quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Zé do Respeito, 11/9/2012

Atuação no Hospital Dom Malan
Data: 11/09/2012  terça-feira

Ulisses , Rafael Maynart ,  Fernanda Samira.


Psiu!!! Psiu!! Psiu!!! Psiuuuu!! Não pode rir.... Por acaso eu sou algum palhaço?? Psiu......e o silêncio se transformava em risos...



'' E eu compreendi que não podia
suportar a ideia de nunca mais
escutar um riso. Ele era para mim como uma fonte no deserto...''
Antoine de Saint-Exupéry

E foi com o riso que encontrei a minha fonte.

Zé do Respeito

Zé do Respeito, 9/9/2012

Atuação no HUT

Ulisses e Dani

Atuação linda. Como foi bom atuar com Dani. Os jogos fluiram, os melhores olhares foram lançados. Apenas em um momento da atuação me senti um pouco desconfortável. Estavamos eu e Dani em um quarto e entraram um médico e alguns internos. Eles foram indiferentes e em alguns momentos se mostraram até incomodados com a nossa presença. Análise: espero não ficar assim e vejo como a UPI é importante para criar laços de humanização no ambiente hospitalar.


Zé do Respeito.

Zé do Respeito, 23/08/2012

Atuação no Hospital Dom Malan
Data: 23/08 (quarta-feira)
Horário: 14:00 hrs
Ulisses , Rayanna, Flávia Ariane e Dani ( Fotografia)



'' Quando você dá de si mesmo, você recebe mais do que dá.''                                
                                 Antoine de Saint-Eupéry




Hoje foi incrível. Na verdade todas as atuações estão sendo. Acredito que estamos nos tornando mais flexíveis com os erros, e estes irão sempre ocorrer e no meu caso, estou mais aberto para os jogos. Esta foi a segunda vez que atuei no Hospital Dom Malan e a experiência foi reveladora. Isto porque, quebrei alguns preconceitos que acabei formando no que diz respeito a atuar com crianças. Hoje lançamos vários jogos e o melhor de tudo: encontramos olhares.

Estou cada vez mais deslumbrado com tudo isto, e Dani: meu clown definitivamente não gosta de foto! E é claro que não poderia esquecer de comentar da minha linda boca, que a cada atuação faz mais sucesso! rs O Zé do Respeito vai ficando por aqui, louco ( como é da minha natureza) para atuar novamente...

... Já é hora de assumir 
   Os sentimentos mais sinceros
   Despir regras e vergonhas
   Monotomias jamais! Jamais!


sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Jujuba Magrela, 14.06.12


“Catuca pai!
Catuca mãe!
Catuca filha!
Eu também sou da família
Também quero catucar”.

Jujuba Magrela, Francesca Mil Por Hora, Rosinha Motoca e João Canelão. Uma palavra para esse dia já seria o suficiente: fantástico. Como é difícil transcrever dias assim.

A sintonia era evidente. Cada quarto era um mundo. Quanta brincadeira. Quanta liberdade. Teve forró do Pernalonga, Amado Batista, Stalone, Neymar, Milho ao meio! Era tanto estímulo, tanta troca com as pessoas que fica impossível transformar em palavras.

Fui feliz. Fomos felizes. Fizemos felizes. Estamos felizes!


‎"A poesia não está nos versos, por vezes ela está no coração. E é tamanha. A ponto de não caber nas palavras." Jorge Amado.


Jujuba Magrela, 01.08.12


“1,2,3 somos trigêmeas sim
3,2,1 gostamos de brincar
Nós estamos sempre atrás de diversão
e o nosso lema é curtição”.


Jujuba Magrela, Fefê Xogás e Francesca Mil Por Hora se encontram pela primeira vez. E foi um encontro tão encontrado que não queria mais se desencontrar! Foi um encontro entre elas e delas com os outros. Um encontro daqueles! Passearam por vários andares, corredores e sala verde. Fizeram amigos. Cumpriram ordens. Desobedeceram algumas. Fizeram show de música. Organizaram uma grande festa com todos do hospital (cada um fez sua parte: desde a preparação da comida até as bandas contratadas). Existiram.

Entre tantos encontros nesse dia dois se tornaram simbólicos. Três.

O primeiro foi com o Macaqueiro (maqueiro) que com sua alegria contagiante envolveu todos os pacientes e funcionários nas “brincadeiras”. Como é bom quando temos um aliado!

O segundo foi com um casal de idosos que estava na sala verde.  Sorrateiramente as palhaças pediram permissão para entrar na “salinha” em que eles estavam. O senhor disse que só ia permitir que elas entrassem porque foram educadas. E ali foi um momento de conversa, quase de vovô e vovó para netinhos. Muitos agradecimentos da parte deles. E muitos da nossa parte. (Uma pena que nossa companheira Fefê não estava nesse momento com a gente).

Ser palhaço de hospital não é levar palhaçada para o hospital. É promover momentos de conforto, sejam eles manifestados por uma risada, um simples olhar ou uma conversa boa.

As meninas saíram com a sensação de plenitude costumeira. E aí vem o terceiro encontro dessa história.

O terceiro encontro foi com nossa companheira Camila (que dá vida a Fefê). Mila, imprevistos acontecem – ficar dodói não é escolha de ninguém. Você foi fantástica no dia inteiro (provavelmente sem você a energia teria sido diferente). Somos suas grandes e melhores companheiras do mundo. Ali na cantina tinha Fernanda e Priscila, mas também tinha Jujuba e Francesca (pai e palhaço são um só). Sinta-se abraçada!

Que venham novos encontros!


Jujuba Magrela, 31.08.12


“A gente adora imitar os bichos
Como é bom brincar
A gente faz a mágica mais linda
Transforma a vida numa grande festa”.


Era o primeiro dia que
Jujuba Magrela ia passear pelo fabuloso mundo de Dom Malan. Sua companheira da vez era Fefê Xogás (e que boa companhia!). Estavam dispostas, de rosto quase limpo, puramente pelo amor.  A roupa não encaixa? O cabelo despenteia? Falta a maquiagem? Não. Não. Não. Não falta nada. Não há espaço para ausências porque sobra vontade e o amor é em demasia.  

Logo de cara as moças recebem uma missão dada por uma voz grave e ativa: “- Vai buscar Dalila, ligeiro!” Manda quem pode obedece quem tem juízo (hmm algo me diz que tem algo errado por aqui! kkkk). Pelos corredores daquele quase labirinto elas vão procurando Dalila com ajuda as pessoas que lá estão. Era gente de todo jeito, enquanto umas usavam roupas engraçadas de uma cor só (branco, verde, cinza) outras eram super coloridas – achar Dalila era uma missão quase impossível. Descobriram que Dalila era rápida, e andava por aí batendo as asas. Encontraram!

Agora que elas já estavam livres do compromisso, se deram a liberdade de explorar o lugar. Era uma cidade de filhotes de humano! Jujuba não sabia que filhote de gente era uma coisa tão engraçada. Um monte de pessoa em miniatura que dorme, faz barulhinhos engraçados, as vezes fazem um barulhão, e olha que curioso: se alimentam do que está dentro da sua mãe (é engraçado ver alguém se alimentar de sentimento).

De repente Jujuba e Fefê encontraram um lugar minimamente curioso. Era o zoológico mais lindo que elas já viram na vida. As crianças pediam para ver seus bichos favoritos e, como por mágica, as palhacinhas se transformavam. É verdade que Jujuba é meio atrapalhada e nunca conseguia fazer o bicho certo, mas aí os pequenos do quarto (e os grandes também) ajudavam e tudo se resolvia.
Na procura por um domador de leão, as meninas acharam um domador de coração. Jujuba se apaixonou por “Adefj” e Fefê tentou arrumar o casório. Mas lá também tinha um “Rodrigo” como pretendente. Fizeram um processo seletivo, mas no fim das contas Jujuba acabou sem nenhum dos dois.

Aí veio um encontro lindo. Uma princesinha de dedos mágicos de cobrinha e cabeça adornada com uma faixa no colo da mãe... Depois na cama, se escondendo das palhacinhas. Veio o olhar. A magia. E a vida virou festa. Com direito a bolo, vela e presente. A menininha sorria, elogiava, lançava aquele olhar sincero, de alegria estabelecida. Jujuba e Fefê tinham que ir embora, tinham que visitar um jardim antes de partir. A princesinha acompanhou as duas até onde não dava mais. (Gostinho de quero muito mais).

No jardim, as meninas conversaram com a grande jardineira e com um não-fã-assumido de Rebelde. Eles conversaram, sorriram e cantaram um pouco. A vontade era ficar. Florir um pouco mais aquele lugar.

Jujuba e Fefê foram embora com a certeza de que um pedaço delas ficou. Que o próximo  passeio pelo fabuloso mundo de Dom Malan seja em breve.


terça-feira, 4 de setembro de 2012

Valeska Recheada 13.07.12


Bom, pra começar gostaria de dizer que estou extremamente satisfeita com minha atuação, sei q dei meu melhor, que esse melhor pode ficar cada vez mais intenso, nem sei se fiz tudo certo, mas sei que fiz oq meu Clown queria que fosse feito, sem cobranças exageradas, sem expectativas, apenas dando tudo de si, sem medir esforços, sem medo de errar. Vou continuar me esforçando. Gostei muito de atuar com crianças, é impressionante como as respostas delas são mais intensas, e rápidas.
Ver os recém nascidos, uns prematuros outros não , foi muito bom. O olhinho de um deles seguindo nossos passos foi inacreditável, do jeitinho dele, ele tava respondendo a cada estímulo.
Mostrar a uma menininha como se faz uma boneca com o próprio lençol tbm deixou marcas, que eu sinceramente nem sei descrever.
O fato é que eu me senti útil, e estar lá naquela sexta, fez minha vida valer a pena de um jeito que eu nem imaginava ser possível. 
A alegria que aquelas mães, que estavam em uma situação delicada, ficaram quando chegamos foi entusiasmante, vi o quanto a nossa presença podia ajudá-las naquele momento de tanta dor, que é ver um filho num leito de hospital. A dança com a faxineira, dando uma de empreguete. 
Como é bom poder receber aquele sorriso. 
Minhas companheiras Miojita e Pinica foram fantásticas, me mostraram como é possível segurar a onda. E com aquelas caras e bocas foram me dando uma aula de improviso. 
Me identifiquei muito com a atuação no Dom Malan, nem sei se é possível, mas se fosse, gostaria de manter minha escala pra lá! 
Alguns sorrisos me fascinaram, mas nenhum me desmontou como o do menino Kaique, de 11 meses. Ele estava tão desconfiado, e eu levei algum tempo olhando em seus olhos pra ganhá-lo, e quando ganhei sua disponibilidade, veio o maior dos prêmios, um sorriso que desmonta qualquer um. 
Estou ansiosa para a próxima atuação, não vejo a hora de ver aqueles sorrisos.

Fefê Xogás 05.07.12


Como foi bom voltar a atuar depois das férias maravilhosas que tive. Atuar com o João Canelão me aproximou mais do meu companheiro Pedro, que eu não tinha muita intimidade, e isso foi muito bom pra mim. Eu me diverti como nunca e reencontrei a vontade de brilhar o meu olhar que eu achava ter perdido. Depois da última reunião que participei, achei que nunca mais ia me sentir segura pra atuar. Sinceramente, eu pensei estar fazendo um trabalho muito bom e acabei cometendo erros que não percebi. Fui pra minha casa com isso na cabeça e estava decidida a só voltar pra UPI quando eu conseguisse consertar algumas coisas. Mas... Pêeeennn! Lá vou eu errar de novo, porque afinal, são os erros que nos ensinam a acertar. E eu voltei, mesmo meio insegura de que faria uma boa atuação. Pensei também em me apoiar na atuação do meu companheiro, mas a vontade de brincar foi tanta que eu não consegui me omitir, e entrei com gás na brincadeira. Ri muito, errei , e isso foi muito legal. Cheguei até a brincar com um assunto que meche muito comigo, e naquela hora saiu com muita naturalidade. Enfim, foi maravilhoso voltar a me sentir parte desse projeto lindo cheio de boa vontade. E principalmente, tudo que ouvimos antes de sair, dos profissionais de saúde que assistiram a nossa atuação, me fez pensar que, apesar de não estar pronta, eu estou disponível e dando o meu melhor. E acho que no fundo, é isso que importa!
Obs: Obrigada ao meu melhor companheiro do mundo, Pedro, que topou atuar comigo de última hora. Foi massa dar muita risada com você! Te adoooooooro!

Diário de bordo de 14/06/12


Adorei a atuação de hoje... A presença de João Canelão, Franchesca e Jujuba fez-me mais realizada e completa... Adorei tudo aquilo... amei a nossa atuação... Naquele dia tudo parecia que estava encaixando-se... O pessoal nos via e ficava impressionado e quanto mais nós íamos avançando mais os jogos iam aparecendo. Até mesmo quando entrávamos naqueles quartos mais paradinhos, uma brincadeira surgia e conseguíamos animar aquele ambiente.
Estava tão bom que o pessoal do hospital estava nos chamando para passar nos quartos em que não tínhamos passado ainda....
Resumindo a atuação foi 1.000.000.000.000.000.000.000.000.000 ao lado dos meus melhores companheiros .............

Flavoca Paçoca 14.08.12

Petrolina, 14 de agosto de 2012.

Diário de Bordo – Atuação do dia 10 de agosto de 2012 no HUT (Sexta - Feira)

Posso dizer que essa foi a melhor atuação da minha vida (até hoje). Na verdade, na verdade, foi muito mais do que isso. Acho que essa atuação tornou o dia 10 de agosto de 2012 importante demais. Entrou para lista dos melhores DIAS da minha vida. Amei estar com AQUELES COMPANHEIROS, NAQUELE DIA, NAQUELA HORA E NAQUELE LUGAR. Acredito que Deus preparou tudinho com a mais “PERFEITA PERFEIÇÃO”!
Neste sai o setor por inteiro se moveu. Entramos em todos os quartos, brincamos com todas as pessoas: pacientes, acompanhantes, enfermeiros, técnicos, funcionários, médicos, fisioterapeutas... TODOS, absolutamente, TODOS. Mas o melhor não foi isso. O melhor foi que todos brincaram conosco. E brincamos uns com os outros.
Logo de primeira a Flavoca (ousam bem, não eu, acredito que a Flavoca mesmo) ficou impressionada com o Zé do Respeito. Ele “tirava onda”, abusava, perturbava, atentava todo mundo. O Tamborete era uma doçura e, ao mesmo tempo, um “trolão” (tirador de onda), um intermediário perfeito, e Flavoca um docinho.
Neste dia, conversamos muito com os pacientes, ouvimos tantas histórias. Tenho bem forte na minha memória a lembrança de um quarto onde tinha uma Irmazinha da Igreja Assembléia de Deus. Ela tinha sofrido um Derrame e falava meio “emboldado”, Zé, de primeira, “descobriu” que aquela fala era um idioma diferente, ela era estrangeira. A filha, acompanhante dessa senhora nos foi apresentada, chamava-se Dulcinéia. Nesse instante, uma senhora acompanhante de um paciente do outro quarto veio ao nosso encontro. Ela tinha um nome que, ao ser unido com o de Dulcionéia, transformou-as em cantoras de uma dupla sertaneja. Elas não quiseram cantar. Nesse momento, a irmãzinha (que tinha sofrido o derrame) começou a cantar uma música evangélica: “Entra na minha casa, entra minha vida (...)”. Foi lindo. As pessoas do outro quarto começaram a vim ver o que estava acontecendo. Pediram bis e, então, começamos a cantar: “Espírito, espírito, que desce como fogo (...)”. Foi perfeito demais. Mas, o melhor ainda estar por vir.
O destaque da noite foi o último quarto. Dessa vez, acho que o Clown foi o paciente. Senhor Paulo, um velhinho muito fofo (Eu amo velhinhooos!), sábio, inteligente e esperto. Conversamos os três com ele. De repente, ele ficou parado, com os olhos abertos, ficou como morto. Nós três entramos em desespero, começamos a chamá-lo e ele não respondia. Pensamos: “Ai meu Deus, Seu Paulo morreu. O que faremos?”. Quando então, seu Paulo responde: “Desliguei”! Entramos em crise de riso. Nós fomos totalmente enganados, “trolados” por seu Paulo. Fomos ridículos. E foi maravilhoso. Como foi maravilhoso.
Encerramos aquela noite interagindo com os Funcionários do Hospital. Uma em especial, que tornou-se namorada de Tamborete, nos convidou para fazer indecência no quarto e paquerou Zé do Respeito (Dizendo que ele tinha lábios bonitos). Foi um dia HILÁRIO, MÁGICO, SURREAL. Acredito que, como eu, os meninos sairão acreditando que o céu não é o limite, podemos ir além, e que voar é possível.

Cheirinhos e Beijinhos, bem fofinhos,
Flavoca.

Flavoca Paçoca 24.07.12


Petrolina - PE, 25 de julho de 2012.

Olá meu Querido Diário de Bordo. Como é bom escrever você outra vez. Quero te contar da experiência de ontem, que para mim foi muito linda. Embora ainda a considere muito difícil. Interagir é muito difícil. Deixar meu medo e vergonha ainda é um “desafio dasafiador”. Mas com criança... Nossa fico mais tensa ainda. Quando alguma delas chora, ou não fala comigo, é muito tenso. No entanto, quando apenas uma delas, de qualquer idade, dá um sorriso. Ou a mãe comenta: “ Só vocês para fazê-lo sorrir”. Eu ganho meu dia.
Estou muito feliz, pois o dia de ontem foi muito gratificante. Flavinha (Mariquita Porcelana) tem muita facilidade para interagir com as crianças (embora ela diga que não). Atuar com ela foi um presente. Mas confesso que tenho estado cansada demais e com pressa, o que me impede de entregar-me efetivamente.
Mais uma vez agradeço companheiros pelo incrível presente da Atuação e peço perdão a todos pela minha disponibilidade incompleta, que por isso se torna uma indisponibilidade. Amo muito tudo isso. E sei que, na próxima semana (com o fim das apresentações), Flavoca Paçoca vai estar muito mais presente que Flavoca Sapucaia.

Atenciosamente, Desesperadamente, Ansiosamente e Agradecida,
Flavoca Sapucaia.
Atuação: 24/07/2012

JUVENAL GARDENAL - sexta atuação - 31/07/2012

Gardenal, Lua Cheia e Bibelô, juntos, no Dom Malan! Ê lê lê! Que coisa, hein? Não sabia o que esperar. Eram crianças e pais, uns cheios de sorriso, outros nem tanto. Um ponto em comum: difíceis. Quando eu lembrava da dificuldade no HUT, até me impressionava. Se desenvolver atividades no improviso já era um trabalho hard no HUT, no Dom Malan era tarefa de herói. Muitas crianças choravam apenas por nos ver e o menor dos jogos se transformava no maior dos monstros. Aprendi bastante e me diverti! Vamos que vamos, que semana que vem tem mais!

Juju Danoninho


Diário de bordo,
Já faz um tempo desde que escrevi meu último... Mas fazia mais tempo ainda que eu não atuava no HUT, a última vez ainda estávamos em aula, então veja como foi em outro século hahaha, eu ainda estava nas primeiras atuações e com meus melhores companheiros do mundo, Felipe, Day e Fabinho. Agora, atuaria pela primeira vez com Richelle e Lalá. O nervosismo estava quase palpável, mas logo que vi minhas companheiras e nos refugiamos no repouso para a transformação decidi que ela seria real e completa, afastei o medo e disse SIM! A diversão e o encontro já transbordavam do quartinho... Saímos de lá, e na nossa busca por dj’s, festa e encontros nos deparamos com olhares dispostos e outros nem tanto, pacientes dormindo, e aqueles que não paravam de falar, dançamos, conversamos e tiramos muitas fotos! Fomos até filmadas pela moça que nos ensinou que para aumentar os peitos é só respirar muito! Passamos por um alagamento e por conversas silenciosas. Voltamos para o repouso e nos recolhemos em nós mesmas. Tive a confirmação de algo que já sentia, prefiro atuar no Dom Malan, me sinto mais inteira e preenchida lá. Não sei se o problema fomos nós, ou o perfil daquele andar, naquela hora... mas faltou vida, faltou mais brilho nos olhos... Talvez eu tenha me acostumado com o brilho das crianças, que dentro ou fora do hospital, é sempre mais puro e vibrante.
Até mais,
Ju.

Juju Danoninho 11.07.12

Mais uma atuação no Dom Malan, agora com Camila e Flavoca. Esperamos Flavoca, ela não apareceu, decidimos começar sem ela, e quando estávamos começando, despertando como clowns, quem aparece? Flavoca em pessoa! Com jogo de cintura adicionamos a Flavoca no jogo e seguimos, depois voltamos atrás da garota que tinha ido matar os monstros do quartinho, mas só achamos a Paçoca, e com ela continuamos nossa jornada,  e nela vimos muitas mulheres que engoliram bolas de basquete, aprendemos que para não ter bolas de basquete devemos comer a melancia e jogar o caroço fora, sabiam?
Durante nosso passeio vi uma carinha já conhecida, A. da oncologia, a qual conhecei quando estava com o Zeca Manivela e a Teca Lua Cheia, ela ainda estava lá, com o mesmo brilho no olhar de antes, mas estava um tanto mais indisposta, não nos deu muita bola. Não vi contudo V. D, e tive medo de perguntar por ele, medo da resposta, prefiro acreditar que ele melhorou e está jogando muito na sua caixinha mágica! Ainda vi rapidamente a mãe de G., aquela que casamos na última atuação, ela estava no telefone e não pude interagir com ela, mas a achei mais animada, espero que ele esteja melhor e em breve possa tomar um solzinhho! :D
Ah, ganhamos até bala de canela! Que a Flavoca detesta mas teve que chupar um pouco! O que não fazemos em nome dos nossos clowns em? HAHAHA
Enfim, vem aí uma outra atuação no DM, novamente com Camila, mas dessa vez quem se junta a nós é Richelle, primeira vez com ela, *-* yey!
Beijinhos.

Atuação 10.08.12

Querido diário de bordo,
Hoje foi definitivamente a minha melhor atuação até hoje, com meus melhores companheiros Zé do Respeito e Flavoca. A energia estava sempre alta, durante as duas horas em que atuamos. Em nenhum momento ela caiu. Pacientes, enfermeiros, acompanhantes, todos compraram nossos jogos e alimentaram a energia. Nós cantamos e dançamos, arranjamos casamentos e desfizemos outros, encontramos um Papai Noel que nos deu um grande susto se fingindo de morto, aprendemos uma nova língua e conhecemos figuras super interessantes. Voltei para casa revigorado e satisfeito, com o corpo cansado mas a mente feliz. Agradeço aos melhores companheiros que atuarão comigo, sempre bom estar com vocês!

Ramon del Tamborete
                                                                                                             

Flavoca Paçoca 10.07.12


Petrolina – PE, 10 de julho de 2012

Diário de Bordo

Primeira Atuação no Hospital Dom Malan

A palavra de hoje é SAUDADES. Que saudades de vocês, que saudades de Flavoca, que saudades de atuar, que saudades, que saudades. Estava há tanto tempo sem viver esse momento mágico que já tinha esquecido como ele é poderoso. Como ele é capaz de gerar vida. Como encontro entre dois desconhecidos é vivificador. Estava tão cansada, tenho ensaiado tanto. Mas meu cansaço pareceu sumir enquanto eu estava dentro daquelas paredes. Acho que é porque só Flávia estava cansada. Flavoca estava bem disposta, na verdade Disponível.
Hoje, tive a experiência de ver pessoas lindas, lindas crianças, lindos doutores, lindos pais, lindo funcionários. Nunca estive num hospital onde os funcionários compravam tanto o jogo. Ver crianças sorrindo com a nossa presença, outras chorando, é verdade, foi lindo. Poder brincar, poder encontrá-las. Quero muito estar ali de novo.
Bem, gostaria de agradecer a Juju Danoninho e a Fefê Xogás por terem me encaixado tão magicamente no jogo. E, de verdade, agradecer a Deus, pois hoje as pessoas que estavam no Dom Malan tornaram meu dia mais feliz. Mesmo inconscientemente, hoje, elas me encontraram.

Flávia Sapucaia e Flavoca Paçoca

Teca Lua Cheia - 4ª atuação HDM

                                                           
Ansiedade, Curiosidade, Roupa, Cabelo, Maquiagem, Música, Coração acelerado, Nariz, Brilha o olhar, Encontro, Fefê Xogas, Franchesca Mil por Hora.

Disco Voador, Galinha, Maceió, Família da Franchesca, Itália. Caminho, Alguém sabe chegar lá?

Nave espacial, Piloto, Bota o cinto de segurança, Vamos nessa.

Ei, venham aqui! Ginecologia, Gente grande, Gente miúda, Gosto dessa gente.  Será que eles gostam da gente?
Oi, eu sou a Teca!
Mais encontro.
“De onde vocês são? Pra onde vocês vão?”
Vamos pra todos os lugares ora, pq não?
“Estou falando sério!”
Eu também, nós vamos na nossa nave espacial!
“É sério, eu queria fazer um trabalho com vocês”
E vai pagar é? Vai pagar como? Só pode pagar com doce!
Guia turístico, Venham aqui conhecer uma pessoa
Maceió, Alagoas.
Há lagoas? Biquini!
E mais uma
Loja de simpatia
E mais outra
Vamos, claro que vamos!

Pessoas alegres, Pessoas não tão alegres assim, Quadrado de vidro, Lágrimas, Vai um abraço aí?

O Jardim, Duas flores, Uma triste, Uma feliz, Oração, Obrigada!

AMANDA, Reencontro. Brilha mais esse olhar
Lembra de mim?
“Aham”
Lembra do Zeca manivela?
“Lembro. Cadê ele? Fala com ele que Amanda tá chamando”
Pode deixar, eu falo pra ele. Quer mandar um beijo pra ele?
“Quero!” beijo
Vou guardar e entregar pra ele. Manda um pra mim?
“Sim!” outro beijo
Eu vou guardar aqui no coração. Quer que eu mande um pra vc?
“Aham”
Meu beijo
Uma mãozinha agarrando o beijo no ar e levando ao peito
Ah, Amanda... Tão doce, tão sorridente, tão encantadora.

Moças simpáticas, Adote um copo. Adote um copo?
Pois bem: Carlinhos Epifânio Júnior!
Carlinhos, Epifânio, Júnior
É tarde! O avião vai partir!
Corredor
Choro, Mais lágrimas
Grupo de oração
Vai um abraço aí também? Fila pro abraço!
Obrigada
Pizza
Itália
Vão pela sombra!

Um abraço,
Teca Lua Cheia. 14/08/2012   

Teca Lua Cheia - 3ª atuação HDM









- Que quer dizer cativar?
- É algo quase sempre esquecido - disse a raposa. Significa "criar laços"...
- Criar laços?
- Exatamente - disse a raposa. - Tu não és ainda para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu também não tens necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo. E eu serei para ti única no mundo...

Trecho de O Pequeno Príncipe


Seria a minha primeira vez com Emmanuel e Richelle. Senti aquele velho friozinho na barriga. Emmanuel estava um pouco preocupado sobre como seria atuar com crianças, sobre a forma com que iriam receber o Juvenal. Acalme-se, menino! Deixe o Juvenal ser o Juvenal!
Atuar com crianças desperta em mim emoções muito confusas. Às vezes nós estamos numa energia muito boa e acabamos nos deparando com crianças que choram com a nossa presença e sentem medo da gente. Isso é horrível, isso me joga lá pra baixo. É uma coisa que ainda preciso desenvolver em mim: aceitar a rejeição. Se a pessoa não quer, não gostou, sente medo, não está a fim ou qualquer coisa desse tipo, eu preciso aceitar. Não adianta insistir, Teca. Se a pessoa não quer, é simples, não vá! Continue com o jogo, busque outras pessoas, vá por caminhos diferentes.
E foi exatamente isso que fizemos em vários momentos da nossa atuação. A primeira vez foi quando encontramos um menininho que chorou muito quando nos viu. OK! Vamos sair daqui. Bibelô Titchely teve uma sacada muito boa e se escondia toda vez que passávamos pelo menininho. No final das contas ele estava no colo da mãe indo atrás da gente pelos corredores e ficou nos observando na brinquedoteca.
A segunda vez foi quando estávamos na brinquedoteca com umas 3 crianças e uma delas também sentiu medo da gente. Ele se escondeu na barraquinha e ficou lá dentro por um tempo. Ficamos jogando com outro menino que estava fazendo umas pinturas bem legais. Depois de um tempinho o menininho da barraca saiu de lá, sentou no colo da enfermeira e ficou nos observando. Surgiu uma espécie de jogo com as bolinhas da barraquinha dele e ele ficou jogando essas bolinhas pra gente. Achei lindo presenciar essa transformação.
Apesar de todos esses momentos, quem mais me marcou hoje foi a Vitória. No início, ela também não gostava da gente. Quando a enfermeira perguntou pra ela se ela gostava de nós ela balançou a cabeça negativamente.  PÁ! Mais uma bofetada em mim. Mas Vitória não chorava. Ela estava com os olhinhos arregalados e sempre fixos na gente. Descobrimos que era o aniversário dela e fizemos uma grande farra ali, com parabéns e tudo mais. Todos do quarto cantaram pra Vitória, foi lindo. No final das contas, ela estava sorrindo pra gente e não queria que nós fossemos embora. Linda, não?
Por essas e outras que hoje eu comecei o Diário com um dos meus trechos favoritos do Pequeno Príncipe. Acho que ele descreve bem como foi o nosso dia.

Um forte abraço, Teca Lua Cheia.