oin-oin - Diário de Bordo - HUT - 17/12/2013

Apesar da correria do dia-a-dia, no final deu tudo certo e vamos para mais um dia de atuação. De início encontramos a "Sorriso", ela já nos recebeu com um sim (não parava de balançar a cabeça) acompanhados de vários sorrisos. E me comparou com a Chiquinha (do Chaves), mas eu não era chorona, eu era linda... Isso mesmo, LINDA! E esse foi o elogio que eu ouvi a noite inteira. A Lupita que já não se acha, ficou toda amostrada. E vou ter que concordar, apesar de ser suspeita para falar...ela é mesmo linda. No decorrer da noite, encontramos muitos outros sorrisos. Encontramos também, de novo, o Suspeito, que continuava com aquele de mistério e até nos levou para conhecer a dona da escola de samba Portela, cujo nome não me recordo porque sou péssima com nomes. Mas o que mais me chamou atenção foi um senhorzinho que atravessava paredes. Ele apresentava um problema muito sério: SOLUÇOS, que não conseguia resolver. Então fizemos uma troca, pura magia, ele nos ensinava o truque dele e a gente ajudava-o. E assim foi, no momento que consegui atravessar a parede (depois de muitas tentativas frustadas e dolorosas), imediatamente o soluço passou, como num passe de mágica...PARA A NOSSA ALEGRIA!! E ambas as partes saíram satisfeitas no acordo. Houve muitas outras situações maravilhosas, e outras nem tanto, como dois sujeitos que queriam ser cúmplices do meu assassinato, mas no final não resistiram a tanta doçura e beleza e nos entendemos, assim continuei viva, GRAÇAS A DEUS. E é por isso que escrevi para vocês. Mais uma noite maravilhosa, revigorante, feliz, satisfatória. E agora vem o recesso... vou senti falta de todos e dessas sensações maravilhosas

Lupita Toin-oin-oin - Diário de Bordo - HUT - 10/12/2013

A primeira atuação do nosso trio, e ela foi linda. Como é bom estar a família completa: Lupita Toin-oin-oin, Cidoca dos Babados e Joaquim Marmiteiro. Nesse dia encontramos pessoas maravilhosas, até encontramos o Mais-ou-menos (já que essa foi a primeira palavra que ele nos disse e então assim o batizamos); encontramos também uma personalidade um tanto suspeita, e assim também recebeu o seu nome de Suspeito. Suspeito começou a nos perseguir, demos voltas ao redor do balcão da sala verde, mas ele não parava. Muitas outras pessoas gentis resolveram nos ajudar, e até recebemos balas "envenenadas" para darmos para ele. No começo até que elas fizeram efeito, mas logo Suspeito estava bem de novo e continuava nos perseguindo. Até quando encontramos a Dalila, isso mesmo, a mulher do Sansão, ela tinha o cabelo enorme, e já que tinha roubado a força do marido, ela era forte, e com ela nos sentimos seguros. Depois de tantas perseguições´e também de poses para retratos, conseguimos fugir e escapamos do Suspeito. E assim pausamos mais um dia de atuação, cheia de aventuras, jogos, ação, adrenalina, poses, charmes, alegrias, encontros, enfim, muitas coisas maravilhosas. Contando as horas para a próxima terça.

Lupita Toin-oin-oin - Diário de Bordo - HUT - 26/11/2013

O dia não começou muito bem... acontecimentos tristes logo pela manhã... mas a vida é assim, tudo que tem um começo, também tem um fim. Entretanto, eu me lembrei o quanto as atuações me fazem bem, e então me motivei mais ainda, e fui, cheia de vontade e energia. A Lupita é uma linda, isso eu tenho que concordar; e me enche de orgulho. Chegamos ao hospital. E logo nos juntamos a com outro companheiro (Paputcho). Foi um tanto bagunçado e intenso. Mas cada olhar que recebia me incitava a querer sempre mais e mais encontros. Cada sorriso me preenchia. Espero ter contribuído pelo menos com pequenos detalhes na vida daquelas pessoas, pois o bem que elas me fizeram naquela noite foi inefável. Ah... Lupita é tão bobona. Perdeu-se no meio de tantas "coisas" , e ela ouviu tantas "coisas"; "a 'coisa' é uma coisa que se explica coisando". Alguém entendeu? Lupita,não! Assim explicaram pra ela. E sem falar no "medo" que a coitada passou ao se deparar com João da meninas. Ela era a única menininha de lá; mas seus melhores companheiros do mundo não deixariam que nada acontecesse, e então ela se tranquilizou. E muito mais coisas aconteceram. É chegado a pausa, porque não há fim, não há despedidas, não dizemos adeus, e assim permanecemos conectados para a próxima terça. Saúde e felicidade para nós todos. E a semana que vem tem mais.

Lupita Toin-oin-oin - Diário de Bordo - HUT - 19/11/2013

Como é bom estar de volta um lugar que te faz bem! Estava com muitas saudades. Voltei, mas não para o mesmo lugar. O propósito continua o mesmo, mas as pessoas são totalmente diferentes. A Lupita era encantada pelas criaturas pequeninas do HDM, e agora não há mais criancinhas. Os pequenos, lá no HUT, já estão todas bem grandinhas, já viraram adultos, mas lá no fundo, aquele espírito acolhedor continua o mesmo. Hoje comecei a atuar com o meu mais novo companheiro melhor do mundo, o Joaquim Marmiteiro, uma pessoa excelente, cheia de charme, de carisma, um completo Dom Juan (galanteador), posso assim dizer. Juntos entramos na busca incessante pela sala verde, que na verdade é branca. Lá encontramos lindões que nos cativaram com os seus olhares. É uma experiência única por meio da UPI ter momentos maravilhosos e doces como esses. Só tenho a agradecer pelo bem que aqueles encontros nos trazem. Muito obrigada a todos pelos belos sorrisos, pelos olhares cativantes, por proporcionar aquela paz e aquele bem que é compartilhado, pela troca de ajudas.

Florentina Tempestade. HU- Diário de Bordo - 26 de Novembro de 2013

Diário de Bordo -  26 de Novembro de 2013
Encontro... Olhar... Sorrisos... Brincar... Falar( ou Não-Falar)... Entrar no jogo. Ser Clown.  
Voltar aquele hospital, aquele andar, encontrar não as mesmas pessoas, mas pessoas tão cheias de graça, mesmo diante de uma situação tão delicada (profissionais, pacientes, acompanhantes). Querido dream, o que tenho a dizer da minha primeira atuação no HUT desse semestre? Pra começar, uma nova companheira pra Florentina Tempestade, a fofura da Valentina Bicudinha...tão pequena e tão cheia energia, dessa que contagia... Uma dupla que de cara conseguiu fazer vários jogos, desde cantar, brincar, até improvisar um pequeno picadeiro e o melhor se comunicar com um paciente pela linguagem dos olhos, somente dos olhos (O momento da noite). 

Beeijinhoos ;)))

Florentina T. Diário de Bordo- HU- 13 de Dezembro de 2013.

Diário de Bordo- 13 de Dezembro de 2013.


Querido Dream,

A atuação foi diferente, com a companheira linda Ninha, a  Chiquita Pequena-Sombra, atuamos à tarde e com presença de câmeras, isso! Câmeras da TV Grande Rio, que estava ali para fazer uma matéria sobre a UPI pra ir ao ar no jornal GRTV, mais uma vez muita responsabilidade e um desafio à parte, já que estávamos ali e precisávamos, assim, como em qualquer outro dia, dar o melhor de si, e não foi tão difícil, eu não estava só, tinha a Ninha do meu lado, aliás, foi a nossa primeira atuação juntas e foi linda!!! Não foi difícil porque olhares foram lançados, encontros foram acontecendo e quando vimos, estávamos no mesmo embalo, foi incrível a disponibilidade de muitos dos pacientes e seus melhores companheiros (e por que não dizer “Melhores companheiros?”). Como sempre, destaco aqui um momento bem importante, nesse caso, no “quarto do riso”, dos encontros que ocorreram quando a Florentina e a Chiquita ainda estavam lá fora, pelo vidro da janela do quarto. Daquela senhorinha que dizia “estar dormindo” e que fez com que todos no quarto entrassem no seu jogo. Naquele encontro com aquela moça tão cheia de esperança, sabe? Tão disponível, tão sorridente, com aquele ar de quem acredita na gente, quem acredita no nosso trabalho... Isso me enche de amor, de vontade de estar mais e mais e mais aqui!!!
Beeijinhooooooooooos 

Frida Seriguela - 22/11/2013 (Scientex)

"Para alcançar o que já estava aqui
Se a crença quer se materializar
Tanto quanto a experiência quer se abstrair

A ciência não avança
A ciência alcança
A ciência em si!" (Arnaldo Antunes)




FELICITEC. E eu que sempre achei que felicidade era algo tão difícil e que só poderia ser construída com tempo e com muita leveza, me vi distribuindo felicidade em forma de doce. Mas tudo não passava de ciência, esse ambiente sólido que tanto me assusta, chegou a hora de levar cor e leveza aquele lugar...
E quando demos conta orientadores e estudantes caindo na nossa dança, aceitando fazer parte da nossa pesquisa, aceitando a nossa forma de fazer ciência. Talvez a forma mais pura que esse nariz vermelho nos proporcione, talvez a forma mais pura que Frida me permite ser. Porque com ela, eu sou.
Em meio a jujubas e balinhas, encontrei diversas gente. Inclusive, algumas bem próximas de Camila e que Frida fez questão de se apresentar! O lugar em que frequento diariamente teve outra cor... Lembrei da oficina de formação quando fui atrás de Ernesto e fiz de cada centímetro daquele lugar possibilidade. E eis ali de novo, fazendo daquele lugar leveza.
A rampa era uma pista de skate, a mangueira uma passarela (Quem diria que três pessoas iam conseguir andar em cima de uma mangueira?)
E quando eu me dei conta lá estava Frida distribuindo o que tem de mais doce junto com tanto docinhos... Os melhores companheiros do mundo e dessa vez não eram só dois, eram um bando! Você via de longe os brilhinhos daqueles narizes rodopiando  por entre corredores e salas!
E ouvir da moça do ar-condicionado que virou a moça azulada garota propaganda da tim, que se emocionava bastante com tudo isso, foi sim, reconhecimento de que tudo em que acredito vale a pena.

E apesar de ser bem diferente do hospital, ainda sim, não deixa de ser um ambiente necessário para sensibilização e humanização. Acreditar nisso e apostar faz com que cada lugar seja possível de ser acolhido. E que estar em meio a isso, e fazer do que eu acredito atitude. E acho isso o mais bonito disso tudo...



<O*

Frida Seriguela - Qualquer data de setembro (HUT)



É visível toda vez que subo esse nariz um reflexo de tudo que acontece com Camila bem exposto nas atitudes de Frida. É estranho pras pessoas que não entendem como tudo isso é possível mas para mim que vivo isso, é bem mais simples. Difícil é transformar isso em palavras.
Depois de uma tarde de choro e desse choro ter se prolongado até 20 minutos antes da atuação, quando encontrei a minha melhor companheira do mundo, Mira, que estava disposta mesmo sabendo que eu não estava inteira, que ali faltava um pedaço meu. Pegou na minha mão e disse: "Bora!"
Enquanto me maquiava refleti em diversas coisas, desde como seria essa disponibilidade, esse branco, quando a cabeça tava cheia, os olhos inchados e nada daquilo ali, seria possível esconder. Mas me permiti, permiti que Frida chegasse mesmo que as coisas não estivessem arrumadas.
Não sei se foi uma boa ideia, mas, tudo que eu quero, eu quero muito! E eu só conseguia pensar em atuar naquele dia, não como uma fuga, mas como um encontro.
Quando a procura é o encontro, o encontro é a procura. Essa relação circular que alimenta tanto a alma.
E consegui. Consegui ver nitidamente tudo que tava acontecendo com Camila, quando esse pedaço que tanto me permite ser, mostrava a mim essas coisas que tentava esconder. Quando o que era pra ser usado como jogo, acabava ferindo. Ou quando em sua volta, deixava de ser possibilidade e se tornava em uma "dura realidade em que essas pessoas  vivem!", meu Deus, que tarefa difícil.
Mas foi. Estar disposta é o primeiro passo pra tudo isso, pra essa conquista e esse caminho que vem sendo traçado com muito e muito amor.
Confesso que foi de muito aprendizado e que não faria de novo. Afinal, é preciso encher a jarra primeiro, pra depois encher o copo. Não sei se é justo ou digno com esse trabalho permiti. Mas foi necessário para mim, foi experiência e aprendizado.
Afinal, imagina se não fosse esses círculos como tudo seria quadrado?

Desculpa a falta de jeito e não ter memorizado a data... E muito menos lembrar fatos da atuação. A memória as vezes falha, mas o coração acelera!!

<O*

Juju Danoninho - HUT - 20/12/2013

Oi!

Hoje as notícias são boas, mentira! São maravilhosas!!!

Hoje realizei dois desejos:
        1 - Atuei, afinal fazia um tempãão que isso não acontecia!!
        2 - Foi uma mega atuação, cheia de gente linda, companheiros lindos! Muitos deles, nos arrumamos juntos, subimos nossa energia juntos e nos dividimos! Juntos encontramos Juju Danoninho, Amélia Ventosa, Capitulina Lingua Frouxa, Rosinha das Alturas, Zeca Aventureiro, Jusefina Pernafina e Pietra Fofolete. E então parti com aquelas que são minhas melhores companheiras, seja na vida "real" ou no hospital, Juju partiu para um aventura natalina com Amélia, Capitulina e Jusefina. E foi fantástico. Encontramos gente de todo lugar, encontramos até papai noel! Oramos com quem assim desejou, rimos com quem assim desejou, conversamos com quem assim o desejou. E então ocorreu um momento delicado, ao chegarmos no 2 andar que visitávamos descobrimos com uma senhora havia acabado de falecer, foi um choque, uma primeira vez para todas nós, por instantes não soubemos o que fazer. Mas do que adiantaria prever não é mesmo? Nosso lema é branco, vazio, e assim seguimos pelos quartos que apareciam, aproveitando cada instante até encontrarmos um senhorzinho muito simpático e seu filho igualmente simpático, os dois lançaram diversos jogos, deixando-nos sem fala, impressionadas com a sagacidade daqueles dois. E com eles finalizamos nosso trabalho, talvez tenha sido sorte o tempo ter acabado antes de chegarmos no quarto da senhora, mas será que deveríamos mesmo ir ali? Até que ponto podemos ir? Fica a dúvida para uma próxima reunião do grupo. Escolhemos seguir nosso caminho de volta. E assim, em cada quarto, cada andar ou até no corredor e cabine da enfermagem fomos deixando um pouquinho de nossa energia. E vez ou outra encontrávamos o outro grupo de companheiros, e era uma explosão de alegria!
       Obrigada. <3 p="">
Sofis e Eu prestes a nos tornarmos Amélia e Juju.

A galera toda! Lindos!

Juju Danoninho - HUT - 29/11/2013

Olá diário!

Quanto tempo que não apareço por aqui né? É que agora tô atuando só de 15 em 15 dias, ao menos obrigatoriamente. Aí você vai me dizer: Mas Jú, faz mais tempo do que isso que você sumiu. É verdade, acontece que dia desses fui atuar com Camila e Luiz e quando chegamos no hospital tava TODO mundo dormindo, acredita? Até as enfermeiras.. hehehe. Aí ficava difícil né? Acabamos desistindo e voltando pra casa. :(

Florentina Tempestade - HUT - 18/12/2013

Diário de Bordo- 18 de Dezembro de 2013.


Bem, Querido Dream, hoje foi a ultima atuação do ano, um recesso de alguns dias e logo logo a gente volta. Foi bem legal, a gente atuou com gorros de papai Noel, o que nos levou a alguns jogos interessantes, alguns pacientes insistiam em dizer que o ele estava lá sim, podia procurar (ou espiar) que a gente o encontrava. Se a gente encontrou não sei, mas que tinha gente ali sorrindo, isso foi perceptível, e é incrível como a arte de clown, por mais simples que pareça, consiga fazer isso em um espaço tão marcado pela dor. E é isso, última atuação de 2013 e agora estou aqui refletindo sobre o que a Florentina representa pra mim, sabe? Sobre como, com a Florentina estou conseguindo superar alguns medos, anseios, mancadas. Sobre o sentindo de algumas coisas não muito legais terem me acontecido em minha vida, por exemplo, atrasar a faculdade em um semestre, penso que se não tivesse feito – e não foi por querer, talvez não estaria aqui, talvez a Florentina não estivesse aqui. E hoje, me questiono: Como seria se eu não conhecesse a UPI, como seria se eu não fosse UPI?  Como seria sem os melhores companheiros do mundo? Como seria a Saminha sem a Florentina? Sério! Ainda não encontrei resposta! E como escrevi aqui outra vez, a UPI e é de certo uma das melhores coisas que vem me acontecendo na vida e sei que o amadurecimento aqui é profissional e mais ainda pessoal- será que há um divisão nisso? Coisa de Deus, sabe? É o que a UPI é pra mim. Se era pra ser, não sei, mas vejo a UPI como uma (re)significação de mim, do meu eu-no-mundo. Esse projeto, os encontros, os olhares, o sentir-se clown,  me faz humana, me faz melhor e mais sempre querer ser melhor! 

Beijinhos,

Saminha 

Florentina Tempestade - HUT - 10/12/2013


Diário de Bordo , 10 de Dezembro de 2013

Querido Dream,

Dia do Palhaço tive a responsabilidade de participar de uma entrevista em uma rádio, junto com a Prof.ª Silvia pra falar do nosso projeto. Tirando o nervosismo e tal, eu gostei, gostei por saber que estava mostrando a comunidade o trabalho de humanização que a gente vem fazendo em um ambiente tão delicado. Gostei porque, de certo, esse projeto foi uma das melhores coisas que já aconteceram em minha vida (por mais clichê que pareça).
Falo da saudade que estou das meninas, Mary , Aninha e Talita e destaco o quanto estou amando  atuar com a minha melhor companheira Amandinha, é incrível a sintonia que há entre a gente, entre a Valentina e a Florentina. A nossa segunda atuação juntas foi linda, cheia de olhares, de encontros, de sim’s, de sorrisos, que nos motivam tanto. É incrível como o tempo passa tão rápido e a gente nem percebe.Falo daquele menino pequenino que não se cansava de cantar e que fez a gente cansar de tanto dançar, porque o jogo era o seguinte: Ele cantava e a gente dançava e que não queria que a gente saísse de lá de maneira alguma; Falo daqueles olhos que me inquietaram tanto, daquela senhorinha, fraquinha, debilitada, mas cheia de graça e que me trouxe memórias da minha vovó Maria, bem no dia que fariam cinco anos que ela faleceu, até então não tinha lembrado isso.  Falo de uma frustração da gente no ultimo quarto em não saber o que fazer ao perceber que nenhum jogo estava se encaixando, até que no finalzinho, uma simples música fez causar-me arrepios dos pés a cabeça e de assim ter a certeza de que “difícil é fazer o simples!”. De certo, cada momento é único e haverá de ser sempre positivo, pois por mais frustrante que seja é o momento de aprendizagem e amadurecimento. Que a Florentina amadureça bem assim pertinho da Saminha, e isso haverá de acontecer, pois sempre haverá um melhor companheiro do mundo do meu lado, como a Amandinha- ou a Valentina ! 


Cidoca dos Babados - HUT - 19/11/2013

Diário de Bordo
Petrolina, HUT, 19 de novembro de 2013


Voltar...
Renovar...
Energizar...
Novas perspectivas...
Novos jogos...
Encontrar mais, mais e muito mais...
Novos parceiros, mas ainda os mesmos e sempre melhores companheiros do mundo!
Ah, Paputcho foi muito bom pegar a barquinha e navegar nesse rio com vc e todos que encontramos naquela terça a noite. Que venham outras aventuras!

#patapatadapataoupatadocachorro?
#SebastianS2vovó
#testedepaternidade

JamaisVista de Listras - HUT - 26/11/2013

Querido diário de bordo,  estou muito feliz com a atuação de ontem...
Conheci dona Zildinha, uma senhorinha maravilhosa que adora rir! Por incrível que pareça ela adoora o hospital, não quer ir embora de jeito nenhum... o dr. já deu alta e naaada!! Dona Zildinha continua afirmando que não pode ir embora pois ainda não está curada rsrs. É muito bom volta à atividade, conhecer pessoas novas e histórias de vida novas... Renovou minhas energias a história de vida de Camila, uma mocinha de 16 anos que sobreviveu a um grave acidente, a única sobrevivente. Descobriu que está grávida de 2 meses e o seu bebê também sobreviveu ao acidente... é muito bom ver a garra das pessoas quando uma nova oportunidade de vida é dada ao indivíduo. Estou muito feliz com as atuações...