sábado, 31 de agosto de 2013

Cidoca dos Babados - HUT -28/08/2013

Sabe quando você não sabe como começar a escrever?
Bem estou assim, não que somente não saiba como começar, mas também nem sei como continuar...
Mas, ok, estou tentando...

[...]
[...][...]
[...][...][...][...]

Enfim, a atuação foi boa e um pouco menos agitada do que as outras e ainda assim a mais rápida. Conseguimos ir em todos os quartos do segundo andar e tivemos muitos encontros: chapeuzinho e sua vovozinha, a Rapunzel que comia a maçã e que na verdade era uma bruxa, o menino da antena, seu bigode e os recrutas pro nosso bando de cangaceiro. Ainda tivemos notícias do Galeguinho 2013 que anda fazendo shows de graça por lá, para a alegria de seus fãs! hahaha

Contudo quando a atuação já tinha terminado e estávamos conversando sobre, tivemos mais notícias e essas não tão boas: Priscila nos contou que na semana passada duas pessoas daquele andar se despediram de seu caminho na Terra e foram levar seu sorriso e graça para outro lugar. Fiquei muito mais sentida ainda ao saber que uma delas foi dona Helenita aquela senhora pela qual celebramos seu aniversário em libras. Aquele foi um dos momentos mais lindos que tivemos e fico feliz de lembrar desse encontro...!

Por fim, no restante da noite, fiquei refletindo como a vida é efêmera e o quão precisamos carrega-la de coisas que valham a pena.... 

Só pra ressaltar, estar nesse projeto vale muito! =)



sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Zeca Aventureiro - HUT - 27/08/2013



                Mais um dia de atuação! Toda aquela emoção de sempre e mais uma vez com novidades. Mudei de grupo e atuei com outros melhores companheiros do mundo, e dessa vez sem monitores. Logo após a subida do nariz, fomos atuar num quarto especial. Lá havia uma senhora que tinha pedido a karol, durante seu estágio de manhã, que a Josefina Pernas Finas aparecesse a noite. E assim fomos cumprir o pedido... Cantamos músicas, dançamos imitando a coreografia de uma acompanhante, então fomos para o 3º andar, nosso lugar de atuação.
                Ops, na subida problemas no elevador! A porta abriu e demos de cara com o concreto. Mais um aprendizado... Usar o exercício físico e os diversos jogos que a escada pode oferecer é bem melhor!
                Finalmente no 3º andar começamos com muita vontade e alegria! Num quarto onde uma acompanhante ria sem parar, logo atraiu um bocado de gente e o quarto virou uma festa... Teve desfiles, pinga, possíveis tentativas de se jogar da janela do hospital para uma paciente jornalista ter o que filmar, e o melhor, um cantor! Várias músicas alegraram aquele quarto e o som encheu todo o corredor.
                E foi assim, de quarto em quarto essa galera seguia nossos clowns o que foi bastante legal, no entanto às vezes a gente deixava de atuar em trio para atuar individualmente. Mais um aprendizado da noite...
                E de repente já tínhamos sido avisados que o tempo acabou! Poxa, passa tão rápido a noite mais legal da semana... A única noite que me faz esquecer-se de todos os compromissos acadêmicos e só deixar explodir a energia que fica abaixo 4 dedos do umbigo para tornar o hospital mais humanizado.
                Valeu Will e Karol por essa atuação!

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Olivia Traço Preto - 26/08/2013- Dom Malan

Como nem tudo são flores, hoje o dia também não foi dos melhores. Parece que a maioria das crianças tinham medo da gente, como foi dificil criar jogos, me senti desmotivada, as vezes dava vontade de sentar e deixar correr, mas algo mais me impulsionava, vamos arriscar, vontade nisso.
Encontramos alguns dos coleguinhas que estavam na semana anterior, no caso Francisco José, como foi bom vê-lo e acredito que  a alegria era reciproca, este não queria desgrudar da gente, que dificuldade para a mãe leva-lo para o quarto, tivemos que ir junto. Fiquei feliz ao saber que nós tinhamos conseguido fazer um garotinho que até então as companheiras de quarto nunca haviam escutado a voz me pedir pra dançar anitta, poxa, mas vacilei, não dancei porque havia dito que tinha dançando anteriormente, como de fato dancei com as meninas o show das poderosas, mas deveria ter realizado o desejo do garoto, fica a dica para as proximas atuações. rodamos aquele hospital em busca do tesouro escondido atras do arco-iris, isso porque já tinhamos encontrado um arco-iris (uma senhora que andava pelo corredor com um vestido bem colorido), tentamos o gênio da lampada. Mas ninguém sabia... a sede  me invadia e eu tinha que dá um jeito pra beber, ate que um senhor deu a dica de colocar a agua nos olhos e ela escorria pra boca, quanta maldade, minha companheira Valentina Bicudinha não permitiu isso e confesso que até gostei (risos). Quase terminando nosso tempo ali, adentramos algumas salas em busca de pagamento, coitado do nosso, acreditou e pediu pra que voltassemos mais tarde, será que alguém avisou a ele que era uma brincadeirinha? (risos) e assim terminou  mais uma atuação...

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Atuação HUT 25/08/2013

Depois de não ter atuado na semana passada, lá vamos nós para a segunda atuação, não muito menos ansiosos que a primeira.
Hoje ganhamos um novo melhor companheiro do mundo, o Sr Hércules do Encanto =D
Ao chegar ao hospital encontrei com meus dois melhores companheiros do mundo: Luisinho e Uli, Mima iria se atrasar um pouco, mas sem muitos problemas, já que hoje ela só iria observar e lá fomos nós nos arrumar para mais uma atuação que como sempre nos preenche a alma, todos prontos e lá vamos acessar o clown ao som de aviões kkkkk confesso que não foi dificil de acessar não hein!?
Hoje a mãe adotiva da semana retrasada esqueceu que tinha adotado eu e o Zé, poxa vida hein!? Mas em compensação ganhamos novos amigos, uma tia que queria nos dar pintinhos para criar e o melhor de tudo é que nós que chocaríamos os bichinhos no sovaco, na cabeça, na barriga e no nariz rs, ainda teve a historia do Figueiredo que nem queiram saber quem é kkkkkkkk
Prosseguimos a atuação e até Tayrone Cigano cover e a mulher invisível encontramos por lá, e logicamente não poderíamos deixar de pedir autógrafo ne?! foi uma animação só.
A cada novo sorriso, elogio ganhado o coração se preenchia mais e mais, é algo que não dá pra explicar, a gente simplesmente sente, sente e sente. Ao sair do hospital aquela sensação de dever cumprido acompanha, e o melhor de tudo é levar cada sorriso no coração, é saber que você está fazendo o bem e isso está alcançando outras pessoas e a você mesmo.
Chiquita está cada dia mais apaixonada pelo que está fazendo e se pudesse faria todos e todos e todos e todos os dias, viveria ali no hospital procurando sempre fazer o melhor bem a todos.

=*

Frida Seriguela - 27/08/2013 (HUT)



"A vida nos ensina a procurar os maiores tesouros nas coisas mais simples
O que a gente vai buscar bem longe muitas vezes pode estar do nosso lado
A gente sabe que é preciso
Um olhar, um sorriso
Um afeto, um agrado
Isto é força que ajuda a carregar o fardo
Eu falo por mim
Quando penso que é o fim
Quando eu acho que já não há estrada a seguir
Ou sonho a sonhar
Nessa hora eu sou um doido à procura
Do seu olhar"

Depois de não ter conseguido atuar semana passada, começar com a atuação com a notícia que o monitor não vai acompanhar e vai só observar. E ai vem aquelas ideias bobas de que nada vai dá certo, de que você não vai conseguir... Mas vamos, missão dada é missão comprida e eu quero e tudo que eu quero, eu quero MUITO!


Subir o nariz com os melhores companheiros do mundo e dessa vez multiplicado porque aquele hospital tava pequeno pra tanto narizinho vermelho perambulando por ele... E de repente, olha Frida indo a caminho de Marte com Maricota e Lilica! (Sancho fez falta! =/)
Ir pra marte é mais complicado do que se pensa porque precisa de uma chave pra abrir o disco voador e vai saber onde o tal do Leonardo a enfiou né? O melhor é saber que Ardo e Arda que levam um sobrenome muito bonito “Ortopedia” conseguiram adivinhar nossos nomes, ficar cardíaca quando tiver 6 filhos porque o coração fica grande demais, e ouvir que “Essa ai é a mais doida (Frida) ou faz Psicologia ou tem que procurar um Psicólogo!”, fica tão na cara assim? Repito, Frida é um pedaço meu que é mais eu do que eu inteira.


Enfim, não canso de dizer acredito, acredito e acredito, caminho, corro e quando é preciso, alço voos incríveis e chego a um lugar desconhecido que me leva a tanto outros lugares e que não há veículo mais fácil pra chegar lá que um nariz!

<o*

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Diário de Bordo - Mima Vulcão HUT 25.08.2013


Observar os melhores companheiros do mundo é tão importante quanto atuar! É importante por saber que você também faz parte do jogo, mesmo que não tenha subido o nariz junto com eles; é lindo por vê-los sorrir e brincar, proporcionando vida aos que os convidam às suas vidas, mesmo que brevemente. Mesmo de longe sentia suas vibrações e me deliciava com suas risadas, numa escuta atenta e minuciosa, para não perder nada dos jogos que surgiam de forma tão singela.
Muitos podem achar que o encontro só se dá enquanto clown, mas com sensibilidade podemos perceber que encontro é muito mais que isso: é permitir se desalojar ao se deparar com o outro. Quando focamos apenas em nós, em nossa atuação, podemos nos perder do que realmente importa, que é o olhar, o encontro. Mas quando nos deixamos perpassar, ser invadidos por aquilo que nos é dado como abertura pelo outro, podemos notar que um leque de possibilidades é aberto, e que a imensidão toma conta do que seria somente um quarto de hospital.
Estar com o outro, tanto o que está no leito quanto ao lado de meus companheiros, tem sido uma experiência rica, graciosa e única. Se os verei (os pacientes) novamente? Não faço ideia. Mas me permito estar ali, sempre afirmando que, tanto ele quanto eu, somos únicos no mundo.

Paputcho - Atuação no HUT II – 26/08/2013

Eita, que na atuação segunda na segunda-feira como uma rima sem rima foi lesgalzis demais da conta e quem tava comigo!? Os melhores companheiros do mundo, mais tá!
Homi, tinha um caba que gostava de fumo, pois passou o tempo todo falando no fumo que ele levou, saindo de Paulo Afonso com destino a Arapiraca, mais o caba gostava tanto que ficou me chamando para ser o sócio dele lá no Paulo de Afonso, mas sabido como sou e seguindo o velho conselho do Sgt Gentileza, eu num aceitei, não. Oxe, esse negócio com fumo num presta não, ou o caba empurra o carrinho de fumo ou grita para vender o bixo.
Intonce, noutro ato não falho da peça, revi o que num tinha visto outrora, mas mesmo assim fiz de conta que vi só pra num dizer que fiquei sem ver, se ninguém entendeu, num preocupe, pois eu também não!
Como ia dizendo e num disse, jogo vai jogo vem, e a fome começando a apertar, eis que escuto a voz que dizia “Vocês é que estavam aqui na semana passada e cataram parabéns para meu irmão, num foi!? Naquele dia eu chorei, muito obrigado por ter cantado parabéns pra ele!” Vixe, que fiquei todo disnordesteado, pois o caba falou todo emocionado e eu me joguei no jogo de Flavoca e de Rosinha das altitudes marinhas para num demonstrar emoção, mas sei que foi assim. Na saída ele pediu para a gente voltar sempre, eita, que assim eu fico freguês.
É, mas também teve um caba que tava numa carranquice só, homi, mas aos poucos as minhas melhores companheiras do mundo, a Flavoca e a Rosinha das Alturas foram fazendo uns jogos, que no fim o caba tava todo alegrinho, acho que até demais.
Intonce, foi assim, no final das contas ninguém saiu devendo a ninguém a não ser R$ 1,00 que fiquei devendo pelo suco que não tomei e que também não comprei. Portanto, vai para a poupança que de acordo com as muié das bolsas sem valores, já está bem grandinha.

Foi só alegria dessa vez, iuhu!!!!

Paputcho.

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Pedrita Bombom - HUT- 20/08/2013

Querido diário,


As circunstâncias de uma vida mal organizada me obrigaram a mudar de grupo, o que me deixa com um enorme pesar de deixar pra trás o HDM e as melhores companheiras do mundo que eu tinha por lá, mas isso me abriu novos horizontes. Os novos companheiros (Sancho e Lilica) foram maravilhosos, tanto na atuação, como comigo. A sensação foi de que nós sempre tínhamos atuados juntos. 
Atuar no HUT foi muuuuuuito diferente. Os diálogos são mais elaborados, Pedrita teve que amadurecer a fala, os gestos, suas maneiras. A atuação durou mais de duas horas e eu consegui me manter lá. A cada chamado as minhas bolinhas ganhavam a energia de um novo começo.
Ahhh tenho que falar da Graça e do seu marido coberto de fezes, hahahah, ela nos acompanhou em quase todos os momentos fazendo todos rirem da calamidade que ocorreu com o José.
Encontramos com a Anginha, que se apresenta sempre com um nome diferente e chama a filha de vários nomes, pois acha que um só nome não é suficiente. E até nos renomeou :) E tantos outros que fizeram a minha noite especial, cantamos Roberto, encontramos um castelo e o seu rei, vou usar um clichê, me perdoe, pintamos e bordamos.
Assim, eu termino esse dia com muita fome, muito cansaço e muito gostinho de quero mais :DD

Então até aproxima, bjbj.

domingo, 25 de agosto de 2013

Rosinha das Alturas - HUT - 19/08/2013

Desculpe, Diário, pelo atraso, mas vamos lá. Bom, minha companheira Flavoca teve um pequeno acidente e não pode atuar (já está bem, graças a Deus), então o companheiro Pedro assumiu. Tive o prazer de atuar com um novo monitor e com meu companheiro Paputcho que estava de cama e que hoje fez sua primeira atuação. Tirando alguns pequenos problemas relacionados a comunicação, foi muito legal. Subimos nossos narizes em conjunto com Ray, Sam, Karol ao som das músicas bregas de Pedro. Depois tivemos uma luta de espadas, a versão feminina do zorro, Félix, a Rosinha acabou arrumando uns pretendentes, e o irmão cuimento, Joao Canelao, sempre a salvava. Em suma foi legal ver diferentes estilos de atuação e como os pacientes interagiam. Ansiosa para segunda! ;D
Capitulina Língua Frouxa - 3° Atuação HUT 22/08/2013
                E como era esperado mais uma atuação chegando e mais expectativas, apesar da correria que tem sido esses dias, provas, provas e mais provas. Vamos atuar essa semana com Xena Macacheira/ Lorena a super heroína mais linda e dourada da UPI. E claro como a luz do dia a atuação foi LINDA!
                Fomos agraciadas com a conexão feita entre Xena, Capitulina e Cidoca. Ninguém tinha como planejar aquilo, afinal palhaço pronto é palhaço morto, a cada quarto pelo qual passávamos éramos recebidas com um carinho sem igual, e quando nos preparávamos para a saída recebíamos pedidos que diziam “fica mais um pouco”, “vem cá vamos conversar um pouco mais” ou “ei vão embora agora não”. É meus queridos esse foi o melhor presente que poderíamos ter recebido naquele dia.
                Acredito, hoje, que se havia algo errado nós consertamos, que o trabalho da UPI está sendo realizado do jeito certo, tem se enquadrado todos os dias melhor nas necessidades daqueles quais o trabalho é voltado.

                Enfim baixamos as máscaras e chegou a hora de encontrar os outros companheiros e saber o que houve de positivo e negativo, e quem sabe aos poucos encaixar cada vez mais esse trabalho que tem se mostrado tão cativante todos os dias. Eu só posso estar feliz por todos os encontros desta noite, inclusive o encontro com Xena que infelizmente não irá se repetir por agora. Mas espero e muito que não demore muito, pois, foi lindo! =D
Capitulina Língua Frouxa - 2° Atuação HUT 15/08/2013
                E em meio aos problemas acadêmicos, que vieram aos montes, chega a hora de mais uma atuação. E olha lá estamos eu e Bruna sozinhas, sem monitor. E agora José?
                Pois bem, como na UPI tudo se resolve lá vem Sophi/Amélia Ventosa se juntar a nós e fazer a atuação funcionar. E como funcionou, Amélia espivitada como sempre e Cidoca de poucas palavras me ajudaram a realizar encontros nos quais se sobressaíram os sorrisos, mas nos quais houveram apenas conversas gostosas demais, e ah já ia esquecer Parabéns pra dona Helena linda e simpática demais, acredito que jamais esquecerei.

                Enfim chegou a hora de descer a máscara e voltar a ser Camila, voltar a realidade de provas, trabalhos, artigos e correrias. Porque a vida acadêmica não é fácil, mas não tem que ser né? Esperando ansiosamente pela semana que vem, pelos novos encontros que teremos, pelo desconhecido de cada atuação e quem sabe a felicidade das melhores conexões.

sábado, 24 de agosto de 2013

Cidoca dos Babados - HUT - 21/08/2013


Petrolina, 21 de Agosto de 2013

Terceiro andar...Quantas coisas boas!

“Parabéns pelo trabalho”
“Estava esperando por vocês”
“Não, não vá, fique mais” 

Encontro,
Gratidão,

Foi um dia difícil, a semana estava complicada: 3 provas e ainda seminário. Nesse sentido acho que o cansaço da Bruna atrapalhou muito a Cidoca e o jogo caiu algumas vezes. Ainda assim, quando o “cocoricoóo” avisou que era a hora de pegar o trem, a vontade era de ficar mais e fiquei até meio chateada por ter que voltar a realidade da Bruna. Contudo, saí fortalecida e ganhei mais coragem para enfrentar a madrugada de estudos. Conclusão: quem tem muito a agradecer sou eu: Muito obrigada! :D

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Diário de Bordo de Joaquim Marmiteiro - 21/08/13

Esse consiste no diário de bordo da segunda atuação de Joaquim Marmiteiro.

Dessa vez, o hospital estava muito agitado. Apesar de já ser relativamente tarde para a rotina dos pacientes, já que o relógio já marcava mais de 20:00h, um número maior de pessoas estavam acordadas e dispostas a nos receber. Percebi que muitíssimas pessoas são bastante receptivas conosco e que grande parte já libera um vasto sorriso apenas ao perceber que adentramos este ou aquele recinto. E essa hospitalidade (literalmente) deixa ainda mais mágica as nossas visitações.

Vi que, externamente a alegria de nós ver, todos sofrem muito. E forte é simplesmente esse tipo de ser: aquele que encara a adversidade sem medo. Nossas ações de clown são combustíveis para gerar a força motriz para essa coragem inerente aos poucos mas espiritualmente amplos seres humanos. Ver pessoas com essa força nos instiga a continuar, mesmo que pouco a pouco, a insistir no amor e no cuidado. Somos, na verdade, combustíveis recíprocos.



Acho que também é importante dizer que as dificuldades continuam. Cresço, lentamente, no sentido de me habituar às diferentes posturas em seus contextos específicos. São ajustes naturais de comportamento, e espero que um dia eu possa ser um pouco mais sábio nesse sentido.

Obrigado, Lisbela e Miojita. Vocês foram ótimas. E peço compreensão por parte da Amélia e da Loló Bicicletinha pela difícil decisão que tive que tomar; vocês podem até conhecê-la, mas creio que não são capazes de entender e/ou compreender na amplitude que eu gostaria que ocorresse.


Joaquim Marmiteiro

Diário de Bordo - 23/08/2013 - Jamaisvista de Listras

Caramba, quanta empolgação... estou me sentindo tão leve que acabei de sair do HUT e já me vejo escrevendo esse diário...
Fiquei triste ao pensar: Nossa, nem Mari nem Ninha vão, que triste! Só eu e Talita vamos atuar... Mas vamos ver o que dá!!!   E deu...
Foi perfeito, Jamaisvista arranjou alguns noivos pelo corredor mais ninguém quis assinar o testamento antes de casar com ela... Chiquita Furacão estava com a criatividade à flor da pele.
A empolgação era tanta que Jamaisvista deu um grito em um dos quartos, e Aninha ficou muito preocupada com o que podia acontecer...Mais fomos surpreendidas porque o acompanhante acordou com um sorriso lindo e banguelo, e desde então nos acompanhou por todos os outros quarto. No início fiquei apreensiva, pois sei que não posso fazer isso, mais depois relaxei e deixei Jamaisvista voltar e aproveitar o momento.
Todo o cansaço que acumulei durante toda a semana simplesmente desapareceu... Estou cada vez mais maravilhada com o trabalho que estamos realizando, ser clown é ser livre, é ser você mesma!! Muito obrigada Chiquita Furacão... e obrigada também a Ramon del Tamborete por ter me ajudado  a desabrochar nos corredores do Traumas...

Rosinha dos Retalhos - atuação HUT - 19-08-13

Minha segunda atuação e eu não sabia o que esperar, pois a primeira tinha sido tão boa, tão boa. É que a primeira vez é sempre carregada de uma energia além da conta e muitas expectativas. Então eu realmente não sabia o que me esperava na segunda. Não que a empolgação tenha diminuído, mas a primeira sempre deixa com gostinho de quero mais.
Mas daí eu me lembrei do quanto à UPI é um salto no escuro, sempre. Mesmo assim eu saltei, de novo, mais uma vez. E lá fomos nós, a Rosinha, a Teca e a mais nova companheira de grupo Jusefina Perna Fina.
 A arrumação foi algo diferente, com a breguice das músicas do celular de Pedro. Foi bem difícil na verdade! (Pedro se melhore!)
Então saltamos: em busca de encontros. “encontre o outro no olhar”. Percebi algumas coisas nesses encontros: não tem como dar atenção a todos os olhares que se voltam para gente, alguns são apenas curiosos, outros realmente não estão no encontro, é necessário perceber aquele que realmente te encontra. E jogar com nesse encontro.
Percebi também que o salto no escuro pode resultar num tombo, e foi o que aconteceu em um dos quartos com uma senhorinha que nos achou lindas e nos convidou para entrar. Eis então um tremendo desencontro, pois ela esperava da gente o que não nos prestamos a fazer: "pilombetagens"! Era como se ela tivesse esperando "palhaçadas" desses nossos narizes vermelhos, e isso não aconteceu! O que resultou até em alguns xingamentos como “boneca assassina” e um grande desabafo depois da atuação.
 E é claro que vamos encontrar pessoas assim no caminho, mas o que importa é não deixar o jogo cair.

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Valentina Bicudinha - Atuação Dom Malan - 19/08/13

Querido diário de bordo, dia tenso, semana tensa, cheia de provas, quanta responsabilidade, tô cansada... Diferente, tudo muito diferente do habitual! É, minhas atuações não serão mais no HUT e sim no Dom Malam... Já estava meio familiarizada no traumas, com os pacientes, com meus companheiros de atuação, com os outros grupos que atuavam no mesmo dia que eu... Nem sei por que mudei o dia de atuação, fiquei meio receiosa, é muito ruim sair da rotina, do que a gente já  tá acostumado... Mas vamos falar do que interessa, né diário? A atuação no Dom Malam! Foi boa, superou minhas expectativas, não sabia o que estava esperando por mim, pensava em crianças, muitas crianças, correria, bagunça e não foi muito diferente... Pois é diário, teve de um tudo! Cada criança daquelas representava um mundo pra mim, será que elas iam gostar de mim, será que saberia conquistá-las? É, no começo foi bem difícil, mas minhas novas companheiras Juju Danoninho e Olivia traço-preto e Julinha que estava apenas observando, me ajudaram bastante, fui guiada e acho que consegui! Me diverti e divertir cada criança que ali estava, muitas se encontravam tristes quando a gente chegou, mas quando a gente saiu pude sentir que colocamos um pouco de alegria no dia daquelas crianças... Muitas eram difíceis de conquistar e depois de uma longa conversa quando a gente queria ir embora cadê que deixavam?? Foi o caso de Francisco José, de Lucas, de José Adriano... Como foi gratificante puder observar cada sorriso que surgia com os jogos que fazíamos... A gente dirigiu carro, deu carona, apostou corrida, ipnotizei Olivia com um iôiô e fiz ela imitar vários animais, interessante, pra mim e pra eles... Saí dali renovada, todas aquelas crianças com olhinhos brilhando pra mim e quanta energia puder absorver, por um bom tempo esqueci todos os meus problemas, aquelas provas malditas, todas as responsabilidades que carregava... Espero com ansiedade pela próxima atuação! Beijinhos, Valentina Bicudinha.

Valentina Bicudinha - atuação HUT - 14-08-13

Querido diário de bordo, "primeiro dia" de atuação literalmente... O dia começou normal, tudo seguiu como sempre, tive aula pela manhã, tive aula à tarde, esperei a hora da atuação, mas não estava ansiosa! Não sei o por que diário, mas estava tranquila, sem medo, sem ansiedade... Karol deixou nosso grupo por probleminhas no horário, senti falta dela, aquele olhar, fonte de muita energia...  Agora somos eu, Lorena e Arthur, ou melhor Valentina Bicudinha, Xena Macaxeira e Zeca Aventureiro... Que experiência maravilhosa, fiquei muito, muito muito feliz!! Teve de um tudo na atuação, todos foram muito receptivos com a gente, tanto os pacientes quanto os acompanhantes... No início alguns são bem mau-humarados, ou chatos, ou grasseiros, mas como a gente leva tudo na brincadeira acabam caindo no nosso jogo... Diário, teve algo bem marcante em um dos quartos, mais especificamente no isolamento 1 do terceiro andar, tinha um rapazinho, um rapazinho que tinha uma antena na perna, e essa antena trazia sinais para a discoteca, pois é discoteca! A gente fez uma prévia, dançou, cantou, coreografias lindonas! Nos divertimos, ele se divertiu, sua mãe se divertiu, ficamos de divulgar a festa e voltar ali!!! Foi bonito ver quanto deu certo o nosso jogo, ninguém atrapalhou ninguém e nós todos estavamos contagiados por aquela alegria!! É Diário, foi muito bom, quero repetir muitas e muitas vezes essa experiência... Vou indo lá, beijinhos... Valentina Bicudinha.

Carminha Linguicinha - HDM - 19/08/2013

Querido diário,
Hoje, tive uma experiência diferente: observar ao invés de atuar. Falando nas meninas, houve mudanças no meu grupo de atuação. Layla precisou mudar o dia de atuar e no lugar dela, entrou Amanda. Pedrita Bombom fez e vai fazer falta mas Valentina Bicudinha chegou, com toda a sua energia, complementando o grupo... Bom, voltando ao foco, observar não é fácil, pelo contrário, é muito mais difícil que atuar. Era difícil me conter diante de tamanha alegria que emanava naquele local. Eu deseja tanto  que Carminha estivesse ali .... Mas quem estava era Júlia, que não deixou, no entanto, de ser útil. Embora atuar me atraia muito mais, é muito válido vivenciar as duas situações. São visões diferentes: uma visão interna, na qual você é de certa forma o foco daquilo tudo e apesar de não ter controle de quase nada, tem a responsabilidade de manter a energia ativa, o alto astral. No outro lado, a de observador, você é um sujeito passivo, que no entanto, se permite viver aquilo ali, como todas as outras pessoas da sala... os acompanhantes, os enfermeiros, as crianças. Por mais que eu tentasse ser invísivel diante de tudo para de alguma forma não atrapalhar minhas companheiras, houve momentos em que não pude conter-me e conter  o riso, diante de tamanha sagacidade e jogadas bem sacadas. Como minhas companheiras são incríveis!!! Como observadora, tive a oportunidade de ter uma visão mais ampla do ambiente, sem excluir ninguém, o que é muito mais difícil quando se está atuando... No  final da atuação, ficamos sabendo que um paciente da oncologia, o qual visitamos na semana anterior, havia falecido. Essas coisas me fazem pensar como a vida é frágil e de como é importante não passar indiferente a diversas situações do nosso cotidiano, até mesmo as mais simples. No mais, é isso diário. Até a próxima

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Olivia Traço Preto- 19/08/2013-Dom Malan

O dia que antecedeu a atuação foi de angustia, ficava me perguntando: será que vou conseguir? Tentava me convencer lembrando das palavras de Vits de que estávamos ali não necessariamente pra fazer o outro rir, mas pra ter um cuidado para com ela e esses cuidado podia se dá de diversas formas. Aí me tranquilizei, foi o que sempre quis fazer quando chegava aos hospitais e me deparava com tanto sofrimento e desumanização.
Acordei disposta, fui pegar ônibus e lá mesmo ia buscando energia, rindo de mim mesma, pois estava em pé no ônibus em grouding (conceito bioenergético que consiste em dobrar um pouco os joelhos) e quase dançando. Chegando ao hospital fui encontrando as companheiras e a mais nova do grupo - Amanda, tivemos um contratempo com a chave do salãozinho e fomos nos arrumar no banheiro. Prontas? Lá vamos nós, me sentia leve, disposta, disponível, adentramos aqueles corredores e fomos ao encontro e quantas encontros, quantos risos, os jogos fluiam bem, as crianças aderiam a eles, tiramos gente da cama e fomos andar no carro imaginário, fui hipnotizada, virei cachorro e gato.

Tudo fluía muito bem, até que em certo momento uma das funcionárias veio muito melancólica me dar a triste noticia de que o garotinho, aquele citado no diário, aquele que me preocupei por tá tão fragilizado e aquele que ri quando finalmente vi um sorriso do seu rosto quando falava como chupava a melancia, aquele garotinho havia falecido. Em estado de choque parei e fiquei olhando pra ela, pensei nas aulas de Silvia quando tanto debatemos sobre o tema morte, como encara-la? não foi fácil me deparar naquela situação e então quando abracei a funcionária descobri mais um motivo porque estava ali. Por um instante senti que cuidava de alguém, que por se humana e sentir a perda de alguém sofria e precisava desse cuidado, o simples gesto de abraça-la quando falava de sua tristeza por ter se apegado ao garoto.

Lilica Arranha Céu - 20/08/2013 (HUT)

Lilica, Sancho e Pedrita atuaram juntos hoje, por quase 3h! Quando terminamos já era 15 pras 10 (da noite) e o tempo parecia não ter passado. A barriga da Pedrita é que denunciou o passado do tempo. E foi um passado satisfatório pra nós. O primeiro achado nesse tempo foi a lâmpada do gênio mágico, ou seria lâmpada mágica do gênio? Já tínhamos acertado que faríamos um pedido pra cada, mas depois de um certo suspense percebemos que o gênio fulero deu bolo na gente. Então entramos no castelo azul pra conhecer o pequeno príncipe e sua coroa, que não falava com a boca, mas falava com os olhos.Lá tinha cinderela, um casal de sapos andando de bicicleta, um urso panda (com a barriga fofa) que lutava kung fu, box e tocava pandeiro. O principezinho tb tocava pandeiro e sua coroa era fã de Roberto Carlos. Pena que ninguém desenrolou bem R.C. Aí foi preciso ir procurar alguém que desenrolasse. Mas ninguém desenrolava nada, nem Roberto Carlos, nem Arrocha, nada. A gente desconfiou que a galera tava era escondendo o jogo. Foi quando encontramos Eva e Graça, uma de olhos lindos, sorridentes; a outra era realmente uma graça, não parava de rir e só pensava na merda que o marido tinha feito. Os dois maridos se chamam Zé, um caiu da carroça depois de dançar muito numa festa de arrocha, o outro simplesmente explodiu com a fossa. Foi merda pra todo lado; escapou fedendo, literalmente. Brincamos muito e nos divertimos a beça, nós e eles, acredito. Também encontramos alguns famosos, como Sônia Braga e Silvio Santos; encontramos pedrinhas, pedrão, a Cohab VI e o rio São Francisco no meio do caminho. E a Graça e a pequena Eva, na última astronave, acompanhando a gente! Encontramos ainda Vera, Ângela ou Anjinha, nossa futura empresária, uma artista que não descansa a vista a 5 dias, mas que enxerga longe. Tivemos a sorte de reencontrar (acho que seria azar, ela ainda tava lá!) Eliete, a dona das galinhas pastoradas pelo cachorro brabo do nosso primeiro dia no Traumas (não gosto desse nome, é tão pesado!). Ela reconheceu Lilica, desconfiou que Sancho não era Sancho, pq tava mais velho e gordo - ele amadureceu! - e lembrou da Frida, que não pôde estar presente hj. Ela não acreditou que Pedrita tb fosse nossa irmã, então tivemos que falar da nossa enorme e linda família! E nisso descobrimos que Marília, vizinha de Eliete no quarto, tem familiares em Vermelhos! Como o mundo é pequeno!  Depois disso encontramos nosso tempo. Foi uma sorte, porque a barriga da Pedrita já tava colabando!                

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Paputcho Bico Fino - Atuação do HUT I - 19/08/2013

Eita, a primeira atuação a gente nunca esquece, essa é que eu num vou esquecer mesmo, pois minha zureia ainda tá ardendo, é que eu fui muito mequetrefo com meus companheiros, vou dizer por quê. Mas num se a vexe, não.
Antes do fim, tava sendo uma noite muito legal, mas de repente, vi que foi tudo ilusão (riso), pois num é que eu esculambei tudo, véi! Pois foi assim, primeira atuação, maior empolgação, lá com meus melhores companheiros do mundo, as pessoas sorrindo, oia que beleza! (riso), só que na hora de mudar de quarto, eu nunca me lembrava de ir atrás dos meus companheiros. A Rosinha lá das alturas até que me puxava pelo braço e puxou várias vezes (no final eu me lembrei disso tudinm, mas na hora não), e eu todo abestaiado com o povo sorrindo, que nem me dava conta de que tinha que ir atrás dos meus melhores companheiros do mundo.
Teve muita coisa boa, mas prefiro relatar a minha mequetrefice, e foram muitas, mas que por sorte meu orientador relatou no final, senão eu não ia perceber, apesar de achar que devia ser alertado ainda na primeira mequetrefice ou então antes de começar o jogo, dá uma relembrada, afinal de contas era a minha primeira atuação, e você sabe, né!? Primeira namorada a gente fica logo todo abestaiado.
Portanto, para que ninguém cometa essas mequetrefices na primeira atuação, eis algumas: quando os companheiros saiam no meio da festa, eu fiquei; quando senti sofrimento no paciente, que não era físico, eu baixei a máscara, mas com a máscara e ofertei um cuidado que não foi o riso (esse é problema da psicologia). Acho que foi só tudo isso (riso).
Porém, garanto que se acontecer outra vez, vai ser sem querer querendo, de novo, gente!
Oh, Gente! Eu tava tão empolgado, que nem me atentei para os velhos e sábios ensinamentos do Sgt Gentileza, foi tudo na pura inocência, num foi por esculambação, viiiiiiiiiiiiiiiiiiu!?
Desculpaê, meus melhores companheiros do mundo e desde já peço uma coisinha bem miudinha, que num é a minha namorada, “toda vez que for começar a atuação, o orientador que tá mais safo no negócio, dê esses pequenos mais importantes alertas, é que o Paputcho já se apropriou do esquecimento antes de chegar a idade adequada”.
Intonce, tirando as mequetrefices da primeira atuação, o resto foi só alegria, mas vai ficar zerado, pois aprendi numa aula de psicologia que se o erro é um evento casualóide, então a expectância matemática é igual a zero. Então, o que isso quer dizer!? Nada! Ou seja, a soma de todos os erros é igual a zero, por isso fiquei com zero nessa atuação (riso).

Ui,ui!

Lupita Toin-oin-oin – HDM - 16/08/13


 
Mais uma manhã linda em busca de crianças lindas... Busca que sempre temos êxito. Cada quarto um sorriso mais lindo que o outro. O lugar era o mesmo, mas era tudo diferente, tudo novo, olhares novos disponíveis: todas as ferramentas necessárias para uma ótima atuação (e assim foi). Muitos se entregavam a magia do clown, compravam o nosso jogo. Até aqueles mais fechados se deixaram seduzir por aqueles narizinhos vermelhos. Outros, que no começo não nos deram a mínima atenção, de repente estavam atrás de nós. Essa sensação de saber que alguém ficou encantado com todo o seu carinho é maravilhosa, ver as suas ações sendo reconhecidas, que o seu jogo está tendo retorno é revigorante e viciante, a todo o momento você quer mais sorrisos e sorrisos. Em uma dessas buscas, conhecemos um menino lindo, que já nos recebeu com um sorriso enorme. Ficamos todas encantadas com a sua alegria, brincamos muito todos juntos. E de repente chega a hora de sairmos de fininho, sem despedidas, sem sinais... mas o menino era sabido demais, e inventava mil formas de driblar o nosso jogo de saída e nos prender no quarto... tentou nos segurar com um sorriso lindão e depois dessa cena, quase não tive mais vontade de deixá-lo. Quando menos esperamos, ele se distraiu por alguns instantes e conseguimos escapar, mas não por muito tempo, pois do corredor deu para ouvir o seu choro....foi de partir o coração. Mas a vida tem dessas coisas: os momentos não são eternos, eles duram apenas o instante necessário para torná-los inesquecíveis.

Josefa Sukiyaki - Atuação Hospital Dom Malan - 16/08/2013

         Segunda atuação. Mesmo sendo a segunda ainda senti um friozinho na barriga. Demorei um pouco para conseguir subir o nariz, mas foi mais rápido que semana passada.
Hoje a atuação começou mais murcha. Não estávamos conseguindo convencer as primeiras crianças a comprarem nosso jogo. Mas foi só no início. Conseguimos passear de carro, brincar de esconde-esconde, jogar bola. Até as enfermeiras acabaram entrando na dança e brincaram com a gente. E que rebolado que elas tinham, viu? Fiu-fiu
Lupita e Bibelô estavam lindas, pra não variar. Brilharam muito. Tanto que, além de não termos visto a hora passar, na hora de ir embora tivemos dificuldades para nos despedir. Agora entendo na pele o que nossos companheiros mais experientes falavam sobre crianças pedindo para que ficássemos mais tempo. Que dor no coração ter que falar não... Que dor no coração quando a criança fala que quer nossa companhia...Em meio a tropeços e acertos demos um jeitinho.

Vimos choros e risos  lindos, por sinal. Portas abertas e portas fechadas – trancadas com senha que ninguém conseguiu descobrir. Resistência e entrega. E o mais importante: amor e mais amor. A cada momento que passa me sinto mais entusiasmada com a UPI. 

Juju Danoninho - HDM - 12/08/2013

OOOOOI :D

          Mais uma vez cá estávamos nós no Dom Malan, e depois de uns perrengues conseguimos finalmente começar aquele processo que vocês já conhecem..
          Hoje eu teria a companhia de Pedrita Bombom e Carminha Linguicinha, e seríamos acompanhadas por Loy, e assim foi. Nos jogamos no vazio em plena manhã de segunda feira e quanta sorte tivemos! Quanta gente linda a gente encontrou, de todos os tamanhos e idades! Ah, e preciso dizer que devo ter apontado o dedo pras três marias no dia anterior porque viu... levei uma celularzada na cara, isso mesmo meu caro, quando menos espero uma criança vem e tum, acerta minha cabeça, e depois ainda fui atropelada por uma cadeira de rodas, aja azar pra um dia só. Mas isso foi ofuscado pela beleza do dia, quantas risadas, quantos encontros, e quem diria que aquele hospital é tão grande? Tem até praça dentro! Um dia aprendo a dar ali, ou não, vai saber. Mais uma vez encontramos Flavinha, e dessa vez quase a matamos de susto (Não morre Flavinha!)! Ah, e perguntaram por Toin-oin-oin, acreditam? Que delícia quando alguém consegue marcar positivamente aquelas crianças.
          Gente, ia esquecendo que Pedrita ganhou um novo penteado, feito por uma das maiores hairstylists do mundo! Não é pra qualquer um.. Também fugimos de bichos, fizemos bonecas de reféns, brigamos telepaticamente e por aí vai...
          A sensação que fica é que o entrosamento do grupo já é bem melhor, bem mais fluido, o que dá um ânimo maior ainda pra o próximo encontro matinal!
Beijo!

Teca Lua Cheia - HUT - 05/08/2013

Diário de Bordo – Teca Lua Cheia
Atuação no HUT
05/08/2013

Finalmente o dia tão esperado chegou. Opa, tenha calma. Esperado por quem? Acho que é melhor dizer o dia tão temido chegou. Não, não se assuste com meu vocabulário. Digo ‘temido’ porque eu estava TREMENDO de medo. Fiquei preocupada, ansiosa, agoniada. Senti tantas coisas estranhas. Na verdade, senti tudo aquilo que sinto antes de qualquer atuação, só que numa proporção muito maior. Eu estava insegura. Fiquei com medo dessa posição de ‘monitora’. Como seria? Será que daria certo? Como eu me sairia? Será que eu ia conseguir ser a melhor companheira do mundo pras minhas companheiras? Em meio a tantos questionamentos sem resposta, decidi optar pelo branco vazio. Aliás, esse estado de ‘estar em branco e saltar no vazio’ tem me proporcionado coisas incríveis! Sempre que as coisas apertam na atuação, no jogo ou na vida lá fora eu penso no branco vazio. Como isso é bom! A gente percebe que as coisas vão se aprumando, na maior calma e naturalidade do mundo. Isso me conforta. Bom, minhas companheiras, San e Dulce, estavam ali pontualmente no HUT. San com uma carinha de ansiedade abriu um sorrisão lindo quando entreguei o nariz dela. Dulce não aparentava nervosismo, ela estava animada! Subimos o nariz na companhia de Flavoca e Tati. A energia estava uma delícia e aqueles olhares explosivos me enchiam de vontade! Ficamos ali um tempo aproveitando aquela sensação gostosa do reencontro. Ao sair nos deparamos com ursos polares meio ranzinzas e não muito disponíveis. Flavoca e Tati seguiram o rumo delas e eu e as meninas ficamos por ali. Acabamos encontrando a Bela meio adormecida, rainhas, fadas, guarda-real da rainha e muitos outros. Participamos de concurso de dança e fizemos um coral. Num determinado momento nós encontramos Flavoca e Tati e juntas fizemos uma dança no céu. Não sabia que uma dança angelical podia ser tão animada! Estávamos perfeitas na nossa imperfeição! Nossos movimentos desconexos eram menores do que nossa vontade de atender ao pedido do moço simpático de sorriso largo que estava deitado naquela cama e queria ver uma dança celeste. E por falar em celeste, deixo aqui uns versos de Renato Russo e Marisa Monte, cuja música recebe esse nome:

Tenho jasmim
Tenho hortelã
Tenho um cesto de flores
Eu tenho um jardim e uma canção
Tenho o verão, tenho valor
Eu tenho um desejo e um coração
Vivo feliz, tenho amor
E eu vou cantar uma canção pra mim
Vem que é hora de acordar...”

Pra lembrar que nós não somos gatos, nós somos cachorros!
Até a próxima,

Teca Lua Cheia, cheia de vontade! 

Teca Lua Cheia - Dia do Abraço Grátis - 14/07/2013

Diário de Bordo – Teca Lua Cheia
Dia do Abraço Grátis
14/07/2013 

Começo meu diário de bordo pedindo licença à Clarice Lispector e a permissão para fazer minhas as suas palavras e bem dizer: “que medo alegre, o de te esperar”, que medo alegre o de esperar cada um de vocês naquela manhã de domingo. Domingo que começou cedinho e cheio de expectativas. Que maravilhoso poder viver aquele dia com vocês. Que felicidade chegar à casa de Karol e ver tantos rostos pintados, roupas coloridas e sorrisos verdadeiros. Olhares atentos, espelho na mão, tentativa de fazer a maquiagem perfeita e lembrar do pontinho discreto acima das sobrancelhas. Quanto cuidado e delicadeza, mas também, quanto desespero pelo lápis preto sobrevivente, lápis branco guerreiro e o pinta-cara.
Faço aqui uma nota: alô, coordenação! Precisamos de uma maquiagem nova! xD
Maquiagem pronta, roupa aprumada e cabelos impecáveis: hora de ir. A sala, que parecia pequena para tantos de nós, acolheu cada um num cantinho especial e pouco a pouco olhares brilhantes apareciam e iluminavam o espaço. Então, acompanhados de um som estranho, porém ritmado, nós saímos. A feira parecia um mundo! Era tanta gente, eram tantos cheiros, cores, olhares, sorrisos, braços, abraços. Eram tantos de nós, era dar tanto de nós, era receber tanto deles, era perceber o que vinha deles. Era ganhar queijo, tangerina, uva, banana, picolé de morango! Era ganhar carinho, ouvir histórias, contar histórias, era descobrir a diferença entre bode e carneiro, era admirar Florentina Tempestade girar uma menininha no ar num abraço caloroso, era montar uma barraca de abraços grátis, era olhar pra trás e perceber dois meninos sorridentes que nos acompanhavam onde quer que fossemos, era segurar a Nathália no colo e vê-la brincar com minhas tranças pedindo que nós não fossemos embora, era encontrar cadê um de vocês e esquecer o cansaço, querer continuar ali. Mas era também sentir falta do Joaquim Marmiteiro, era vontade de tirar aquela máquina da mão da Bruna e trazê-la pra mais perto.
Obrigada por encherem minha jarra, por me encherem de vontade e admiração. Obrigada, enfim, por significarem tanto e deixarem esse grupo cada vez mais forte.
Um forte abraço,


Teca Lua Cheia, cheia de gratidão. 

sábado, 17 de agosto de 2013

Cidoca dos Babados -HUT - 14/08/2013

Petrolina, 14 de agosto de 2013

Chegou mais um dia de atuação! No início do dia, ainda não sabia que Riva tinha mudado de horário e até achei que ia acabar não atuando (devido ao nosso rodizio). Mas estava animada independente do que fosse e mesmo com o pequeno problema quanto a disponibilidade do monitor (que foi logo resolvido com a ajuda da Sofia), a atuação foi ótima!

E então, ♫ “dançando, dan- dan –dançando” ♪ ... lá fomos nós - eu e Cidoca, Camila e Capitulina, Sofia e Amélia. Iniciamos nossa jornada numa espécie de caixa mágica/máquina do tempo que nos levou ao segundo andar do HUT onde tivemos muitos encontros, inclusive revemos o Zorro (um moço da semana passada) que dessa vez estava com as luvas do Mickey. (o.O)

Alguns pacientes já estavam em seu querido descanso, mas conseguimos bons jogos com os que estavam acordados e sem esquecer, claro dos seus acompanhantes.

O ponto alto da noite foi o quarto em que tinha uma “onça” muito brava, aliás eram duas, mas uma estava dormindo enquanto a outra fazia a guarda querendo que a gente não acordasse a primeira.... Mas continuamos na insistência de ficar (somos corajosas, oras!) e assim o jogo foi subindo. De repente, ainda ali, encontramos uma aniversariante e foi um momento muito lindo, cantamos parabéns bem baixinho, batendo palmas em libras (para não acordar a onça, claro!) e sem perder animação.

Confesso que nesse quarto inicialmente tinha ficado apreensiva no sentido de acordar a “onça” e causar um problema, mas foi bom não deixar o jogo e desperdiçar os encontros que tivemos. Por fim, isso tudo me lembrou uma frase inspiradora com a qual encerro esse diário:

“A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca e que, esquivando-nos do sofrimento, perdemos também a felicidade.”

Zeca Aventureiro - HUT - 14/08/2013

Diário de Bordo – UPI
14.8.2013

                A chegada ao HUT nessa quarta teve um recheio de preocupação. Estávamos sem a chave do armário da maquiagem! Então esperamos o outro grupo e finalmente fomos nos preparar! Roupa vestida, ajuda de Amandinha para maquiagem, e finalmente música e energia para “arribar as venta vermelha”!
                Então foi só alegria... Subimos para o nosso andar no elevador, ops, no elevador não, na máquina do tempo! E de repente não sabíamos se estávamos no passado ou no futuro, quando uma mulher disse que estávamos era no presente! Opa, presente! Queríamos presente e fomos atrás dele. Entramos no primeiro quarto, onde uma senhora botou a gente para falar com a irmã dela de São Paulo e fomos a outro quarto!
                Quando perguntamos se podíamos entrar, uma senhora disparou: “E eu to com seus pés?” Então entramos a procura de nossos pés! De repente uma surpresa, a senhora cuspia no chão! E quando dávamos risada ela perguntava se era para cuspir na cama dela! De repente fizemos um jogo com isso, falamos que ela era uma máquina atiradora de cuspe e que estávamos com medo! Foi o que ela quis para cuspir na gente... De repente ela ficou com sede! Pediu água à acompanhante e adivinhem onde jogou o resto da água... No chão? Não! No Zeca Aventureiro... E assim foi, ela mandava a gente ir embora a todo tempo, mas quando íamos ela nos chamava de volta, e nos chamava de “acanaiado”, num sei o que das “venta vermelha”, e um bocado de expressões mais antigas que nunca tínhamos ouvido falar, mas eram perfeitas para o jogo! E na despedida recebemos o convite de ir à casa dela para comer rapadura, angu de sebo, e outras coisas lá...
                No próximo quarto, tinha um senhor amarrado na maca, o que nos permitiu vários jogos, mas sem conseguir qualquer esboço de aceitação dele, mas as outras pessoas do quarto estavam gostando! No outro paciente, uma unha imensa... O dia tava ao nosso favor, achávamos brincadeiras em tudo! Quando já estávamos partindo, o acompanhante do senhor falou: “Vocês não estão atrás de presente? Se vocês fizerem ele rir vou dar um presente a vocês!” Aceitamos o desafio, mas sem muitas esperanças... E tentávamos de tudo que era jeito e nada... Até que achamos um dente de ouro na boca dele, inventamos várias coisas e nada do riso. Quando já estávamos desistindo, e saindo do quarto ele começou a rir sem parar, e quando a gente ia se despedindo falava: se o senhor rir a gente fica mais um pouquinho, e ela mais uma vez caia na risada! Caramba, aqueles sorrisos eram incríveis, não tinham preço!
                Então fomos passando e uma mãe nos chama para o isolamento! O paciente devia ter uns 16 anos, no máximo. Lá ouvimos rádio, fizemos uma boate, tiramos foto, subimos em escada, criamos um ambiente de uma piscina, e quando saímos a mãe dispara um agradecimento ao nosso trabalho.
                Então fomos ao último quarto, incrível também! Ganhamos balas, criamos uma rede de wi-fi, uma antena de televisão sem fio, antenas de rádio e apareciam jogos de todos os cantos, até que, quando percebemos estavam todos tirando fotos, e de repente descobrimos o horário! É já era hora de voltar à máquina do tempo e ir guardar a energia do clown na região de 4 dedos abaixo do umbigo.
                A noite foi espetacular, em cada “sim” percebia cada vez mais a importância da UPI, tanto para os pacientes e acompanhantes quanto para a nossa formação de profissionais mais humanizados... Amandinha e Lorena, foi tudo tão bom, hein? Pena que o que é bom dura pouco... Vou ter de mudar de grupo, mas, mais uma vez vou atuar com outros melhores companheiros do mundo!

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Lilica Arranha Céu - 13/08/2013 (HUT)

Terça a noite, atuação no Traumas. Quarta de manhã, prova de bioquímica. Terça a noite, observar atuação no Traumas. De madrugada, terminar de estudar pra prova de bioquímica. Terça a noite: atuar ou simplesmente observar a atuação - terapia, de um jeito ou de outro! Um presente!
Abstração do cotidiano. Submissão do "eu" e valorização do "nós". Sobreposição do coletivo ao individual. Implementação de um projeto que intenciona aliviar dores e sofrimentos que medicamento algum consegue. Olhar o paciente de outra forma. Ter os olhos mais amorosos do mundo. Interagir com ele de outro modo. Valorizá-lo. Ter atenção. Dar atenção. Representar pra ele uma interrupção na mesmice cotidiana geralmente fria do ambiente hospitalar, alimentando sua alma com a simplicidade de um sorriso, o sorriso dele. Concentrar energia e, com a força do pensamento (e do coração) construir carinho e amor para que os pacientes pudessem usá-los um pouco todo dia. Brincar com os nomes de pai e filha, paciente e acompanhante, José e Maria e perceber uma senhora em outro leito responder que a Maria não era filha de José, Jesus é que era. Ver outra senhora aguardar ansiosamente a chegada da surpresa anunciada pela enfermeira e testemunhar sua felicidade e entrega àquele momento, parecia uma criança feliz com o presente que ganhara. Como ela mesma disse "toda visita é boa, mas essa foi a melhor de todas!". Eu me emocionei! Como observadora pude enxergar coisas que quem está no jogo nem sempre consegue ver. O que a gente faz representa muito! Sancho, Frida e Maricota vocês mandaram muito bem, estavam lindos! Maricota, foi muito bom tê-la conosco. Fiquei encantada com a atuação de vocês, com o impacto disso naquelas pessoas (e em nós mesmos).  

Rosinha das Alturas - HUT - 12/08/2013

2ª atuação e ah! Cantamos e fizemos todos do quarto cantarem juntos parabéns para um senhor que fazia aniversário naquele dia e seguramos a mão de uma senhora que pedia nossa ajuda e queria levar as duas para casa. Foi legal, mas ao mesmo tempo, fiquei bastante chateada com meu clown, por mais que tentasse, não conseguia sacar as coisas e criar jogos, deixando, portanto, minha companheira Flavoca sozinha para criar os 'universos'. Mesmo que eu tenha tentado acompanhar, comprando os seus jogos e dando apoio a minha maneira, fiquei bastante frustada comigo por deixar minha parceira, que teve sacadas incríveis, carregada. Às vezes, achamos que vai dar tudo sempre certo, mas nem sempre as coisas saem como esperamos. A minha atuação não foi como eu esperava, mas vou usar isso como um aprendizado e na próxima, tentar deixar, de fato, meu corpo vivo. ;D

Xena Macaxeira - 16/08/13

Querido Diário,

Após a a minha última atuação, por problemas "técnicos" Karol teve que deixar nosso grupo. Uma pena! Adorei atuar com ela.
Bom, chegando no Traumas, percebi que tinha esquecido de verificar se o outro grupo iria pegar a maquiagem. Falha minha! Tive correr pra lá e pra cá tentando conseguir uma chave pro armário, mas não deu certo! Tivemos que esperar o outro grupo chegar com a maquiagem.
O grupo de Sofia não poderia atuar, então ela quis juntar-se a nós. Entretanto, o grupo de Bruna e Camila ficou sem monitor e tivemos que "remanejar" Sofis para atuar com as meninas já que mesmo ela não sendo monitora, ela já tem uma certa experiência né?
A atuação foi ótima, eu adorei. Não sei nem o que dizer. Foi a segunda vez que fui no 3º andar do Traumas, que até a semana passada eu nem sabia que funcionava, e tive a impressão que talvez aquele andar não fosse só esquecido por mim... Em quase um ano e meio de UPI, não me lembro de ter visto ou sabido de algum grupo atuando lá... E, sinceramente, achei os pacientes desse setor muito necessitados da nossa atenção... Eles são extremamente receptivos, quase não nos deixam ir embora do quarto... Por mais que a gente possa achar que o jogo não tá bom, que não tá rendendo, eles riem mesmo assim e querem a nossa presença! Isso é uma coisa tão boa... É tão bom sentir que isso tá dando certo, sabe?
É isso por hoje!
Beijos

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Olivia Traço Preto- Dom Malan- 12/08/2013

Dessa vez iria apenas observar, enquanto minhas companheiras se arrumavam eu ficava ali também com um friozinho na barriga. Ao sair do salãozinho pra pegar água para usar a maquiagem uma garotinha se deu conta de que as palhacinhas estavam ali e contente gritou: mãe, as palhacinhas mãe!
Subiram o nariz e lá vamos nós, como elas estavam lindas, quanta energia e as crianças então nem se fala, a comunicação, o encontro fluía tão bem, confesso que me emocionei ali na oncologia e enquanto minhas companheiras brincavam com o danado Gabriel eu observava e tentava interagir de alguma forma com outra criança que chorava por que sua mãe teria que sair alguns instantes. Me aproximei e junto a uma das funcionárias do hospital tentava anima-lo e que lindo quando ele sorria e então falava de como gostava e chupava melancia.

 Aquele corredor ficou iluminado, nunca vi tanto sorriso, da janela observando  e olhando pra uma garotinha que tentava atropelar as companheiras com sua cadeira de rodas pensava: Aqui está o motivo deste trabalho, uma condição que seria de sofrimento pra muitos, se torno motivo de graça, de jogo. “ O sofrimento somente é intolerável se ninguém cuida” (Dame Cicely Saunders).

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Jusefina Perna Fina - HUT - 12/08/2013

Segundo primeiro dia!
A ansiedade era tão grande quanto a da primeira peimeira vez, grupo novo, andar novo..
Um acidente bicicletistico logo na chegada no HUT me fez diminuir um pouco a ansiedade e ganhar um roxo bem grande na perna, mas encontrar meus melhores companheiros do mundo fez minha energia subir como antes, a noite foi marcada por primeiras vezes, foi a primeira vez que fiz minha maquigem, que subimos o nariz usando a tão conhecida vitrola que fez parte na nossa oficina, saimos do quarto onde nos arrumamos e caimos no branco, a noite foi cheia de presentes lindos, senti uma saaudade dos meus companheiros da última semana, mais os da dessa semana me fizeram sentir em casa! 
Não me canso dessa alegria que me inundada sempre que Jusefina se faz presente,que encontro meus melhores companheiros do mundo!
Estou cada vez mais apaixonada por esses momentos, essas alegrias e essa família !!!

Chiquita Furacão - HUT - 09/08/2013

DIÁRIO DE BORDO – CHIQUITA FURACÃO

Nos olhos deles eu pude me ver há um ano atrás, a mesma ansiedade, a mesma expectativa, o mesmo medo. Nos olhos deles eu via também a espera, a cobrança. Mal sabiam eles que meu medo e minha expectativa era muio maior. Isso acontece quando alguém se espelha em você, analise seus movimentos e espera algo de você.
Branco, vazio, branco, vazio. Não parava de pensar nisso, não parava de pensar também que fazia muito tempo que eu não atuava. Branco, vazio, branco, vazio. Meus companheiros estavam lindos!! Deca, Fofolete e Tempestade, fizeram jogos incríveis, tiveram sacadas maravilhosas!!
Foi incrível ver o hospital todo entrando no mesmo mundo que o nosso, no Reino Silva. Onde a Rapunzel ficava em busca do príncipe na janela, o rei ficava deitado o dia todo, onde um dos súditos do rei tinha sofrido um acidente porque entrou no elevador com “a rocha”/”arrocha” fazendo o elevador cair. Pelo reino estava passeando também Naomi e Gisele Bunchen, que acabaram desfilando na nossa passarela depois de pagarmos um cachê altíssimo!!
Tempestade acabou ficando grávida do Deca, e já estava de 12 meses, o que atrapalhava na locomoção da bichinha, então saímos em busca de um carro para o casal. Mas só tinha um carro, que pertencia ao Gilberto, mas a mãe dele era uma interesseira e roubou todo o seu dinheiro. O pobre do Gilberto teve que vender o carro, para a alegria de Tempestade e Deca, que conseguiram o carro e foram correndo se amostrar para o Gilberto. Que sorriso maravilhoso o dele!
Mais maravilhoso ainda foi um homem reclamando para a enfermeira que estava com muita dor,   entramos no quarto e brincamos com ele e depois quando estávamos indo embora ele disse “a dor até passou”.
Foi incrível! Indescritível! Só tenho que agradecer aos meus melhores companheiros do mundo, eles realmente são os melhores!
E eu termino esse diário com as palavras “superando expectativas”.


Chiquita Furacão

Jamaisvista de Listras - HUT - 11/08/2013

Agora sim, de fato, primeira atuação... ainda sinto borboletas remechendo na minha barriga! Quanta ansiedade pra esse dia!
Dessa vez a atuação foi de Jamaisvista, Ramon e Deca, três clowns que se interagem muito bem, compram o jogo e mirabolam coisas, até uma largatixa de palitó colorida foi procurada pelos corredores do segundo andar do traumas. E as bactérias que corriam junto com a massa corrida da parede?? Ah como é bom atuar, me senti livre e bem disposta...
Me admirei muito com uma senhora da limpeza que falou aos meninos que nunca os tinha visto antes mas que Jamaisvista está lá toda semana...a muuuito tempo. Achei incrível já que foi a minha primeira atuação no traumas... Provas e seminários da semana sumiram da minha mente e só o que pensava era aproveitar ao máximo aqueles momentos...
Mesmo com poucas atuações, vou sentir saudades de Deca Cajuína e sua personalidade tímida e também de Ramon del Tamborete com sua criatividade enorme...Amo vocês!!!

Pedrita Bombom - HDM - 12/08/2013

Querido diário,
Minha primeira atuação e “Ohh lord” como eu fiquei nervosa, a noite mal dormida, a correria pra pegar os novos itens da roupa, tudo um caos sem fim. Ao olhar pras melhores companheiras do mundo a única reação que eu tive foi (aumentar) o desespero, mas a Pedrita viu naqueles olhos uma energia que chegou e me contagiou. Acho que o atraso da maquiagem foi estratégico, recebi um tempinho a mais pra me desfazer das máscaras e assim poder por a máscara.
Com uma nova roupa, com uma nova energia, em um novo lugar, tudo ocorreu de uma forma especial e completamente - Não encontro a palavra, pode ser diferente. As crianças foram as artistas da vez, estavam cheias de uma energia singela e pura.  Ao chegar encontrei com Lara, um doce que ao me olhar fez com que meu coração derretesse como manteiga em cima de pipoca recém-saída da panela. E o João, ooooooh João. O Miguel, com os seus bois e lobisomen. A Marinna, que queria que a gente ficasse com ela lá durante todo o tempo. Ahh, eu recebi um penteado lindo e fiz um desfile com ele.
E você tá achando que foi só isso? Não. Juju recebeu uma telefonada e foi atropelada. Carminha confundiu o nome de todas as crianças, o charme dela, hahah. A gente achou um local cheio de mulheres presas. Um monte de pipoqueiros que não tinham pipoca. E tocaram no meu nariz, eu fiz uma careta de dor e raiva.

 (confuso? Desculpa, eu sou um ponto de convergência de diferentes linhas, então só podia dar nisso, hahah).

Beijinhos e até a próxima :)